Coluna da Lu: O triste fim da temporada de Andy Janovich…

Luisa Lara
Broncos Brasil feat. Broncast

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O jogo deste domingo foi uma montanha russa de emoções, uma partida de altos e baixos. Pra não me alongar no assunto (que ainda está bem indigesto), digamos que foi um “início de altos e um fim só de baixos”. Mas, não bastasse o jogo sofrido, o Broncos também perdeu nosso amado Fullback Andy Janovich pelo resto da temporada.

Vamos ao replay pra quem não teve estomâgo pra ver: No fim da primeira metade de jogo, o FB recebeu um passe curto de Brandon Allen e foi atingido em cheio por Eric Wilson. O tackle foi imediato e levou Janovich ao chão com o braço contorcido. A lesão foi bem feia, daquelas que a TV nem reprisa para poupar o espectador. Pela expressão de dor e pela posição do braço do Jano, já era possível imaginar que não vinha coisa boa por aí. Em alguns minutos ele foi descartado do resto da partida e pouco após o jogo, foi confirmado que o jogador deslocou o ombro. Nesta segunda, nosso HC Vic Fangio confirmou as expectativas de que ele não retorna mais nesta temporada e que pode até passar por cirurgia. Um fim triste para o jogo em que ele anotou seu primeiro TD da temporada.

Primeiro da classe de 2016 a assinar um segundo contrato com o time (ele encheu o porquinho e renovou por três temporadas na offseason), Jano faz parte do seleto grupo de Fullbacks que ainda tem espaço na NFL. Hoje, apenas 14 times tem um jogador nesta posição, e Janovich é uma das principais referências (#orgulho). Apesar do declínio da posição, o jogador se encaixa bem no esquema ofensivo de Rich Scangarello, e a versatilidade do jogador é o que mais chama atenção. Discreto nas corridas, ele tem se destacado bastante no bloqueio, atuando no Special Teams e até recebendo alguns passes.

O impacto para o time

Pra quem não se lembra, Denver terminou a temporada passada com média de 4,9 jardas por corrida, segundo melhor resultado na história do time. Os números estrondosos da dupla de rookies Phillip Lindsay e Royce Freeman dominaram as atenções, mas o jogo corrido não teria sido o mesmo sem a presença do Jano, que abriu caminho entre multidões pra esses meninos correrem.

Neste ano, o FB já havia perdido os três primeiros jogos da temporada regular com uma lesão no ombro, quando foi substituído por Andrew Beck. Tight End de origem, Beck deve repetir a função até o fim da temporada, mas o bloqueio eficiente de Jano pode fazer falta num esquema ofensivo que continua tão baseado no jogo corrido.

A amostragem é muito pequena para comparar as estatísticas, mas como era de se esperar, o jogo corrido de Denver com Janovich leva vantagem contra os números de Beck. Podemos esperar uma redução considerável na média de jardas por corrida e na produção total, e corridas bem (mas beeeeem) mais previsíveis do que com Jano.

Segundo Vic Fangio, a baixa no elenco não deve alterar a estratégia ofensiva do time. E depois do que vimos ontem, eu não sei mais o que adiantaria mudar. Entre um jogo corrido apertado e um jogo aéreo com 45% de passes completados (q-u-a-r-e-n-t-a e c-i-n-c-o!!!), eu também ficaria com a bolinha no chão.

Em resumo, o cenário não é bom. O jogo corrido é onde nosso ataque consegue respirar, e sem a segura presença de Janovich no “back”, isso pode mudar. Junte nesse mix o passe que não vinga, a incerteza na posição de QB e a nossa costumeira instabilidade ofensiva, e parece que voltamos à estaca zero. É impressão minha ou a cada jogo que passa fica mais difícil ser clubista?

Ahh, e sem deixar de lado o motivo da coluna de hoje, finalizo com um recadinho pro Jano: Se cuida e volta logo minino, cê vai fazer falta!

❤ Lu.

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