Ao infinito e além

Em um mistura de outros clássicos, Lightyear é mais um sucesso da Pixar

Bárbara Niedermeyer
Caderno 2
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3 min readJun 15, 2022

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Buzz vive mais uma aventura e que muito se relaciona com Toy Story | Foto: Divulgação/Pixar

O novo filme de Buzz não é uma continuação do clássico infantil Toy Sory. Mas, entre os paradoxos do cinema, Lightyear, de Angus MacLane, se relaciona diretamente com a história tão querida pelas crianças.

No longa, Buzz é o astronauta que deu origem ao boneco de mesmo nome que era um dos brinquedos de Andy em Toy Story. O “filme dentro do filme” retrata a história do lendário patrulheiro do espaço após ele montar acampamento em um planeta hostil e ainda desconhecido que fica a 4,2 milhões de anos-luz de distância da Terra. Após um erro cometido pelo personagem principal, ele e toda a tripulação ficam presos no planeta, e a única maneira de sair dele é pilotar a nave usando um cristal de ultra-velocidade que precisa ser construído com os recursos do planeta.

Enquanto Buzz tenta encontrar o caminho de volta para casa através do espaço-tempo, junto à sua equipe e ao gatinho-robô Sox, há uma alteração com os multiversos e sua relação com o espaço tempo, em algo que acaba se tornando uma mistura de filmes da Marvel com o clássico Interestellar. Ao mesmo tempo que Buzz passa minutos no espaço, no planeta passam-se anos, e seus companheiros, incluindo a sua companheira patrulheira Hawthorne envelhecem anos e vão acostumando-se à vida no planeta.

Sem nunca desistir e sentindo que deve algo aos amigos e tripulação, Buzz segue investindo nas missões de retorno, que são ameaçadas devido à chegada de Zurg, junto a exército de robôs.

Quem estava acostumado aos dubladores de Toy Story, já vai estranhar o filme em seu início. Isso porque o o time de vozes de Lightyear é diferente daquele dos quatro filmes de Toy Story. Enquanto o ator Chris Evans dá voz ao astronauta na versão em inglês, Marcos Mion assume o comando da tripulação na versão dublada.

Buzz e seu fiel companheiro Sox mostram o verdadeiro valor da amizade | Foto: Divulgação/Pixar

Mas entre os pontos positivos a serem destacados está, sem dúvida, o acerto da Pixar com os personagens. O gato robótico Sox é o principal acerto do filme, e chega a roubar o cenário até mesmo de Buzz. Sox é tudo de bom, e sem dúvida, um dos melhores personagens que a Pixar já criou. Outro grande acerto do filme é trazer a representatividade LGBT, e mostrar o verdadeiro valor da amizade, mesmo que a “Anos Luz” de distância. Sem dúvida, Lightyear mais acerta do que erra. E ainda bem, para contentar a criança que existe dentro de cad adulto que já foi apaixonado pela franquia Toy Story.

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Bárbara Niedermeyer
Caderno 2

Estudo Jornalismo na UFRGS, escrevo para o Correio do Povo— RS e sou repórter e produtora no programa de Jornalismo Cultural Caderno 2.