#1 Esta semana em: Mulheres na internet

Ligia Guimarães
Cada Uma
4 min readMay 6, 2016

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P or Ligia Guimarães, do Cada Uma.
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Nunca se falou tanto sobre questões de gênero, mulheres e feminismo na imprensa e na internet — tanto no Brasil quanto nos sites gringos. Ainda bem! Tem muito mais coisa pra falar ainda, e é para isso que o Cada Uma existe. Mas quem tem tempo de ler tudo?

Pois não temas, cara leitora! (Ou leitor! A gente gosta dos moços que leem as paradas). O Cada Uma deu uma geral por aí e traz uma listinha das nossas leituras preferidas da semana (e algumas mais velhinhas, porque não temos esse tipo de preconceito, né?)

  1. O relato mais completo que você já viu sobre Alzheimer
    Essa reportagem do New York Times é daquelas que fazem você relembrar o quão incrível pode ser o jornalismo. Eles contam, em vídeo, fotos e material de primeira, o passo-a-passo de tudo o que foi mudando na vida da Geri Taylor, 72 anos, com Alzheimer. A história começa no dia em que ela se olhou no espelho pela manhã, aos 69 anos, e não se reconheceu. Os primeiros sintomas; o medo do futuro; o diagnóstico; a reação do marido e o impacto que a doença tem na família.

Na real você pode tratar como uma revistinha ou um livro, porque é uma leitura comprida e em inglês. Eles até marcam onde você parou de ler e te lembram quando você voltar. Tem espaço pra interagir, ler os depoimentos de outros leitores que têm familiares com Alzheimer.

Enfim: informação útil, bem feita, de maneira sensível. Clap clap!

2. Um texto sobre como está sobrando palpite nas nossas vidinhas

Eu juro que fiquei rindo sozinha de madrugada na minha cama enquanto lia esse artigo do The Guardian. A autora, a Arwa Mahdawi, tem uma maneira engraçada de falar de um assunto sério.

Na intenção legítima de nos fortalecer, quebrar tradições e discursos machistas e tornar o discurso das mulheres mais cheio de confiança — sim, isso tudo é importante! — estamos nos criando uma cobrança meio exagerada. Ela cita o exemplo de um artigo recente que pedia que as mulheres evitem dizer “eu acho que”e “desculpa” em excesso, porque são expressões que “evitam o conflito em que a democracia se baseia”.

Veja o que diz a Arwa:

“ Desculpe, mas isso está saindo de controle. Eu não quero mais ler nenhum editorial sobre o que as mulheres devem ou não dizer”. Ela diz achar ridículo o conceito de que cada vez que uma mulher diz “eu acho que”, uma parte da democracia morre. Ela até sugere ironicamente coisas que você, mulher, pode dizer em vez de “eu acho que” para salvar a democracia.

“Eu tenho um gráfico que demonstra que …”

“As estatísticas sugerem que …”

“Um homem me disse que…

Pronto! A democracia está salva. :)

( O Cada Uma, aliás, super acredita no seu direito de decidir da sua vida o que bem quiser, sem tanto palpite e julgamento. Escrevemos sobre isso aqui , ó: )

3. O Cartão Mulher, sugerido por Trump, saiu do papel

Donald Trump, dando uma de Donald Trump, criticou a Hillary Clinton por, segundo ele, estar apelando para o “woman card” para conseguir votos (algo como um “cartão de mulher”, em português).

A partir desse fiasco, duas coisas legais aconteceram. A primeira foi a reação do Twitter, com mulheres e homens respondendo Trump com a série de desvantagens que o “Cartão mulher” dá. Tipo salário mais baixo.

E a segunda foi essa: um apoiador da Hillary, teve a ideia de aproveitar a deixa e criar as ‘women cards” de verdade e fazer uma campanha pra arrecadar dinheiro no KickStarter. Arrecadou mais de US$ 35 mil!!!

E uma coisa para colocar na agenda:

  • Viram que saiu a programação da Flip, e tá cheia de mulheres?

Beijo e vamos juntas!

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Ligia Guimarães
Cada Uma

Brazilian journaist. 2016 Fellow at the Tow-Knight Center. MBA em economia pela FIA. Into economic, gender and social issues.