Conectades temos o que precisamos.
Mais do que encontrar respostas, precisamos sentir que não estamos sozinhos na procura.
Quando chega a hora de tomar uma decisão ou resolver um problema, seja ele pessoal ou de trabalho, é comum sentir que não temos os recursos necessários para sair do lugar. Parece nos faltar algo:
conhecimento
ferramentas
experiência
alguém de fora do nosso contexto com uma fala inspiradora!
Desde que descobri a facilitação de grupos, me fascina a ideia de criar ambientes em que as pessoas consigam se conectar com qualidade e resolver problemas juntas.
Me encanto a cada vez que percebo a satisfação no olhar das pessoas, depois de uma reunião ou encontro, quando observam o quanto conseguimos enxergar, avançar, criar juntas. Aquela posição relaxada de quem sentiu que “Ufa! Conseguimos ser produtivos.”
Quando isso acontece, na maioria das vezes, não tem computador ligado. Não tem planilha, documento on-line compartilhado, celulares nas mãos.
O que existe são pessoas com presença no momento do agora. Pessoas com disponibilidade para ouvir o outro. Pessoas com disposição para se abrir com verdade e demonstrar que não, não temos todas as respostas. Somos vulneráveis.
Se tem algo que tenho certeza de que o mundo precisa é isto: mais conexão entre as pessoas. Isso ficou ainda mais forte pra mim depois de ter sido convidada para sentar à mesa com outras 17 mulheres e ter uma conversa sobre fracasso no último encontro do Ladies, Wine & a bit of Design.
Quando histórias pessoais e tristes começaram a vir à tona, quando a palavrinha proibida d e p r e s s ã o foi mencionada pela segunda vez, me observei pensando: o que precisa acontecer para todas nós sairmos daqui com a sensação de termos sido cuidadas?
A resposta chegou logo na minha própria mente: confiar no grupo. Não foi preciso nada além de escuta e espaço. Não foi preciso dar conselhos. Não foi preciso resolver o problema de ninguém. Mais do que isso: ninguém estava ali para ter suas questões resolvidas. Todas estavam ali para serem ouvidas. Falar pode ser libertador. Ser ouvida é mais.
Perceber que contribuo para criar momentos de verdade e conexão me emociona e me faz seguir adiante. Foi por acreditar nessa urgente e silenciosa revolução que co-criei a HÚMUS: adubo para pessoas.
