Guia NBA — New Orleans Pelicans: Se Anthony Davis é por nós, quem será contra nós?

Heitor Facini
buzzerbeaterbr
Published in
3 min readSep 30, 2016

Será que o monocelha consegue mais uma vez levar o time nas costas?

Foto: Kelth Alisson/Flickr

Um dos maiores sonhos da maioria dos donos de franquias é conseguir uma estrela e constuir o time em volta com bons coadjuvantes. Tom Benson, dono do New Orleans Pelicans, conseguiu o primeiro ao draftar Anthony Davis para o time em 2012. O problema é só a segunda parte. A composição em torno do astro vem sendo um problema para as aves de Nova Orleans. Aparentemente ou ninguém quer jogar ao lado do monocelha ou a diretoria está falhando em compor seu elenco.

Como será que o time pode evoluir ou pelo menos repetir o desempenho na temporada 2014/15?

COMO FOI NA TEMPORADA PASSADA

O time do New Orleans começou com muita expectativa a última temporada. Em 11 a cada 10 blogs colocavam Anthony Davis como um dos principais concorrentes ao título de MVP (quando não colocavam como o favorito a conquista). E a expectativa era extremamente justificada. Anthony Davis vinha de nomeação para o All-NBA team, renovação trilhardária de contrato e médias de 24.4 pontos, 2.2 assistências, 2.9 blocks e 10.2 rebotes. Ainda surgiam rumores que o monocelha estava treinando o arremesso de longa distância, ainda com o boom do Golden State Warriors. Parecia certo que o cara ia dominar a liga já a partir daquele ano.

Mesmo que os números não mostrem tanto essa queda, Davis não chegou perto dessas expectativas. Falando individualmente, seus pontos caíram pouco (24.3 nesse ano) e só uma baixa significativa em tocos (2.0). Então o que aconteceu com ele? Bom, foram só 61 jogos disputados, ao invés de 68 no ano anterior. O time depende muito dele, mas muito mesmo. Ou seja, 7 jogos sem ele foram cruciais para o desempenho da equipe.

O que falamos dos coadjuvante mais em cima pesou muito para o New Orleans. Tyreke Evans, segunda força ofensiva da equipe se lesionou e disputou 44 jogos a menos. Eric Gordon disputou 16 jogos a menos. Ou seja, faltou o time em torno do monocelha.

Isso resultou em 30 vitórias apenas e 52 derrotas na temporada (ao contrário de 45–37 do ano anterior).

O QUE MUDOU

A maior aquisição foi no draft com Buddy Hield. O cara parece pronto para a NBA desde já. Tem 22 anos, fez todo o high school e vem de uma temporada com 25.2 pontos de média e uma excelente porcentagem de chute de longa distânce (45,7). Como Tyreke continua lesionado, provavel que comece desde já como titular e pode ser mais uma arma ofensiva para o time de New Orleans.

Perderam Ryan Anderson, que foi o segundo melhor do time no ano passado e perderam também Eric Gordon. Mas chegou uma porrada de gente. Langston Galloway, E’Twaun Moore, Lance Stephenson, entre outros. Desses, Moore deve ser o com mais tempo de jogo dividindo a ala-armação com Buddy no início da temporada.

NOSSA OPINIÃO

O New Orleans é uma incógnita. Jrue Holiday, Tyreke Evans, Buddy Hield, Omer Asik são coadjuvantes pelo menos razoáveis. Mas os dois primeiros são quase de vidro e não sabemos o quanto eles conseguirão jogar nesse ano. Se estivessem saudáveis poderiamos cravar que o Pelicans poderiam brigar por playoff esse ano.

De resto depende muito de Davis. Se conseguir evoluir ainda mais, o time volta para a fase do mata-mata da NBA. Buddy Hield pode contribuir bastante com isso e um dos que aposto brigando pelo posto de Rookie do Ano. Mas de resto parece que falta a base para Davis brilhar pela franquia.

Um time com Holiday, Evans, Hill, Davis e Asik não é ruim. Mas ele não se repetirá em tantos jogos como o esperado. Ou seja, podemos ver o monocelha mais uma vez tendo férias mais cedo esse ano.

Dados: Basketball-Reference

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