Gênero, Inovação e Criatividade

Palestrantes: Pâmela Stocker, Jane Felipe e Joanna Burigo

Grupo de Planejamento RS
BS Trendspots by GPRS
2 min readSep 27, 2018

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Hub: Tanguera / Estudio de Danza

Horário: 11h45

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Highlights:

  • Três mulheres engajadas na pauta sobre Gênero e Comunicação marcaram a segunda palestra da tarde chuvosa do BS 2018. Jane Felipe (Faculdade de Educação/UFRGS) pontuou logo de início que gênero não é uma ideologia, mas sim uma categoria de análise para entender, por intermédio da pesquisa e do debate, como se constroem perspectivas sobre gênero na sociedade. Portanto, gênero, segundo ela, não é sinônimo também de masculino e feminino e que o termo não dá conta das infinitas possibilidades.
  • “Há várias formas de feminino e masculino”, pontuou Jane que também lembrou das dificuldades encontradas pelos professores para fazer a discussão sobre gênero nas escolas. E completou chamando atenção para o fato de que situações como esta contribuem para transformar diferença em desigualdade. Os estudos sobre gênero sempre estiveram marcados aos movimentos acadêmicos e feministas ao longo do tempo e, de acordo com Jane, não se pode mais falar em gênero somente associado às mulheres, prossegue.
  • Pâmela Stocker, jornalista e integrante do coletivo Gemis, ilustrou a fala com vários exemplos de matérias jornalísticas e de propagandas que valorizam aspectos ligados a um corpo feminino idealizado, perfeito. Noutros exemplos, a gritante desvalorização da mulher ao ser identificada como a esposa de uma personalidade pública ou supostamente mais competente que ela, desconhecendo seu valor como profissional de determinada área. A objetivação da mulher ainda marca fortemente a mídia em geral seja nos conteúdos de entretenimento,político,policial ou esportivo, a exemplo das “musas do Pam’ citado por um jornal de grande circulação que elegeu as atletas ditas mais bonitas e atraentes da competição olímpica.
  • “Todo o mundo é generificado”,afirmou Pâmela no sentido de dizer que a própria construção do conhecimento segue uma lógica de generificação. Citou o exemplo da associação das ciências exatas a supostas qualidades ou aptidões restrita aos homens. Ficando associado às mulheres disciplinas do campo das ciências humanas. Significa — de acordo com a jornalista — que valores ditos masculinos estão mais conectados às ciências exatas, enquanto os femininos às artes. Assim, a estrutura de poder é também generificada.
  • O grupo de painelistas foi unânime em afirmar que as relações de gênero devem ser entendidas como construções sociais, feitas a partir do quadro cultural e social de vários sujeitos ou grupos sempre em disputa. Da mesma forma que os discursos religioso, médico e científico.

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Trendspotter: Tânia Almeida, RP e Professora da UniRitter.

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