Duna Capítulo 14: O Peso do Ducado
“Possivelmente não existe epifania mais terrível do que o instante em que percebemos que o nosso pai é um homem, de carne e osso.”
O artigo a seguir se baseia em minhas reflexões e nas de meus amigos Jonathan Thiago e Marcos Carvalho. CONTÉM SPOILERS DO LIVRO UM.
O curto capítulo 14 serve para evidenciar uma leve mudança de comportamento do duque Leto. Se em capítulos anteriores já vimos Paul Atreides mudar sua visão correlação à força de seu pai (seguindo a epifania do excerto de Irulan acima), agora vemos o próprio duque agindo de modo que, a primeira instância o coloca como precavido, com o intuito de deixar até mesmo as incertas possibilidades do porvir em ordem, mas que sob um segundo olhar dá para perceber o peso do ducado imposto pela amarga missão de sobreviver a Arrakis e aos Harkonnen, além de governar o turbulento planeta desértico.
Leto agora procura confidenciar detalhes importantes ao seu filho, inclusive sobre o ardil envolvendo a falsa suspeita de traição de lady Jessica. Leto afirma que “precisa de alguém para conversar”, o que Paul encara com ligeira dúvida, mas que logo entende, ao ver o stress que seu pai está passando, sendo o duque obrigado até a tomar remédios para conseguir dormir. A profecia messiânica envolvendo Paul se torna um dos pensamentos importantes do duque, que volta a expor a possibilidade de manipulação social de tal cenário.
Enquanto Leto está inquieto, andando para um lado e para o outro, com afirmações do tipo “se eu morrer, as coisas devem ficar organizadas”, Paul está sentado, olhando o documento sobre a religião fremen dado por Hawat. Uma cena bem sugestiva para o momento dos dois personagens em um café da manhã.
Leto e Paul estavam se preparando para uma viagem de reconhecimento pelo deserto de Arrakis, uma viagem que marcou o próximo capítulo, a ser analisado adiante.
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