K-pop

Em MUSE, de Jimin, o amor está no ar

Segundo álbum solo do cantor, focado no romance, já se tornou a maior estreia de um artista coreano no Spotify Global Chart com mais de 20 milhões de streams

Laura C. Bender
Published in
3 min readJul 31, 2024

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Capa do álbum ‘MUSE’ | Reprodução: Spotify

Quem meu coração está esperando?

— trecho da música “Who”, do álbum ‘MUSE’

Combinar as luzes vibrantes de uma cidade com girassóis em um campo ensolarado é uma tarefa que nem todo artista consegue fazer em um álbum. Porém, Park Jimin, cantor sul-coreano de 28 anos e integrante do grupo Bangtan Boys (BTS) — que agora está em hiatos —, conseguiu. Em seu segundo álbum ‘MUSE’, lançado em 19 de julho pela gravadora Big Hit Music, Jimin brinca levemente com os ritmos mais lentos do jazz e R&B, mas também cria uma atmosfera etérea, romântica e, sem dúvida, muito pop. É perfeito para aqueles que gostam de ouvir música no trânsito de uma metrópole, e também para os que apreciam o k-pop em um campo florido do interior.

Se diferenciando de seu primeiro álbum, ‘FACE’, ‘MUSE’ abraça mais a sensibilidade de Jimin, sem deixar de lado os outros elementos da personalidade do cantor, cujas armys (as fãs) denominam como: cute, sexy, lovely. Com dois MVs (videoclipes) e sete faixas, incluindo dois feats, ‘MUSE’ é dançante, mas também reflexivo. O álbum desliza por músicas de amor em que Jimin busca por uma musa, uma parceira para chamar de sua. Se ela é outra pessoa ou somente o reflexo da feminilidade do artista, fica para outra conversa.

Jimin em sessão de fotos para o álbum ‘MUSE’ | Reprodução: Weverse

A primeira música do álbum, “Rebirth (Intro)”, já nos transporta para esse universo fantasioso que Jimin criou ao buscar por um amor idealizado, a expectativa incrível e a ansiedade de encontrá-lo. Em “Interlude: Showtime”, há a prévia do primeiro single do álbum, “Smeraldo Garden Marching Band (feat. Locco)”, inspirado nos Beatles, em que Jimin transborda de alegria e dança por um campo cheio de girassóis. Já “Slow Dance (feat. Sofia Carson)” é a música em que Jimin se entrega ao romance, querendo aproveitar cada segundo. Em “Be Mine”, Jimin lida com o desejo e flerta com sua musa ao som de um ritmo latino. Em “Who”, segundo single do álbum, Jimin se rende a perguntas sem respostas para encontrar seu amor enquanto dança numa cidade destruída. E, fechando o álbum, “Closer Than This” é uma declaração mais íntima para as armys que aguardam o retorno do BTS. Não deixa de ser um tipo de amor, embora destoe um pouco das outras faixas de ‘MUSE’.

Jimin no MV de “Smeraldo Garden Marching Band” | Reprodução: Youtube

Então, podemos dizer que ‘MUSE’ é um álbum doce, cheio de melodias envolventes que nos transportam para um jardim de músicas boas — com, eventualmente, os ruídos de uma cidade grande ao fundo. É uma obra sobre encontrar a outra metade de si, aproveitando as borboletas no estômago, as expectativas idealistas e, talvez, abrindo um olho para as inseguranças. Em ‘MUSE’, Park Jimin mostra para suas fãs que, mesmo que ele e o BTS estejam longe no momento, o amor ainda está no ar.

Jimin no MV de “Who” | Reprodução: Youtube

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