Televisão

‘O Ultimato: Queer Love’ vai te fazer sentir melhor sobre tua vida amorosa

Cinco casais participam do reality com apenas duas possíveis saídas: um casamento ou um término

laura caporal
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3 min readJul 10, 2023

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Simone Thompson/Netflix

O Ultimato é um reality show de relacionamento criado por Chris Coelen em 2022. A primeira temporada, lançada em abril do ano passado, trouxe apenas casais héteros para participar da dinâmica – algo duramente criticado pelos internautas. Assim, após sua renovação, optaram por produzir um spin-off queer, trazendo casais formados por mulheres cis e pessoas não-binárias. O spin-off teve seus primeiros episódios lançados em maio deste ano e, desde então, tem sido um sucesso nas redes sociais.

A dinâmica se sustenta pelo fato de que, para esses casais, o assunto casamento é motivo de discussão. Uma das pessoas encontra-se pronta para casar, enquanto a outra ainda não tem certeza se quer ou se está preparada para tamanho compromisso.

A partir disso, os casais são separados e, por meio de conversas e encontros, cada uma seleciona uma nova parceira para conviver em um “casamento experimental” por três semanas. Depois disso, retornam para sua parceira original por mais três semanas e, enfim, são confrontadas com o momento da decisão final: acontecerá ou não uma proposta de casamento?

Além disso, o programa também traz um episódio conclusivo com a reunião das participantes um ano depois, dessa forma é possível saber a realidade de cada casal após os pedidos e términos.

Pontos merecedores de destaque

  • Representatividade em plataforma de amplo alcance

Original da Netflix, O Ultimato: Queer Love alcançou uma audiência 98% superior do que a de. outros reality shows nas semanas que sucederam seu lançamento. Com o foco em casais sáficos, o programa ganhou uma ótica recheada de diversidade e representatividade, trazendo tópicos muito relevantes como, por exemplo, papéis normativos de gênero.

  • Trilha sonora

Ao contrário de outros programas da plataforma, as faixas presentes na trilha sonora do reality foram muito bem recebidas pelo público e comentadas pela crítica. Trazendo profundidade para cenas tensas e embalando a narrativa durante os cortes, a fluidez de cada episódio torna-se perceptível devido à escolha das músicas.

  • Análise de relações disfuncionais

Conforme são apresentados os desenrolares de cada relacionamento, o que não falta são críticas à personalidade alheia e convicção de que certos casais não deveriam permanecer juntos. Por exemplo, virou uma grande piada entre os telespectadores o fato de Aussie, participante do programa, sempre levantar e ir embora diante da menor chance de confronto direto. Outro exemplo sendo Tiff e Mildred, que possuem um dos relacionamentos mais tóxicos do programa e que, como é revelado durante a reunião final, foi permeado até mesmo por violência doméstica.

Assistindo aos diálogos e às dinâmicas proporcionadas pela interação entre as participantes, o público consegue se colocar no lugar de cada uma e relacionar as situações com seus próprios pensamentos, traumas e gatilhos. Assim como, ao ver relacionamentos destrutivos sendo tão escancaradamente expostos no reality, a internet iniciou debates sobre como a toxicidade está presente em relacionamentos independentemente de sexualidade e gênero.

Considerações finais

O Ultimato: Queer Love é uma ótima escolha de mídia para maratonar e comentar nos círculos de amizade. Ao longo de seus dez episódios é possível desenvolver vínculos emocionais com as participantes e compreender suas falas e escolhas – assim como criticá-las. Se você quiser conhecer a história desses cinco casais e o desfecho de cada relacionamento, dê uma chance.

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