O culto a deusa Maculada . . .

(Quebrando o Pilar do Silêncio, após mais de um ano)

Eu não sei, e não preciso saber, então não se incomode de me contar” — É um mote comum para mim hoje em dia, sempre que me perguntam se eu vi a última alfinetada on-line contra mim ou qualquer uma das pessoas a quem amo no mundo mágico.

Fiquei acostumada com a liberdade que a feliz ignorância de tais golpes traz, e o poder que me dá ao se recusar a se envolver com “guerreiros da mídia social”.

No entanto, sob o incentivo de um confidente, quebrei minhas próprias regras em uma ocasião recente, e visitei um certo blog. A postagem mais nova já havia se encerrado há quase um mês. Por sua vez, não era sobre mim ou sobre ninguém no meu círculo próximo. Em vez disso, era um dos nossos detratores, principalmente meu e de Maxine.

Seria perdoável, pensar que eu estaria cheia de alegria por descobrir que os arpões agora estavam voltados para um inimigo que banca a vítima em série, e é adepta a subterfúgios para desviar a atenção de algumas verdades feias que descobri sobre ela. É chamado de deflexão, e ela é uma mestra disso.

Se eu tivesse que classificar — ordenar essas verdades, uma disputa para o primeiro lugar seria sua reivindicação autoproclamada de que “eles me adoram”… e o ressoar em sua devotada base de fãs. Muito antes que qualquer conversa tenha ocorrido entre nós, eu ouvi contos de ela fazer essa afirmação e dar-lhe tom de brincadeira e exagero, pois quem poderia ser tão iludido.

Eu aproveitei a oportunidade em uma de nossas longas discussões para trazer isto a tona — meio na brincadeira, é claro, antecipar a resposta seria um desrespeito maduro com o riso. Era o oposto completo. “Oh, eles me adoram”, ela confirmou em seriedade absoluta, referindo-se em particular aos brasileiros.

O aspecto verdadeiramente angustiante de nossas conversas, no entanto, foi a facilidade com que ela expressou o desprezo direcionado a seus dedicados seguidores, incluindo o pai de seu filho; o Iniciado apatetado por ela, o artista do Tarot e a atriz talentosa…. Não importava quem fosse — bufos, grunhidos e comentários depreciativos seguiram-se.

Então, eu não deveria ter ficado surpresa quando ela finalmente conseguiu perguntar o que há muito me cercava para perguntar — Ela ser reiniciada afim de legitimar sua Linhagem Alexandrina conturbada ou inexistente.

No entanto, eu estava, surpresa, e ao bem da verdade enojada.

Que ela poderia tão facilmente, deixar a deriva seus descendentes, resguardando-se dos supostos horrores de uma linhagem questionável.
Perguntei-me que tipo de mensagem isso enviaria a sua base de fãs, e como ela explicaria as suas autointituladas “centenas e centenas” de descendentes que eles haviam vivido até então uma… Que ela agora iria justamente aumentar o problema com sua evasiva ou, em suas palavras: “Se livrar de sua Linhagem” — deixando os seus seguidores habitarem na recém-confirmada brilhante ilegitimidade. Quão revelador! Não houve menção, pensamento ou preocupação com o impacto que suas ações poderiam ter em sua progênie e sua descendência.

Zero.

Agora eu deparei-me com um dilema. Acabei de voltar do Brasil, onde dei uma palestra sobre “Abusos na Craft” e havia exemplificado que uma das formas de abuso é a arte corrompida do “fascínio”, conhecida por alguns como “encanto” ou “glamour”.

Havia naquela palestra pessoas que sofreram abusos horríveis, dos mais variados tipos, geralmente nas mãos de indivíduos charlatões e populares que usam alguma forma de fascínio, juntamente com sua popularidade generalizada para evitar que alguém fale contra eles.

Assemelhei comparativamente essa encantadora em particular, que é em alguns lugares adorada como uma divindade a à doutrina das “mãos sujas

Este é um conceito legal que basicamente impede que aqueles que procuram alívio ou justiça equitativa para alguns males, ainda assim sejam maculados no intento de obter o que eles querem. Aqui estava alguém com uma agenda oculta chegando ao nosso Coven, e indiretamente — a Maxine Sanders, a professora e guia de nosso Coven, para legitimar sub-repticiamente seu engodo.

Em seguida, veio a cena um modo pelo qual toda a questão poderia ser resolvida, ao mesmo tempo que colocava uma questão de décadas debaixo do tapete, sobre a validade desses descendentes. Ela me enviou uma mensagem questionando a posição da Maxine acerca ‘das Iniciações ocorridas pós 73, se elas eram ou não consideradas Alexandrinas’.

Dado o fato que está questão diz respeito a muitos, era percebido que se tratava de uma oportunidade para que Maxine desse o seu ponto de vista diretamente, com a intenção de colocar uma pedra sobre o assunto.

Sua resposta foi venenosa e pessoal. Aparentemente, não era a resposta que ela almejava. Se o nosso curto intercâmbio de e-mails tivesse se mantido privado, teria sido este o fim do assunto — apenas uma outra contenda entre alguns ocultistas. Infelizmente, não foi, e as palavra das depreciativas de retaliação que ela estava colocando em torno de Maxine e de mim chegaram de súbito a meus ouvidos.

Foi a gota d’agua. A esta altura, o clima de antagonismo dirigido contra Maxine, eu e nosso círculo íntimo estavam no ponto de ebulição. A decisão tomada foi publicar a resposta que ela recusou compartilhar com os seus descendentes.

Se fazendo valer da própria base de fãs, a quem estava disposta a dar as costas, ela disparou uma investida contra mim, dramatizando a situação envolta em lágrimas e posando de vítima.

A chamadas telefônicas que me fizeram no desenrolar dessa contenda online, revelaram o seu pânico sobre o efeito que isso traria sob os seus seguidores — Seu zelosamente construído castelo de cartas, estava prestes a desmoronar.

A atriz entrou num estado de “minimizar os danos” ao aproveitar-se do pivô da comunidade Wicca brasileira para fazer sua defesa em uma exibição espetacular de bullying online, digno de seu próprio capítulo sobre ‘Abuso na Craft’. Sem conhecer nenhuma das circunstâncias, ele e suas massas seguiram cegamente sua líder e se mostraram genuflexos diante de sua maculada deusa em adoração obediente.

Foi quando então, por via de meus comentários aludindo à minha capacidade de resguardar minhas convicções, a deusa entrou em colapso. Flanqueada pela razão das circunstâncias, só lhe coube uma saída, que foi distrair e debandar, ou, noutras palavras “Fazer drama e Renunciar

O segredo e a confidencialidade andam de mãos dadas entre o Irmãos e a Irmãs da Craft, e na época, alguns criticaram o fato de eu ter quebrado esta regra não escrita “publicando” o pedido de Reiniciação da deusa.

Ao que de coração afirmo: “Culpada da Acusação” — Sem arrependimento, ou “Sem Culpa”, uma vez que a exposição de uma fraude supera a condescendência de uma obrigação corrompida.

Sendo justa, no início eu pesava se sucumbir as falsas alegrias de nossos egos mútuos me deixando levar por seu jogo — o preço seria a minha integridade em ser cúmplice ao arremessar os seus descendentes sob as rodas de um ônibus em movimento, ou se haveria de suportar a repercussão que soubera que viria ao abater uma Vaca Sagrada.

…Muuu

Passado mais de um ano de silêncio sobre o assunto, e apesar dos inúmeros pedidos para ouvirem o meu lado da história, finalmente trouxe isto a luz, e agora posso me concentrar no tema principal do meu blog — que é a busca da precisão histórica na Tradição Alexandrina De Bruxaria. . .

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