Sobre notificações e a minha vida

Bruna Diniz
Bruna Diniz
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2 min readJul 18, 2016

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Eu adoro tecnologia. Estou imersa nessa coisa desde criança e olha que sou da época do mIRC. Eu só trabalhei com tecnologia — de diversas formas, mas sempre com ela.

Sou como muita gente: maluca por aplicativos, aplicações, sistemas, softwares. Às vezes me pego analisando um site que nem sou público-alvo — acontece, fazer o quê.

E assim como muita, muita, muita gente, eu tava nessa correria insana. Nessa cultura workaholic. Nesse orgulho de trabalhar enlouquecidamente. Achando bonito não ter tempo, humor e energia para viver minha própria vida.

Então eu parei.

Quebrei o ciclo e comecei a trabalhar em um projeto só meu. Eu espalho produtividade por aí e maneiras que a tecnologia nos ajuda nisso tudo. Meu foco é você ter tempo pra você. Hoje eu sou consultora de qualidade do tempo. E é aí que entra essas malditas notificações.

Eu recomendo processos supimpas, aplicativos bacanas, métodos interessantes e tudo totalmente personalizado para cada indivíduo. Mas continuo vendo como essas malditas notificações atrapalham a vida de todo mundo. Como essas malditas notificações atrapalham um jantar, uma reunião, um call, um café entre amigos que não se vêem há tanto tempo.

Então eu parei.

Tirei todas as notificações do meu celular. Facebook? Não apita, não aparece na tela, não tem nem número no ícone. Só sei o que acontece lá quando acesso o aplicativo e o mesmo vale para todas as outras redes sociais. Para aplicativos de comunicação como Whatsapp, Hangout e Messenger, só aparece o número de mensagens no ícone — isso aí, sem barulho, sem piscar na tela, sem nada. Email não tem notificação nenhuma, sou daquelas que você precisa ter hora pra ver seu email, senão a gente pira e só apaga fogo o dia todo.

Depois do meu celular ficar silencioso, da minha vida desacelerar, do meu foco aumentar, sabe o que não aconteceu? O mundo não explodiu, ninguém morreu de ansiedade por falta de resposta, ninguém achou que morri por não responder na hora.

Tô amando esse silêncio. É libertador.

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