Sheep Happens

Palestrante: Marilia Silveira

Grupo de Planejamento RS
BS Trendspots by GPRS
4 min readSep 25, 2018

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Hub: SENAC Gestão e Negócios / Sala Aquário Multiuso

Horário: 11h30

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Overview da palestra:

As mudanças na forma de trabalho.

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Highlights:

  • Marilia começa sua fala dizendo que as empresas, os governos e as pessoas poderiam usar seu potencial para gerar valor para a sociedade, mas não o fazem. Isso porque as pessoas foram criadas para ter certeza, estabilidade e permanência, mas o que permeia o mundo atual, o mundo VUCA, é a volatilidade e a incerteza. Isso significa que estamos criando novos limites para nós mesmos.
  • Segundo a palestrante, basta que as pessoas acreditem numa ideia para que ela aconteça. Mesmo que essa ideia seja falsa. Ela usa essa frase para questionar a constância do propósito, uma vez que atualmente vivemos em constante transformação, o que significa muitas mudanças e os propósitos acabam se esvaindo. Segundo ela, se agarrar ao propósito e a metas rígidas se torna vazio.
  • O propósito da fala de Marilia é trazer novas formas de trabalho nesse novo mundo e, então, ela usa uma daquelas frases que estão por aí mas ninguém sabe exatamente qual é o autor para questionar nosso medo de arriscar, algo essencial para gerar a inovação: “a desconfiança é algo que nos torna prudentes”. Segundo ela, a falta de confiança é algo que dificulta nossa empatia. Neste momento, lembro da fala de Nagib Nassib na palestra anterior a da Marilia, onde ele fala que colaboração é a essência da próxima revolução que iremos viver. E, como ser mais colaborativo se não confiamos e não temos empatia? Ou, como disse a palestrante, como as pessoas se sentiram emporaderadas e com autonomia (também premissas que Marilia acredita serem essenciais para o futuro do trabalho) para entrarem em processos de colaboração?
  • Aqui, faço uma reflexão sobre isso: nós desconfiamos cada vez mais das pessoas. Vivemos com medo. Não sai a noite. Não deixa a bolsa aberta em cima da mesa do trabalho. Não divulga as informações para todos os funcionários, deixe apenas no alto escalão. É uma rede de desconfiança completa. É compreensível, claro que é. Mas, se tem algo que minhas viagens sozinhas me fizeram acreditar é na bondade das pessoas. Eu prometi a mim mesma confiar mais nelas.
  • Mas, voltando a fala da Marília: no começa da apresentação ela comentou que o futuro do trabalho seria por squads, ou seja, grupos de trabalhos não fixos por empresa. Isso me levou ao seguinte questionamento: hoje existe uma dificuldade enorme de alinhamento estratégico dentro das empresas, como grupos de trabalho que vão ter tempo de duração irão conseguir ter esse alinhamento se não estarão conectados culturamente ás empresa?
  • Esse questionamento ficou pipocando por minha mente um tempo, mas eu nem precisei perguntar, a Marilia respondeu: as pessoas vão trabalhar para empresas que compartilhem seus valores, suas questões éticas e suas percepções de futuro. Então, eu pergunto, imagem as mudanças profundas que as empresas precisam passar para se adaptarem a esse futuro que está chegando de forma implacável?
  • E, como pode ser visto em todas as conversas que presenciei no BS Festival, se o futuro é feito sobre as pessoas, temos um ponto importante, levantado pela Marilia> como lidar com as emoções, sejam as nossas próprias emoções como as das outras pessoas? Seguindo esse raciocínio, a palestrante elenca alguns dos pontos que acontecem normalmente em empresas e da dicas de como lidar com eles para conseguirmos tirar as ideias do papel.
  • Segundo ela, a reação instintiva da maioria das pessoas é reagir contra uma boa ideia. Então, a sugestão é demonstrar que essa ideia não reviver os piores receios que as pessoas possam ter, nem irá repetir experiências negativas anteriores. Faça perguntas para a pessoa que se posiciona contra a ideia, envolva-a, faça a ideia ser de todos, não sua.
  • Muitas vezes a boa ideia esbarra na questão do tempo, investimento e recurso e na mente das pessoas só há risco se elas disseram sim. A sugestão da autora, então, é desmembrar a ideia em pequenas partes para que ela se torne viável de ser implementada. E, outra frase muito comum é a “a gente sempre fez assim”. Neste caso, o desafio é mostrar que existem outras premissas para o sucesso de algo, atualizando esse contexto.
  • Em resumo, o ponto da palestrante é que estamos apegados ao statos quo, a estabilidade e o novo momento exige que nos desapeguemos disso. Afinal, o futuro está centrado nas pessoas porque grande parte do trabalho será feito por robôs e nós precisaremos desbloquear talentos e paixões escondidades, fomentar a criatividade e empoderar as pessoas para criar soluções. Precisamos mudar o mindset, precisamos lembrar que é melhor ter dúvidas do que certezas vazias, precisamos trazer as pessoas para perto.
  • Segundo Marilia, é melhor fazer de um jeito simplificado e ágil pensando no que é necessário para gerar valor e que irá fazer diferença na vida das pessoas. No futuro, não seremos adogados, engenheiros, etc, seremos pensadores, originais e criadores de mudanças positivas. E aí, eu me pergunto: quem não quer esse futuro?

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Trendsetter: Gabriela Carminatti, marketing and ominichannel specilist, analytics translator and human behavior researcher.

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