NBB9 — Semana 3: O impressionante Vitória e o triunfo do coletivo

Heitor Facini
buzzerbeaterbr
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2 min readNov 24, 2016

Time baiano segue como um dos únicos invictos da competição até o momento.

A “constelação” rubro negra é a melhor novidade do NBB9 (Foto:Stephen Eilert/Solar Cearense; Montagem:Heitor Facini/Buzzer Beater)

Se em algum momento você imagina alguém tirando a supremacia do Flamengo você pensa no Brasília (outro time vencedor do NBB), Bauru (com duas finais consecutivas) ou até o Mogi (com um elenco muito bem montado e um excelente treinador). Mas quem está mais perto disso nesse campeonato é o Vitória.

Ok, estamos na terceira semana já, mas precisamos salientar que ainda é cedo para prever qualquer coisa, para analisar profundamente qualquer coisa. Mas, se no momento, temos 2 times como os melhores do campeonato e 1 deles é o atual tetra campeão, você tem de olhar com outros olhos para o segundo.

A equipe, como Universo/Vitória vai apenas para a segunda temporada. Mas, o que aconteceu basicamente foi que no final da temporada 2013/14 a Unitri/Uberlândia se mudou para salvador, fez uma parceria com as Universidades Universo e com o clube de futebol do Vitória e começou os trabalhos.

Mas, vamos ao que interessa. O que faz do Vitória tão grande? Primeiro lugar fica o simbolismo. Dos 15 times do NBB, 10 equipes ficam na região sudeste. Dá para questionar um pouco o BRASIL no nome Novo Basquete Brasil. Ver um time de outra região e sem tanta tradição assim no basquete despontar dá a sensação de que o basquete está se espalhando realmente para o Brasil.

E, na quadra em si, o time realmente está mandando muito bem. O principal ponto é a defesa. A equipe é a que menos sofre pontos em todo o campeonato, 73.75. É a segunda que menos concede rebotes para o adversário, com 31.75, a segunda que concede menos assistências com 14.25. A defesa é de longe o maior trunfo do Vitória. Mas, o time em si é muito bem organizado, trabalha bem a bola. É a quarta equipe em número de assistências por jogo, o que signific que está entre as que mais consegue fazer com que todos os jogadores em quadra joguem.

Isso só se comprova com a pontuação bem distribuida. 5 jogadores da equipe tem médias de pelo menos 2 digitos em pontos. O destaque vai obviamente para Kenny Dawkins, gringo que comanda a constelação com 18 pontos, 4 rebotes e 5.5 assistências. Outro destaque é André Góes, com mais de 40% de aproveitamento da linha de 3, mais de 50% da arremessos de 2 pontos e quase 90% de lances livres.

Pode ser cedo para analisar algo, mas o time do Vitória vem surpreendendo e muito. Pode ser que seja o indício de uma NBB mais nacional e com mais participantes fora do eixo fazendo sucesso.

Dados: LNB

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