Crítica
A narrativa perfeita para ficar imerso no espaço
O filme “Como vender a lua” é uma obra gostosa de assistir, uma comédia romântica divertida e envolvente, com um toque de tensão. Claramente o carisma de Scarlett Johansson faz toda a diferença para o enredo, atuando como Kelly Jones, especialista em marketing e a profissional mais qualificada para melhorar a imagem da NASA em meio a uma corrida espacial dos EUA contra a União Soviética. A narrativa fica ainda melhor ao juntar com Channing Tatum, que faz o papel de Cole Davis na árdua missão de ser o diretor de lançamento da Apollo 11. Certamente vemos faíscas de amor durante o longa. Entretanto, é observável que ao passar do filme parece ocorrer uns cinco finais diferentes. A partir da metade para o final, é possível sentir que a qualquer momento o filme vai ser finalizado, e então de repente acontece uma reviravolta diferente, o que pode causar uma certa ansiedade na audiência.
Durante a difícil tarefa de arrumar a imagem da NASA, vemos Kelly Jones ter dilemas éticos, com a pressão do governo em cima dela sobre questões de patriotismo, vida pessoal e problemas técnicos. Mas então é assim que os profissionais de comunicação devem agir? É possível ver no filme que não. Jones resolveu escolher o lado certo da história, e se saiu muito bem com sua lábia e jogo de cintura para resolver os problemas que lhe apareciam, tal qual a exigência de criar um plano B, que seria uma farsa, para a histórica transmissão do homem pisando na lua.
Finalizando, o filme traz uma envolvência gostosa que só um enemy to lovers traz. O diretor Greg Berlanti, juntamente com a roteirista Rose Gilroy, tiveram um resultado muito bom na criação da obra, ao conseguir manter a audiência torcendo pelo casal e rindo das movimentações da equipe conflituosa de ambos os protagonistas durante a narrativa inteira. Além disso, o filme nos traz o sentimento de que podemos sonhar alto.
