Mais vale uma amizade na mão do que dois cofres cheios

Eduardo Nunomura
Cásper CETJ
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2 min readOct 1, 2016

Por Flávio Mello

O que você faria se recebesse uma herança de alguém que nunca viu? Se não souber a resposta, não tem problema, é só correr para o cinema e assistir “Tô Ryca”, a mais nova comédia do roteirista Fil Braz, autor do também divertido “Vai Que Cola — O Filme”, sucesso do canal Multishow, que invadiu as telonas em 2015.

Lançado em 22 de setembro, nas principais salas de cinema do país, o filme conta a história de Selminha (Samanta Schmütz) uma carioca que vive no subúrbio, trabalha como frentista num posto no centro do Rio de Janeiro e sonha em ter uma vida melhor. Ao lado de sua melhor amiga, Luane (Katiuscia Canoro), Selminha só quer uma coisa: mudar de vida.

Certa manhã, depois de uma noite divertida com sua companheira de aventuras, Selminha recebe a visita de um homem misterioso, que mais parece tirado do filme “MIB — Homens de Preto”. A missão dele era levá-la até a um conceituado escritório de advocacia.

É lá que a gata borralheira vira uma princesa. Um tio, também interpretado por Schmütz, deixa uma herança de 300 milhões de reais. Mas para ela ganhar esta bolada terá de gastar 30 milhões em um mês, sem contar a ninguém e nem mesmo adquirir um bem.

Festas, passeios, viagens, bebidas, e tudo mais que o dinheiro pode proporcionar. Foi assim que Selminha e Luane, as amigas inseparáveis, aproveitaram os primeiros dias de riqueza. Mas Luane se cansa da vida de mulheres ricas e tenta reconquistar seu ex-namorado. Como nem tudo são flores, o rapaz tem um tumor e precisa de um tratamento. Luane passa a precisar do dinheiro de sua amiga, com quem não se identifica mais.

Leve e divertido, o filme tem participações de Fabiana Karla, Marcelo Adnet, no papel de um político corrupto, e Marcus Majella — que, seja lá o papel vivido pelo ator, será sempre ótimo Ferdinando do seriado “Vai Que Cola”. O filme também traz Marília Pêra em sua última atuação, que dá uma aula de interpretação, mesmo em poucos minutos em cena.

A sátira de “Tô Ryca” como outros filmes do gênero que transformam personagens pobres em milionários de um dia para o outro ensina que a amizade é a maior herança que podemos ganhar.

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Eduardo Nunomura
Cásper CETJ

Jornalista, professor universitário e editor do site Farofafá