Guia NBA — Indiana Pacers: Chegou o momento de Paul George fazer história

Heitor Facini
buzzerbeaterbr
Published in
3 min readOct 14, 2016

O gerente Larry Bird finalmente montou um time competitivo em torno do astro, agora podendo brigar por voôs mais altos.

Joe Glorioso/Flickr

Paul George. Ah, Paul George. Tinha tudo para hoje em dia ser cotado aos mil ventos como MVP nas temporadas que disputou. Um cara completo, chuta, marca, passa. Mas, que triste fim a lesão de 2014, quando jogava pela seleção. Todo mundo apreensivo. Todo mundo pensando “puts, nunca veremos o Paul George desencantar e virar o que imaginavamos”. Aí veio a última temporada. E como uma fênix, ressurge, bota tudo para cima e mostra que sim, ele está ali.

O que fazer quando você tem essa joia na mão? Larry Bird sabe bem. Foi lá e montou uma base sólida para George voar firme. Mas será que vai conseguir resultado? Será que Paul George vai resgatar o Pacers de Reggie Jackson?

COMO FOI TEMPORADA PASSADA

A primeira boa notícia foi a volta de Paul George. Mas, para conseguir arrumar completamente o time, deu uma demorada. O ala jogou boa parte dos jogos iniciais como ala-pivô. Sim, o cara acostumado a jogar na ala-armação virou ala-pivô. Mas, como ele não se acostumou tanto com a posição, acabou voltando a ala. Mesmo assim, variando de uma posição para outra Paul George conseguiu as suas melhores médias em boa parte dos quesitos. Melhor pontuação (23.1) e melhor assistência (4.1 empatado com 2012–13). E conseguiu jogar quase todos os jogos como titular (81–82).

O rookie escolhido foi o pivô Myles Turner. E o cara já teve impacto na primeira temporada. Muito atlético e de muita mobilidade ele acabou abocanhando uma vaga no segundo time de rookies. Conseguiu logo no seu primeiro ano uma média de mais de 22 minutos por jogo e acabou assumindo a titularidade depois do All-Star. O time conseguiu no fim uma vaga nos playoffs. Ficou em sétimo lugar, com o 14º pior ataque e a 8ª melhor defesa.

O QUE MUDOU?

Sai Frank Vogel entra Nate McMillan que era seu assistente. A idéia de Larry Bird é construir um time rápido com melhor atuação no perímetro e melhorar o ataque. A última parte faz muito sentido em trazer Nate, já que quando dirigiu o Portlan Trail Blazers em 2008–09 produziu o melhor Offensive Rating da liga (o número de pontos que um time consegue a cada 100 posses). Mas, seus times sempre foram mais estáticos e de transições lentas — o contrário que Bird quer. Ele disse que se reformulou e que conseguirá melhorar no jogo de basquete mais moderno. Em todo o caso, Larry Bird já demonstrou manjar mais de basquete que todos nós reles mortais.

E o que fazer quando você tem uma estrela em sua equipe? Municiar de bons jogadores que façam ela jogar bem. Foi isso que Bird fez. Uma das melhores (se não a melhor) offseason dessa temporada. Foi atrás de Jeff Teague, um all-star, para substituir George Hill na posição de armador (troca tripla, Hill para o Utah, escolha para o Hawks e Teague para o Pacers). Foi atrás de Thadeus Young para a posição de ala-pivô, algo excelente para o time (e por uma simples 20ª escolha de draft). Trouxe ainda Al Jeferson, Aaron Brooks e Kevin Seraphin para completar o elenco.

NOSSA OPINIÃO

O time melhorou muito. No Leste, sabemos que tem um dono, o Cleveland Cavaliers. Mas, a disputa pelas outras posições é muito acirrada. E o Pacers, tendo um jogador estrela e um bom elenco de apoio aponta como um dos grandes candidatos a ficar na segunda vaga.

Os torcedores podem ficar com apenas um medo: McMillan. No geral é um técnico bem pior que Frank Vogel. Mas, sabemos que dentro do basquete, tudo depende de como ele vai conseguir fazer com que o time execute a filosofia planejada. E como dissemos, se tem uma coisa que Larry Bird entende é de basquete.

O time provavelmente será escalado com Teague, Monta Ellis, George, Young e Turner. É um time excelente, tem tudo para melhorar a marca do ano passado e conseguir decidir os playoffs em casa.

E esperamos que Paul George se mantenha saudável pelo bem do basquete.

Dados: Basketball-Reference, ESPN, Yahoo.

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