CRÍTICA

Besouro Azul traz latinidade e aventura para o cinema

Dirigido por Angel Manuel Soto, o filme marca a nova era do Universo da DC

Luiza Duarte
Published in
2 min readAug 16, 2023

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Reprodução: Warner Bros Pictures

O novo longa-metragem da DC, Besouro Azul, conta a história de Jaime Reyes (Xolo Maridueña), um jovem que retorna para sua cidade natal, a fictícia Palmera City, com esperança de conseguir um bom emprego para dar uma vida melhor à família após se formar na faculdade. Porém, ele não imaginava que Jenny Kord (Bruna Marquezine) cruzaria seu caminho e, junto com ela, o Escaravelho — uma peça alienígena que o escolhe para ser seu hospedeiro simbiótico, conferindo-lhe poderes e um traje de super-herói. Agora, a dupla precisa proteger o artefato de Victoria Kord (Susan Sarandon), tia de Jenny e grande empresária, com planos próprios de como utilizar (e lucrar com) essa tecnologia.

O filme marca o início de uma nova fase da DC, chefiada por James Gunn (diretor de Guardiões da Galáxia) e Peter Safran. Ao contrário da onda de filmes de herói que precisam de contextos anteriores ao filme em si, Besouro Azul se sustenta com as próprias pernas e pode ser apreciado por qualquer um que esteja buscando uma boa dose de aventura, pontuada por alívio cômico e carregada de latinidades.

Esse foi, sem dúvidas, um dos pontos altos do filme: as referências ao modo de viver latino, desde a decoração da casa da família Reyes até sua energia calorosa, marcada por uma porção de falas em espanhol. Além disso, Bruna Marquezine realmente foi um trunfo — a atriz mostrou que fez por merecer o papel de estreia da sua carreira em Hollywood, ao entregar com seu melodioso inglês uma bela interpretação de Jenny Kord, personagem que não existe no universo dos quadrinhos, mas foi criada para as telonas.

O restante do elenco também ajuda a manter o ritmo da história. Xolo Maridueña foi outro acerto para protagonizar o filme, assim como a icônica Susan Sarandon, cuja reputação a precede. A a família Reyes ainda é integrada por Belissa Escobedo como Milagro, irmã de Jaime, enquanto George Lopez fica com o papel de tio do herói, e a dupla participa de momentos decisivos da trama enquanto faz o público rir. Por fim, Nana Reyes, a avó de Jaime, ganha vida graças à atriz mexicana Adriana Barraza, e os espectadores (assim como sua própria família) não vão imaginar as surpresas que a senhorinha simpática guarda na manga.

Besouro Azul estreia nos cinemas no dia 17 de agosto e deve ser visto com as mesmas ressalvas que acompanham a maior parte dos filmes de seu gênero: traz consigo alguns clichês e suas previsibilidades, mas não deixa de gerar entretenimento ao longo de suas duas horas — e mais uns quebrados, considerando as cenas pós-créditos (fica a dica para os apressados!).

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