Guia NBA — Washington Wizards: O que acontece na capital?

Heitor Facini
buzzerbeaterbr
Published in
3 min readOct 7, 2016

Dois dos melhores armadores da NBA juntos no mesmo elenco e mesmo assim, o time não vai para frente.

Foto (Kelth Alisson/Flickr)

John Wall é uma estrela, um dos melhores armadores de toda a liga. Bradley Beal é uma das maiores esperanças para o futuro da NBA. Obviamente, você pensando que tem esses dois jogadores no seu time, você poderia concluir que está entre os mais vencedores da liga. Olha, o time do Washington Wizards não é ruim. Não mesmo. Mas não é bom. Está naquele limiar do mediano na NBA. Tem um monte de equipe que está no mesmo balaio. Falta, talvez, um pouco mais de consistência para a equipe.

Foram dois anos consecutivos chegando as semifinais de conferência. Todo mundo esperou um passo a frente, certo? Mas não foi isso que aconteceu. Foi um ano fora dos playoffs. O que levou a isso?

COMO FOI NA TEMPORADA PASSADA?

Como dissemos, John Wall é um dos melhores armadores da liga (e um dos mais completos). Ele passa, ele ataca a cesta, ele defende, ele marca. É um dos caras que qualquer um queria ter em sua equipe. Na última temporada, ele continuou a evolução que vinha tendo desde quando foi draftado. Subiu suas médias de pontos (de 17.6 a 19.9) de roubos de bola (1.7 a 1.9), de rebotes (4.6 a 4.9), de assistências (10.0 a 10.2). Finalizou o segundo ano consecutivo com um duplo-duplo de média. Mas, o time foi mais dependente dele. O seu tempo de quadra subiu para quase 36 minutos por jogo e sua média de erro também subiu (de 3.8 a 4.1).

Bradley Beal é excelente também, mas, passou muito tempo no estaleiro se recuperando. Sendo o segundo mais importante da equipe, o cara diminuiu o número de jogos disputados de 63 a 55 (e começou apenas 35 desses 55). Isso impactou ao máximo no desempenho da equipe, já que o time em si depende muito de Beal (segundo elemento mais importante da equipe).

O time, até a chegada do All-Star estava com um desempenho de 23 vitórias e 28 derrotas. O técnico Randy Wittman treinou desde o início e pensou numa equipe com um ala-pivô que joga mais aberto, para poder tentar infiltrações de Wall. Ou seja, com Nenê Hilário, e Kris Humpfries, isso não é algo que poderia ser realizado pois eles jogam mais dentro do garrafão, atraindo os marcadores para dentro. Ou seja, as infiltrações ficavam mais comprometidas. Depois do All-Star, chegou Markieff Morris, que faz essa função melhor que os dois citados. Ou seja, o desempenho do time melhorou, subindo para 18 vitórias e 13 derrotas. Mesmo assim, os playoffs não chegaram.

O QUE MUDOU?

Beal renovou por 5 anos e 130 milhões de dólares. Ou seja, há uma expectativa e pressão em torno dele para conseguir melhorar o seu desempenho. Seu chute de 3 é bom, mas ele não toma decisões acertadas.

O elenco que tinha poucas opções, ganhou adições para rotacionar melhor. Chegaram principalmente Trey Burke e Ian Mahinmi. Os dois não tem chance e nem potencial para ser titulares, mas o time que perdeu jogadores como Garret Temple e Ramon Sessions preencheu a altura.

NOSSA OPINIÃO

Com a chegada de Markieff Morris houve sim uma evolução no Wizards. Provalvelmente o time titular será Wall, Beal, Otto Porter, Morris e Marcin Gortat.

O time titular é bom, mas as opções de rotação e reposição são poucas. Se Beal continuar evoluindo e se manter saudável, as chances de voltar aos playoffs são bem altas. Mas, se alguém machucar o caldo engrossa mais.

O problema principal é esse, opções no banco. Não sabemos se o time tem pernas para aguentar a temporada inteira da NBA.

Dados: Basketball-Reference, ESPN, NBA, Yahoo.

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