O dia que o Rio de Janeiro parou

O plano era simples, sair de casa é chegar no trabalho. 

Guimarães
brn_gmrs
3 min readDec 11, 2013

--

Mas nem tudo saiu como eu imaginava…

Logo após sair de casa e caminhar alguns metros cheguei ao ponto de ônibus, ali já tinha percebido que as coisas não estavam normais, havia um número de pessoas acima do comum no ponto. Pessoas aquelas que eu não estou acostumado a ver (sim, sei a fisionomia de quase todas as pessoas que pegam o ônibus no mesmo ponto é horário que eu.) Pensei, provavelmente essas pessoas são as que pegam o ônibus antes de mim e pela chuva estão atrasadas. Parei por alguns instantes esperando o ônibus e comecei a conversar com uma senhora, ela me disse que estava a espera do ônibus desde as 06:30 da manhã para ir marcar uma consulta para sua filha (quando cheguei ali já era por volta das 08:30). e até agora NENHUM ônibus havia passado.

Então depois de conversar mais alguns instantes com a senhora decidi caminhar até a Av. Haníbal Porto pois lá teria duas opções de Ônibus para o trabalho.

Lá chegando encontrei mais algumas pessoas esperando os mesmos ônibus que eu, parei um pouco num canto pra poder me secar pois esses guardas chuvas pequenos só não deixam de molhar a cabeça, foi quando um rapaz veio me perguntar se eu estava esperando a condução para o centro, eu sinalizei que sim, então ele me disse que era melhor eu andar até a Brasil pois ele já estava esperando a um tempo o ônibus ali e não tinha passado nenhum e estava voltando pra casa. Aceitei a sugestão e foi caminhando em direção a Av. Brasil, logo após andar uns 500 metros já percebi que as ruas estavam todas com bolsões d’água, achei normal pois tinha chuvido bastante a madrugada inteira. Mas quando entrei na rua de um valão que da para a caotica Av. Brasil percebi aonde estava me metendo, a rua é o valão se fundirão em uma coisa só, a única coisa que dava pra diferenciar o que era rua é o que era valão era o corrimão de ferro pintado de amarelo que corria toda rua fazendo uma especie de grade para cercar o valão.

Era muita água é lixo para todo lado.

Depois de caminhar com água até o joelho cheguei na avenida é percebi que tinha feito a pior besteira do dia, pois a Av. Brasil também estava toda tomada pela água. Pra vocês terem uma noção da quantidade de água.. aquelas muretas que dividem as pistas central da do canto não estava dando para se enxergar de tanta água que tinha empoçada na pista, da onde eu estava a avenida parecia um enorme açude de cidade grande. Vi carros submersos pela água, pessoas chocadas no ponto de ônibus sem saber o que fazer.

Parecia que estava vivendo um daqueles filmes de fim do mundo.

Foi então que resolvi andar alguns quilômetros pra longe do Av Brasil e tentar pegar uma condução que me levasse até o metrô mais próximo (Irajá). Depois de andar e esperar alguns minutos esperando a condução (35 min pra ser mais exato) consegui pegar uma condução lotada e cheia de goteiras, como não tinha opção foi nela mesmo. Quando cheguei no metrô foi informado que algumas estações estavam fechadas, mas graças a que eu estava não.

Depois disso esperei na plataforma até que chegou um dos trens do metrô rio e assim consegui chegar enfim ao meu destino final.

Pra concluir… As cenas que presenciei literalmente pareciam de um filme de fim do mundo, um caos total. Mas infelizmente não eram, eram da cidade aonde vivo.

--

--