Marcas com propósito
Palestrante: Marcelo Aimi
Hub: Casa RBS de Comunicação
Horário: 10h15
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Overview da palestra:
Desmistificar o propósito das empresas, como se elas fossem boazinhas. O interesse principal das empresas é ganhar dinheiro.
Case:
Case Skol, marca que se adaptou. Viagem para Vale do Silício.
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Highlights:
- Propósito das empresas = grana, pode até defender causas, parecer legal, sustentável, responsável, mas o objetivo é sempre faturar mais.
- Não existe marca sem lucro.
- Se a empresa não for saudável financeiramente, ela não chegará no futuro.
- 36% do valor da Coca Cola é pela parte física, o resto é valor da marca, que não é palpável.
- A marca pode defender algumas causas, mas precisam ser sinceras e congruentes com o perfil dos consumidores.
- A marca é reflexo do seu tempo, ela precisa estar no seu tempo, não muito a frente senão as pessoas não vão entender, não vão “comprar a ideia”.
- Marketing não é ciência porque não usa método científico.
- Desmistificou e criticou as viagens para o Vale do Silício e aquelas que voltam de lá se achando pastores. Ilustrou com caso de Hospital, se ficar só observando e conversando com médicos importantes por 3 meses a pessoa não está habilitada a operar. Então se for para o Vale do Silício e não colocar a mão na massa, fazer coisas, estudar e se aprofundar em determinados assuntos, ela será só um profeta.
- “Menos futurólogos, mais presentólogos”. Focou mais no presente do que no que pode acontecer no futuro, que são previsões.
- Ilustrou a palestra com vídeos, usou música e dança no início para “aquecer” a plateia.
- Discurso super sincero, tom um pouco agressivo e enfático.
- Desacomodou algumas pessoas. Algumas abandonaram a palestra na metade.
- Abriu para debate no final, mas não houve muitas perguntas. Houve debandada neste momento.
- Foi polêmico. Na minha opinião ele falou verdades que algumas pessoas não gostam de ouvir. Se tivesse usado um tom mais calmo não teria o impacto que teve.
- Indicação de livro: Harari
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Reflexões da Trendspotter:
Falou de empreendedorismo com a palestra da Hyper Island, mas com outro ponto de vista, mais ácido, direto, com foco monetário. A Hyper o foco era causa, empatia, bem estar de um grande grupo. Foram antagônicos. Atende ao propósito do Festival já que fala que as marcas precisam de adaptar para sobreviver, estarem antenadas no presente, nos comportamentos, no aqui e agora, falar a língua do seu público, dos seus clientes. Não provocou disrupção, mas trouxe à consciência pontos que alguns discursos “poliana” estavam encobrindo.
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Trendspotter: Mariana Ferreira, sócia-diretora da Favo e membro do GPRS.