Guia NBA — Detroit Pistons: Drummond é o que define o futuro da franquia

Heitor Facini
buzzerbeaterbr
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3 min readOct 13, 2016

Será que o time reencarnará os Bad Boys e vai chegar aonde quer comendo pelas beiaradas?

Foto: (Kelth Alisson/Flickr)

O Detroit Pistons sempre se notabilizou por ter sucesso em épocas que seu jogadores não eram os mais aclamados da liga. O time sempre foi de certa forma outsider. No final da década de 80 todo mundo tinha olhos para o Lakers de Kareem Abdul Jabbar e Magic Johnson, para o Boston Celtics de Larry Bird e para o Chicago Bulls de Michael Jordan. Mas mesmo assim, os bad boys de Detroit ganharam o seu bicampeonato, liderados por Isiah Thomas e Dennis Rodman. Em 2004 todo mundo olhava para Kevin Garnett no Minnesota Timberwolves, Kobe Bryant e Shaquile O’Neal no Lakers, Tim Duncan no San Antonio Spurs. Mas o time do Detroit, com Ben Wallace e Chauncey Billups foi lá e conseguiu seu anel.

Parece que nunca que o Detroit vai ser o time mais visado, mais aplaudido e mais apontado como favorito nos campeonatos que disputar. Parece que o Detroit sempre vai ser o outsider, o underdog na NBA. O time vai para a sua terceira temporada com a base montada com Kentavius Caldwell-Pope, Andre Drummond e Reggie Jackson. No ano passado o time deu samba e chegou aos playoffs pela primeira vez desde 2009. E agora, o que falta mais para o time crescer?

COMO FOI TEMPORADA PASSADA

Andre Drummond é o cara do time. Vem sendo moldado para comandar a franquia nos próximos anos. É, como muitos pivôs, dono de um lance livre absurdamente nojento, só 35,5% de acerto. Mas, seus números evoluem ano após ano. É o lider em rebotes de toda a liga, com 14.8 por jogo. Também aumentou sua pontuação ofensiva, com 16.8 pontos por partida. Inclusive foi eleito para o terceiro time da liga no ano passado.

Reggie Jackson é outro jogador que finalmente consegue seus minutos como titular e mostra seu valor. A conexão dele com Drummond foi a base do bom desempenho do Pistons no ano passado. Foram 18.8 pontos e 6.5 assistências.

Kaldwell-Pope chegou ao seu terceiro ano na liga, aquele que conseguiu mais minutos de jogo, subindo de 31 para 36. Sua média de pontos chegou à 14.5, em comparação aos 12.7 do ano anterior.

Mas, o que fez com que o Detroit deslanchasse mesmo foi a troca com o Orlando Magic. Foi Ersal Ilyasova e Bradon Jennings, e chegou Tobias Harris. Se antes do All-Star Game e da chegada de Tobias o time estava com 50% de aproveitamentos (27 vitórias e 27 derrotas), depois da chegada do ala-pivô o desempenho subiu para 17 vitórias e 11 derrotas, algo que permitiu o time de Detroit chegar aos playoffs. Terminaram em 8º com 44 vitórias e 38 derrotas.

O QUE MUDOU?

Da Free Agency os nomes mais importantes que chegaram foi Boban Marjanovic, Ish Smith e Jon Leuer. Todos para compor o elenco.

Mas, por tristeza do destino, Reggie Jackson se machucou na pré-temporada e pode perder cerca de 2 meses de jogos. Ou seja, Ish, que chegou da armação caótica do Philadelphia 76ers, vai começar o ano como titular. O técnico Stan Van Gundy diz que confia no armador. Mas todos nós sabemos que vai ser dificil ele ter o mesmo desempenho do companheiro de posição. muito graças ao fato de não ser tão entrosado no pick and roll com Drummond. Além do fato da qualidade por si só.

De resto, o time se manteve o mesmo, sem adições de grande rookies nem nada.

NOSSA OPINIÃO

O time completo, com Jackson, Caldwell-Pope, Morris, Harris e Drummond brigaria por vôos mais altos na NBA. Quem sabe chegar a definir a primeira rodada dos playoffs em casa. Mas, isso dificilmente acontecerá sem o armador italiano.

Os playoffs virão. O salto de qualidade visto após a parada pro All-Star provavelmente continuará e o time tem tudo para evoluir mais quando Jackson voltar de lesão. Mas isso pode influenciar um mal começo na liga. É esperar para ver como Ish se portará num time com mais opções.

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