Mercado 60+: Os Pais do Rock and Roll Viraram Shoppers

Palestrante: Martin Henkel

Grupo de Planejamento RS
BS Trendspots by GPRS
4 min readSep 25, 2018

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Contato: martin.henkel@seniorlab.com.br

Hub: SENAC Gestão e Negócios / Sala Aquário Multiuso

Horário: 12h45

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Overview da palestra:

O poder de consumo do público 60+. O Itaú é um bom case sobre como se comunicar e vender para essa faixa etária.

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Highlights:

  • Infelizmente, essa palestra não contava com muita gente se compararmos com as outras do meu HUB. Talvez porque as pessoas não veem glamour ao se falar dos 60+, mas só ao falarmos dos millennials. Sabemos que a juventude é sempre fonte de empolgação, mas negligenciar os 60+ pode ser perigoso para muitas marcas. Martin foi muito preciso ao ilustrar o porque esse público precisa de atenção.
  • Segundo ele, as pessoas se percebem na terceira idade a partir dos 63 anos. É nesse momento que elas não se sentem mais constrangidas em usufruir dos benefícios dados a eles. Faço uma pausa pois me dou conta de que meu pai acaba de fazer 60 anos, ou seja, acaba de se tornar uma pessoa da terceira idade. Mas aí, eu peço uma reflexão para vocês: quantas pessoas que possuem mais de 60 anos vocês conhecem? E quantas delas se comportam como o estereotipo de que temos na nossa cabeça? Pois é, meu pai não parece nada com esse estereótipo que temos na mente, simplesmente porque o mundo mudou muito e não acompanhamos essa geração o suficiente para entender o que está acontecendo.
  • E é isso que o palestrante nos mostra. Esse público gasta mais e quer aproveitar a vida. Em 2030 o número de idosos será igual ao de jovens. Eles não são e não querem ser vistos como frágeis, afinal eles viveram as maiores mudanças pelas quais o mundo já passou. E nós, ignoramos a historia deles e desconhecemos seus hábitos. Ou os fragilizamos ou os colocamos como super heróis. Ou resolvemos criar o termo melhor ideia (que eles não gostam). Ninguém gosta de ser rotulado e eles também não.
  • Todos os dados que Martin apresenta vem de pesquisas realizadas pela empresa dele ou de outras pesquisas já realizadas. Ao falar de Porto Alegre, ele deixa ainda mais explícita a importância econômica que esse público representa: já existem mais mulheres de 60+ do que meninas no Rio Grande do Sul e 30% do público das academias de Porto Alegre são 60+.
  • Mais dados: 63% dos brasileiros 60+ tem celular na mão, 24% da populção 60+ brasileira tem facebook. No RS esse percentual aumenta para 31% e em Porto Alegre, para 48%. Aliás, tecnologia que tenha propósito não assusta esse público. Eles mergulham de cabeça se vier para facilitar a vida deles.
  • Martin também sinaliza que homens e mulheres dessa faixa etária tem prioridades diferentes, salientando, por exemplo, o fato de que passar mais tempo com os netos está mais próximo do topo da lista para os homens do que para mulheres. Isso pode ser explicado pelo fato dessa geração ainda ter no papel da mãe toda a criação dos filhos e que agora elas querem dedicar um tempo maior para si mesmas.
  • Eu como ouvinte mas também como pesquisadora de comportamento, olho para esses números entusiasmada mas também faço uma crítica: me parece que estamos falando de uma parcela mais rica da população. Mas, não da pra negar que muitos pontos levantados são ótimas reflexões para quem trabalha com pessoas, especialmente o fato de que eles esperam estreitar relações e ter um bom atendimento, independente da classe.
  • O palestrante, então, apresenta um estudo chamado Costumer Experience 60+ Retail. Como premissa para qualquer ação que vise entender um público, esse estudo compreende o momento dessas pessoas e aplica ao varejo ações que ajudem a incorporar da melhor forma a necessidade desse cliente. Como o ser humano sofre por mudanças ao longo da vida e o mercado não está acostumado a pensar nisso, se faz necessário observar melhor para poder construir uma experiência significativa para conquistar essa grande e crescente fatia do mercado. E, sim, a conversa foi sobre mercado, mas podemos aplicar isso para a vida em geral, buscando ter mais empatia pelas pessoas 60+, mas sem fragilizá-las por isso.
  • Para entender melhor esse publico, Martin sugere que estudemos antropometria, mobilidades, mudanças no paladar e nos sentidos. Como exemplo, ele cita o uso de vozes mais graves nos call center, pois com a idade nos tornamos mais sensíveis a sons agudos.
  • Quer entender mais? Pesquise sobre o autor da palestra e acompanhe as postagens sobre a GERONDOFAIR, faça o curso New Ways da Perestroika, converse com pessoas mais velhas de “igual para igual”.
  • Hoje, a maioria das pessoas que trabalham com marcas não são millennials nem 60+, até porque tiramos esses últimos do mercado como se eles não fossem mais relevantes. Como comunicar para um grupo tão cheio de experiências, referências e história? É um grande desafio.

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Trendspotter: Gabriela Carminatti, marketing and ominichannel specilist, analytics translator and human behavior researcher

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Grupo de Planejamento RS
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Conteúdo sobre planejamento, estratégia e gestão de marcas feito por profissionais no Rio Grande do Sul