O que Epidemias, Mavens, Connectors & Sales Persons tem a ver com Business Agility?
Em 2005 li o livro The Tipping Point do Malcolm Gladwell, ele tinha muito a ver com com as tres regras das epidemias e com três papeis dos agentes de mudanças necessarios para uma nova ideia/produto ganhar massa suficiente para chegar no ponto da virada onde uma nova ideia passa a crescer exponencialmente e potencialmente substituir outras ideias/produto que competem.
É um texto longo, e no final deste texto vou te fazer um convite para um encontro com os caras que consideiro que são os Mavens, Connectors e Sales Persons que quem esta com o desafio de Business Agility precisa conhecer, se não ler tudo, não perde esse convite.
Nessa época fiquei extremamente preocupado com algumas tendencias que via inminentes, uma mudança radical no modelo economico e nas vantagens competitivas, eu via a sociedade passando por uma transição de fase da economia, o que Zygmunt Bauman chamou de Sociedade Liquida onde ondas de mudança se propagam com muito menos esforço e a muita maior velocidade.
Depois de muita pesquisa e reflexão, tinha concluído que um Tsunami de Disrupção Digital estava avançando silenciosa porem velozmente e a maior parte das pessoas e das organizações o ignoravam completamente.
Era uma época onde ninguém estava falando sobre Startups, Lean Startup, Agile, Scrum, OKRs, Design Sprint, Design Thinking, Business Model Canvas, etc. na epoca as empresas estavam preocupadas em terceirizar o desenvolvimento de software com fabricas de software, industrializar os seus processos, quase como se estivessem posuidos por uma ideia, uma ideologia que os levava a tomar as mesmas decisões, optimizando as mesmas coisas, padronização, redução de custos locais, redução de variancia, todas coisas que eu entendia tinham muito a ver com fabricas e que pouco tinha a ver com a criação de produtos e experiencias digitais que gerazem valor para os clientes e que para mim eram o diferencial estrategico para fazer parte da nova economia.
Eu sentia que uma janela de oportunidade estava se fechando para muitas empresas no Brasil, e que a cada dia ficaria cada vez mais caro e difícil reverter a situação se de alguma forma fosse possível.
Tinha que fazer alguma coisa, e o Tipping Point me deu alguns insights interessantes. Nele o autor descrevia três papeis, os Mavens, profundos conhecedores sobre um assunto, os Connectors, eram aqueles que conheciam grande numero de pessoas e os Sales Persons, aqueles que pegavam um conhecimento dos Mavens e criavam um storytelling persuasivo que distribuiam atraves dos Connectors.
Na época não era um profundo conhecedor sobre Agilidade, sabia fazer porem não sabia explicar porque as coisas funcionavam melhor desse jeito, isso me desqualificava como um Mavem.
Para piorar não conhecia poucas pessoas no Brasil, isso me desqualificava como um Connector, assim que o único papel que sobrava era o de Sales Person, porem nunca gostei nada de vendas, pelo menos da forma tradicional de vender.
Mesmo assim decidi que deveria aprender a arte de vender ideias e me tornar um persuasor para tentar reduzir o gap entre aquelas empresas que já estavam operando usando a lógica da Quarta Revolução Industrial para o Brasil não ficar mais para atras e eu poder me dedicar a algo transformador social com proposito mais alinhado com minhas preocupações e talentos.
Conhecia alguns Mavens, Klaus Westefeld e Vinicius Teles autor do livro Extreme Programming, que organizaram o XP2000 e XP2004 em São Paulo, e eram minha referencia em XP (eXtreme Programming) e também alguns Connectors, lideres de algumas comunidades como o Rodrigo Yoshima do UML-Brasil, que hoje é organizador da Conferencia de LeanKanban, Adail Retamal e José Papo do CMM-Brasil, entre outras pessoas e criei um grupo de discussão no Yahoo Groups chamado de Agile Brasil e meses depois trouxe um outro Maven o Boris Gloger que era um Certified Scrum Trainer para dar a primeira turma de Scrum no Brasil, seguido por muitas outras que seriam as sementes para uma disrupção, dela sairam pessoas como Alexandre Magno, Alisson Vale, Fabio Pereira entre outros.
Decidi me dedicar pela proxima decada ao propósito de que as empresas prefiram ser ageis, dar motivos suficientes para que elas possam enxergar valor e passei os seguintes anos palestrando e persuadindo pessoas e empresas a se tornar ágeis.
Na época muitos falaram que eu era louco de achar que praticas tão enraisadas em organizações seriam disrompidas pela Agilidade, porem na natureza sobrevivem e prosperam aqueles organismos que que conseguem fazer mais coisas certas com menos, são mais eficazes e aqueles que conseguem se adaptar e responder a mudanças, contrariando a ideia de que seriam os mais fortes.
Depois de alguns anos mais focado em desenvolver o ecosistema de Startups, depois de fundar a Germinadora uma pre-aceleradora e trabalhar junto com mais de 80 empreendedores ajudando a tirar os seus negócios do papel, voltei neste ano a me focar em Agilidade, porem uma agilidade que foca menos em entregar novas features de produto e sim uma agilidade que permite que organizações inteiras pivotem rapidamente uma nova estratégia, descubram novos nichos e segmentos de mercado, lançem novos produtos e serviços em menos tempo com maior efetividade, adaptem as suas estructuras organizacionais rapidamente, descubram novas oportunidades, repensem seus modelos de negócio, todas atividades que dependem de lidar com um mundo VUCA de alta volatilidade, alta incerteza, alta complexidade e alta ambiguidade.
Para este novo desafio, faz total sentido voltar a juntar Mavens, Connectors e Sales Persons para levar agilidade para um novo patamar, continuar a disromper praticas de gestão do século passado e repensar as organizações para conseguir ter mais valor com menos calor e tentar reduzir o gap entre as empresas lideres na nova economia, e ajudar aquelas pessoas e organizações que vem que suas zonas de conforto e as formulas de sucesso passadas estão se derretendo e liquidificando rapidamente.
No próximo 5 de dezembro em São Paulo, vamos fazer um encontro que vai reunir aqueles que consideramos Mavens, Connectors, Sales Persons junto com aqueles executivos e profissionais de empresas que precisam se repensar para evitar que o Tsunami de Disrupção Digital venha a tornar as suas organizações obsoletas.
O Business Agility Brasil Conference 2018 alem de ser uma conferencia vai se tornar um ponto de encontro destes personagens que são os responsáveis por acelerar a adopção de novas e melhores ideias a pessar da viscosidade.
Queria te pedir um favor, você pode me ajudar a identificar os Mavens, Connectors e Sales Persons em Business Agility tanto no mundo como no Brasil? E se você se identificou num desses papeis tambem coloca nos comentarios!
Te vejo la!