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As primeiras impressões sobre viver no Japão

Lidia Saito
Cadê as três?

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Olá para você que está lendo esse texto! Depois de 1000 anos estou de volta para compartilhar sobre minha mais louca mudança. No dia 15 de janeiro de 2020 coloquei meus pés em terras asiáticas, mais precisamente, no Japão, e já pude sentir o primeiro baque: o frio. Tudo bem que o frio é só um detalhe, mas apesar do Japão ter uma enorme diferença cultural em relação ao Brasil, eu ainda não tive tempo para sentir o choque cultural. O fato de ter sido criada por uma avó japonesa deve contar essa adaptação “fácil” em relação aos costumes (ou pelo menos alguns deles).

E que os japoneses são muito educados, isso ninguém duvida, mas o impacto de entrar em qualquer estabelecimento e escutar um “irashaimase”, que é como eles nos dão as boas-vindas, é de se impressionar. Difícil dizer o que mais me surpreendeu nesse tempinho que estou aqui, pode ter sido o vaso sanitário que só falta falar com você, as maquininhas de café em cada esquina, ou a sensação de estar sempre andando com segurança. Bom, ainda terei muito tempo para descobrir mais coisas.

É difícil colocar em palavras as minhas primeiras impressões desse país, que há primeira vista, me recepcionou tão bem. Peço licença e desculpa para vocês, porque ainda não posso conversar com propriedade sobre os preconceitos que os estrangeiros sofrem por aqui, mais para o futuro a gente volta a conversar sobre isso, tudo bem?

Voltando ao nosso assunto inicial: em pouco tempo sinto que, sim, estou em casa também. É estranho andar na rua, ver pessoas tão semelhantes a mim, e não me sentir um patinho fora do ninho como muitas vezes me sentia no Brasil.

Estranho também andar na rua sem pressa e sem medo. Se um estranho passa pelo seu lado, tá tudo ok, o máximo que ele vai fazer é te cumprimentar, sem olhares e sem aqueles “elogios” totalmente invasivos a nossa liberdade. É claro que é ingenuidade achar que o Japão é livre de criminalidade, nem de longe estou falando isso, mas a sensação de segurança é enorme, porque realmente existe segurança. Acho que há anos não andava tranquilamente; aqui vou ao supermercado apenas com meu dinheirinho, celular e fones de ouvido, e isso tem me feito muito bem.

Então, destaco para vocês os dois pontos mais importantes da minha primeira impressão, a primeira: o Japão me abraçou, aqui também posso chamar de lar. A segunda: posso andar pela rua com tranquilidade, sem precisar ter pressa para sair enquanto ainda está claro.

Mas como tudo na vida é mutável, voltamos a conversar mais para frente, ok? Aí eu digo se realmente eu estava certa, ou se esse amor não passava de uma cilada.

O que mais eu posso dizer sobre essa experiência? Sejam mesmo uma metamorfose ambulante! Não tenham medo de mudanças, mesmo que seja um corte novo, uma tatuagem nova, uma cor de cabelo diferente, um caminho diferente do qual você está acostumado de fazer do trabalho para casa, mude de cidade, de estado, de país. Só mude! Não tenha medo, pode ter certeza que você não será o mesmo que era antes da mudança. E assim eu deixo um beijo no coração aventureiro de cada um que veio até o final deste texto s2

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