Afropython
Empoderamento da comunidade negra de tecnologia
Em 2017, surgiu na capital gaúcha a comunidade Afropython. Formada por um grupo de cinco amigos, ligados nos eventos tecnológicos, a iniciativa começou com o seu foco voltado apenas para mulheres. Com objetivo de aumentar a representatividade de pessoas negras dentro da área da tecnologia, a comunidade foi ampliada para a população preta em geral.
Iniciou a sua atividade como oficina de programação em Python, contando com 50 pessoas, entre elas treinadores, voluntários e alunos. Conforme o movimento foi crescendo, a Afropython foi expandindo a sua atuação para São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Recife e Lisboa (Portugal). Hoje, a comunidade foi formalizada e tornou-se uma empresa de dois sócios, contando com o trabalho da Amanda Vieira e do Felipe de Morais.
Em 2019 surgiu a AfroPython Conf, a primeira conferência de tecnologia para pessoas negras no Brasil. Um dos pilares da organização é conseguir não somente a inclusão, mas a ascensão profissional de pretos no mercado da Tecnologia da Informação.
Do total da comunidade, 85% é formada por pretos e pretas, 89% não programam profissionalmente e 80% vieram de escola pública. Amanda Vieira, sócia da AfroPython, conta que uma rede de apoio envolve a iniciativa, permitindo troca de experiências e networking. Além disso, um dos objetivos é trazer como referências pessoas negras que já estão na área, para mostrar que é possível, sim, ter ascensão no mercado.
“Normalmente pensamos que só pessoas que tiveram muitas oportunidades na vida que conseguem entrar nesses espaços”, ressalta Amanda Vieira.
Os números e as falas da Amanda, mostram o porquê iniciativas como essa são imprescindíveis na sociedade. Quer conhecer pessoas pretas inspiradores que farão você expandir seu universo de conhecimento? Ouça o Afropython Podcast por aqui!
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