Porquê Mamma Mia é Girl Power!

Juliana Theodoro
Cadê as três?
Published in
4 min readAug 1, 2018
Crédito: Divulgação — Mamma Mia 2

Amanhã, dia 2, estreia “Mamma Mia 2” nos cinemas brasileiros: a continuação do musical lançado há dez anos. Eu, como morro de amores pelo primeiro filme, corri ao cinema assim que lançou aqui em Portugal (dia 20 de julho), e já posso dizer que morro de amores pelo segundo também ❤ ❤ ❤

Vocês sabem que eu adoro indicar filmes e séries por aqui, mas dessa vez além de fazer isso (porque eu realmente super indico ir ao cinema assistir Mamma Mia 2), quero falar o porquê de eu sentir que Mamma Mia é Girl Power!

Eu sei que existem muitos argumentos que contradizem a minha afirmação aí em cima, e posso dizer que até concordaria com alguns deles, afinal, como um filme que tem como uma das temáticas centrais amor romântico tradicional entre um homem e uma mulher pode ser empoderador? Ou mesmo: será que Mamma Mia passaria no Teste Bechdel (aquele em que se procura pelo menos uma cena em que duas mulheres — com nomes — conversem entre si sobre algo que não se refira ou seja um homem)? Provavelmente o primeiro filme, não.

Mas reparem que eu não disse que acho ou acredito que Mamma Mia seja Girl Power, mas que eu sinto. E isso posso afirmar com toda convicção porque eu me sinto empoderada ao ver Mamma Mia, é um filme que me toca de uma maneira que poucos filmes já conseguiram, e me toca como mulher por dois motivos.

Primeiro: amizade feminina. Vocês já reparam na amizade entre a Donna (Meryl Streep/ Lily James), Rosie (Julie Walters/ Alexa Davies) e a Tanya (Christine Baranski/ Jessica Keenan Wynn)? Para as mulheres que sempre ouviram que somos falsas umas com as outras e tem grandes amizades que contradizem esse estereótipo (beijos p/Lidica e Manu ❤), é maravilhoso ver sua irmandade tão bem representada. No primeiro filme a conexão entre as três personagens já é evidente, mas no segundo, quando conhecemos o passado de Donna, é emocionante ver a parceria das três durante vários anos. Claro que o fato de ser cantado (por Donna and The Dynamos \o/) deixa tudo mais encantador (e é por isso que musicais são incríveis!).

Motivo nº 2: relação mãe e filha. Se você não chora vendo a cena em que a Donna e a Sophie (Amanda Seyfried) cantam Slipping Through My Fingers antes do casamento no Mamma Mia 1, você não tem coração. Inclusive vou até colocar o vídeo com música aqui em baixo que é pra gente lacrimejar um pouquinho junto. A ligação da Donna e Sophie é linda, e é muito mais explorada no segundo filme, devo dizer, porque vemos como Donna criou a filha sozinha e a partir do nada na Grécia. Quero deixar claro que não vejo aqui uma visão romantizada da maternidade, mas uma maternidade que apesar de todos os problemas e desafios, tem amor, uma maternidade mais real (se é que isso é possível nos cinemas) — já que quem viu o primeiro filme sabe que nem tudo eram flores entre Donna e Sophie.

Para quem teve ou tem uma figura feminina maternal (seja avó, madrinha, tia, enfim, qualquer mulher com que se possa ter esse tipo de relação) sabe que apesar dos trancos e barrancos, essa mulher é o primeiro contato que temos com o universo feminino e todos os seus desafios, e é ela que nos prepara (à sua maneira) para enfrentá-los.

Se me permitem posso acrescentar mais um motivo de o porquê Mamma Mia ser Girl Power, quando forem assistir ao segundo filme nos cinemas, olhem para os lados, vejam a idade das mulheres que estão no cinema com vocês; é raro Hollywood trazer mulheres de mais de 40 anos em filmes divertidos, por isso você vai notar uma maior quantidade de mulheres com seus 50 e tals anos indo ao cinema para se divertir e ver mulheres ativas e cheias de vida como elas. No fim, no cinema e na televisão tudo acaba um pouco por tocar na representatividade, né?.

Eu sei que Mamma Mia não é perfeito, principalmente se formos discutir questões ligadas ao feminismo ou a diversidade (que falta muito nos dois filmes, infelizmente), mas se deixem levar um pouquinho pelos sentimentos e se permitam encantar com os elos que são parecidos com os que você tem na sua vida, seja com aquela amigona para todas as horas ou com sua mamãe. Entenda bem, não estou pedindo que não se reflita e/ou problematize sobre Mamma Mia, longe disso, só peço que não se deixe passar batido esse sentimento tão poderoso de irmandade entre as mulheres, afinal: viva o amor verdadeiro entre as mulheres, seja o amor romântico, maternal ou fraternal ;) ❤

E aí, ansiosas (os) para ver Mamma Mia 2? Conta pra gente nos comentários!

Beijos e até a próxima.

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