Belgradão Dourado — NBB

Guilherme Tadeu
Cafe Belgrado
Published in
16 min readMar 29, 2018

Primeira edição do prêmio elege os melhores do basquete nacional

Em 2018, o Café Belgrado traz outra novidade para o fã do basquete brasileiro! O prêmio que já nasceu tradicional, o Belgradão Dourado!

Criado para valorizar o bom desempenho de atletas brasileiros no certame nacional, o Belgradão Dourado começou sua trajetória com 18 prêmios, celebrando tudo o que de melhor ocorreu nas quadras brasileiras na temporada de 2017–2018 do NBB!

COMO FUNCIONA O PRÊMIO?

Nós, do Café Belgrado, depois de um tempo de reflexão e consulta com especialistas e com gente que vive do basquete [dirigentes, jornalistas, técnicos, jogadores, etc.], indicamos quatro opções e apresentamos, em nosso twitter para votação.

Aí, o público que acompanha o Projeto Café Belgrado entra em ação e escolhe a opção preferida.

Como se trata de um júri de apaixonados por basquete, e a eleição que envolve efetivamente pessoas que estão acompanhando com cuidado — e carinho — o basquete nacional, trata-se de um dos prêmios mais autênticos e orgânicos já criados no país!

Para que o público votante não se perca entre as diversas categorias, as enquetes que definem o vitorioso foram disponibilizadas em três momentos distintos. Em cada um destes, os eleitores tiveram 24h para votar nas opções disponíveis.

MVP

Marquinhos dominou o NBB 10. Mais do que os 18.6 pontos de média no melhor time do campeonato, Marquinhos reúne uma série de atributos que não encontra rivais em território nacional.

Com 2,07m e uma noção absurda de jogo, ele já é um dos melhores jogadores da história do NBB, tendo sido peça vital no tetracampeonato rubro-negro. Este ano, com a chegada de Varejão e a formatação de um grande elenco sob comando de José Neto, Marquinhos mais uma vez mostrou que ainda é o principal talento da competição.

Tanto que, sua superioridade diante dos demais é incontestável. No Belgradão Dourado, acumulou 72% dos votos, contra 13% de Desmond Holloway e 11% de Tyrone Curnell.

Melhor Técnico

A temporada espetacular do Paulistano rendeu ao técnico Gustavo De Conti o primeiro Belgradão Dourado da História!

Apesar de perder a liderança na última rodada, o trabalho de Gustavinho no comando da equipe alvirrubra da capital paulista foi celebrada por nossos seguidores, que lhe deu ampla margem de votos na primeira eleição da história deste prêmio querido. Gustavo De Conti, o vencedor do Belgradão Dourado, já esteve no Podcast Café Belgrado, onde falou por uma hora sobre a grande temporada do Paulistano.

Curiosamente, justamente no primeiro prêmio divulgado, com a excelente marca de 276 votantes, houve um empate na segunda posição, o que rendeu ao técnico José Neto do Flamengo e Rodrigo Barbosa do Caxias a divisão do Belgradão Prateado.

Melhor Armador

Na posição 1, Elinho Corazza, do Paulistano, teve massacrante maioria e levou o Belgradão de Ouro na armação.

A excepcional temporada do time da capital paulista teve no jogador uma peça fundamental. Cheio de talento para passar e com excelente controle do jogo, ele é o comandante de um dos ataques mais impressionantes do país.

Gegê, do Minas, ficou com o Belgradão Prateado, após uma notável temporada sob comando de Espiga em Belo Horizonte. Fecha o pódio da armação, Bennett, do Pinheiros, que ostentará, esperemos que com orgulho, o Belgradão de Bronze.

Melhor 2

Que temporada de Cauê Borges! Antiga promessa do basquete nacional, o “filho do Chuí” sempre mostrou muito talento na base e, quando chegou ao profissional, sinalizou que poderia ser um grande jogador.

O problema é que parecia que esse dia nunca chegaria. Em 9 NBBs, Cauê nunca chegou a ser uma peça muito relevante de qualquer elenco — sua melhor temporada havia sido com o Minas, em 2011–2012.

Quando Cauê deixou Franca justamente no momento em que o time se encorpava para buscar o título do NBB, aquilo pareceu um passo atrás em sua carreira. Só parecia! No Rio Grande do Sul, Cauê conseguiu, enfim, aos 27 anos, chegar ao lugar que todos sempre esperavam que ele teria: se tornou um dos melhores jogadores do país!

Foto: Caxias/Matheus Magnani

E isso pode ser notado em nossa votação, onde o francano desbancou dois ex-Mvps: o atual, Desmond Holloway, e o de 2014–2015, Alex. Levará o Belgradão Dourado com justiça! O interminável Alex ficará com o Belgradão Prateado e Holloway e Deryk dividem o Belgradão de Bronze.

Melhor Ala 3

Certamente um dos principais talentos de sua geração, Marquinhos era a chamada “barbada” para a posição 3.

A superioridade de seu talento nas quadras nacionais é impressionante, e é particularmente relevante o fato de que o Flamengo seguiu enchendo o elenco de talento e, ainda assim, Marquinhos seguiu sendo a referência técnica da equipe.

Líder da equipe que conquistou o título simbólico da temporada regular na última rodada, Marquinhos levará o Belgradão Dourado com incríveis 76% de votos.

Léo Meindl, o melhor jogador do time de Franca, ficará com o Belgradão Prateado e o veterano Shamell, de Mogi, ficará com o Belgradão de Bronze.

Melhor Ala-Pivô

Em votação apertadíssima, Lucas Cipolini foi eleito digno do prêmio Belgradão Dourado do NBB 10.

O ala-pivô é uma peça sólida da boa campanha francana, e contou com apoio popular para superar nomes de peso como Tyrone — que fica com o Belgradão Prateado, Wesley Castro, que fica com o Belgradão de Bronze, e Hettsheimeir, que ficará apenas com uma menção honrosa.

Muita intensidade, enterradas, um jogo forte acima do nível do aro e uma inteligência defensiva muito acima da média são alguns dos fatores que tornam Lucas Cipolini muito digno do prêmio.

Melhor Pivô

Mais um flamenguista fecha o quinteto titular ideal do prêmio Belgradão Dourado!

O pernambucano J.P. Batista, o “The Rock” dos tempos de NCAA, foi um dos melhores jogadores do campeonato, mesmo depois que foi para o banco com a chegada de Anderson Varejão (que, com menos jogos, não pôde ser indicado ao prêmio).

Impressionantemente forte, um reloginho no aspecto de solidez ofensiva, J.P. é um dos principais motivos pelo título simbólico da temporada regular do Flamengo, e, para vencer o Belgradão Dourado, com imponentes 55% dos votos.

Atrás dele, Léozão do Basquete Cearense, em mais uma temporada impressionante sob comando de Alberto Bial, e Guilherme Teichmann, do Minas, fundamentalmente dos dois lados da quadra, fecham o pódio do garrafão do Belgradão.

Deste modo, podemos enfim, apresentar as seleções de Ouro, Prata e Bronze do NBB 10.

Seleção Belgradão Dourado

Elinho (Paulistano)
Cauê Borges (Caxias)
Marquinhos (Flamengo)
Cipolini (Franca)
J.P. Batista (Flamengo)

Seleção Belgradão de Prata

Gegê (Minas)
Alex Garcia (Bauru)
Léo Meindl (Franca)
Tyrone (Mogi)
Léozão (Basquete Cearense)

Seleção Belgradão de Bronze

Bennett (Pinheiros)
Holloway e Deryk* (Pinheiros e Paulistano)
Shamell (Mogi)
Wesley (Minas)
Teichmann (Minas)

*jogadores empataram com 13% cada

Jogador que mais evoluiu

A grande temporada de Cauê Borges pelo Caxias não passou despercebido pelos fãs de basquete pelo país.

Além de levar o prêmio na categoria melhor 2, o francano vai levar também o Belgradão Dourado de jogador que mais evoluiu, com nova votação impressionante: 65%!

Não era pra menos: o jogador, que vinha com uma temporada de 5 pontos por jogo em Franca praticamente triplicou sua produção, acumulando médias de 16.3 pontos, 4.6 rebotes e 3.3 assistências.

Mais do que acumular números, Cauê foi uma referência da maior surpresa da competição, o Caxias, que mesmo tendo um dos menores orçamentos do certame, terminou a temporada regular na 5ª .

No ponto de vista da evolução técnica, o que é notório é a mudança de rendimento de seu chute. Cauê, que sempre mostrou excelente visão de jogo, bom controle dos fundamentos, alta capacidade de infiltração e de conclusão próximo ao aro, sempre penou muito nos tiros de longa distância — uma característica fundamental no basquete moderno. Se tomarmos como base apenas as temporadas em que jogou mais de 10 minutos por jogo, apenas no seu outro bom momento na carreira (com o Minas, em 2011–2012), o ala havia chutado acima de 30% — na ocasião, excelentes 41%. Desde então, era só tijolaços, sendo o ponto baixo o ano passado, quando acumulou pífios 23% de aproveitamento para chutes de 3. Esse ano, tudo mudou: o ala-armador saltou para 37% da linha mais distante, acrescentando uma arma fundamental para sua evolução (ver vídeo acima).

Wesley Castro, ala-pivô do Minas que também teve ano impressionante, acumulou 21% dos votos e ficou com o Belgradão Prateado e Gegê, que se tornou protagonista em Minas aprimorando de modo sensível sua leitura de jogo e sua qualidade de passe fecha o pódio com 10%, garantindo o Belgradão de Bronze.

Melhor Jovem (nascidos até 1995)

O NBB não é um campeonato de jovens. Na verdade, esse é um dos problemas fundamentais da competição: a lenta maturação das promessas e a permanência do domínio dos veteranos.

Sendo assim, expandimos até o ano de 1995 para situar nossa base de dados de indicados — uma vez que a mostra com atletas mais jovens que isso é basicamente irrisória, o que nos obrigaria a indicar simplesmente os jogadores que entraram em quadra.

Apesar de poucos garotos, os aqui indicados fizeram temporadas muito interessantes e deles, ninguém chamou mais atenção do que Yago, da sensação do NBB 10, o Paulistano.

Não é para menos! O moleque de 1,75m é um azougue! O mais jovem dos indicados, Yago nasceu em 1999! Isso mesmo. Yago sequer era nascido em 1998, quando o país chorava a derrota por 3–0 na final da Copa do Mundo, e já tá armando esse caos nas quadras brasileiras (ver imagem ao lado).

Com função reduzida em um elenco repleto de jogadores capazes de jogar na posição 1–2 (Elinho, Fuller e Deryk revezam com ele no posto), Yago, quando entra, tem uma só função: armar um caos desenfreado.

Em apenas seu segundo NBB, Yago já mostrou ser capaz de fazer isso. São 7.8 pontos nos 15 minutos de média que tem para jogar — o suficiente para convencer nossos votantes a premiá-lo com o Belgradão Dourado de Melhor Jovem.

O Canal Buzzer Beater, um dos indicados do Belgradão de Mídia fez uma boa entrevista com Yago. Confira abaixo.

Carismático e de potencial inimaginável, Yago já foi comparado a Isaiah Thomas, e, por onde passa, já é reconhecido pela torcida, por adversários e pela crítica de basquete nacional. Neste caso, com 64% dos votos, é impossível dizer que o prêmio não está em ótimas mãos.

Em segundo, com 25% dos votos, levando mais um Belgradão Prateado para casa, está Wesley Castro. Sua monumental temporada em Minas foi amplamente reconhecida nesta premiação, e aqui, dá pra dizer que ele só não levou o Dourado porque Yago é um fenômeno popular. Fechando o pódio está um companheiro de Yago no Paulistano, Lucas Dias, com 6%.

Melhor Veterano

Já que apenas alguns jovens têm conseguido garantir na bola o protagonismo no NBB, sobra para os veteranos darem show.

Como a média de idade do campeonato é notavelmente alta, estabeleci como parâmetro para esta premiação o ano de 1980! E ainda assim, foi possível indicar um grupo de atletas que continua dando aula por aí.

E foi justamente o mais velho deles que foi premiado com o Belgradão Dourado na Categoria Veterano! Marcelinho Machado, de 1975!

Se Yago nasceu após a derrota na Copa de 98, Marcelinho nasceu durante a Ditadura Militar no Brasil. A Iugoslávia e a União Soviética estavam bem longe de acabar e Amapá e Roraima sequer existiam como Estados da federação.

Em sua última temporada como profissional, Marcelinho Machado tem sido homenageado por onde passa como um dos principais jogadores da história do campeonato.

Dominante no início da competição, Marcelinho foi se ajustando aos poucos a um papel de coadjuvante — mas nem por isso, deixa de brilhar quando é chamado à quadra. O ponto alto de seu ano foi roubar a cena no primeiro duelo entre Varejão e Leandrinho, saindo do banco para arrebentar com a defesa francana. Marcelinho merece todos os prêmios e claro que não poderia aposentar sem levar o Belgradão de Ouro!

O Belgradão de Prata fica pra outra lenda do basquete nacional, Alex Garcia, e Shamell, em ótima temporada em Mogi, ficou com o Bronze.

Melhor Estrangeiro

Em todo lugar do mundo FIBA, um dos pontos decisivos na hora de montar o elenco é acertar na escolha dos estrangeiros.

Como não poderia ser diferente, também no NBB isso tem se mostrado muito importante. Os atletas não nascidos no Brasil se mostram, ano a ano, fundamentais para o bom rendimento de suas equipes e, no NBB 10, vários deles tiveram desempenho destacados.

Os quatro indicados para o prêmio têm longa trajetória de serviços prestados ao basquete brasileiro — e dois deles, aliás, já foram eleitos MVP, Holloway no ano passado e David Jackson na temporada 2013/2014, quando defendia Limeira. São os dois únicos estrangeiros a conquistar o título máximo individual do basquete brasileiro.

Na votação de nosso prêmio, porém, os outros dois indicados é que foram mais bem-sucedidos — e curiosamente, os dois jogam no mesmo time, Mogi. Com 32% dos votos, Tyrone Curnell ficou com o Belgradão Dourado, e Shamell, com 31%, com o Prateado. David Jackson, em sua turbulenta passagem pelo Vasco, fechou o pódio com o Belgradão de Bronze.

Foto: Fiba Americas

Tyrone Curnell é um caso atípico de estrangeiro no país. Em geral, no NBB, se privilegia armadores baixos e muito rápidos, com bom potencial de chute e com excelente jogo de 1 x 1. Tyrone é de outro padrão: tem 2,03m, é muito forte fisicamente, tem condição atlética acima da média brasileira, uma intensidade absurda e uma noção de jogo admirável.

Depois de chegar ao Brasil pelo Palmeiras, onde atuou por duas temporadas, Tyrone já vai para o seu quarto ano em Mogi das Cruzes, e, nesta temporada, se mostrou uma das principais peças do sistema de Guerrinha, que fechou a fase de classificação em 4º — além de ter conquistado o vice-campeonato da Liga das Américas.

Melhor Jogada

Não foi fácil definir apenas quatro jogadas para indicar como a melhor da temporada. Poucos anos foram marcados por jogadas tão espetaculares como o atual.

O que dizer dessa infiltração de Leandrinho? Uma jogada típica do talento de um dos melhores jogadores brasileiros de todos os tempos.

Embora não tenha conseguido ser dominante no NBB e ainda tenha sido obrigado a lidar com uma preocupante lesão, Leandrinho conseguiu, enquanto esteve em quadra, mostrar lampejos daquele que se tornou uma peça relevante na NBA na década passada.

E esse “quebra-tornozelo” do ala do Basquete Cearense Betinho Nardi contra o armador de Franca, Henrique Coelho?

Poucas vezes se viu tamanha crueldade em terras locais — o lance chegou a ser comparado com o famoso crossover de James Harden contra Wesley Johnson, que entrou pra história da NBA nessa temporada.

Além dele, o lance de Yago (ver vídeo mais acima) também foi outro amplamente comentado, que ganhou as redes sociais.

No entanto, ninguém foi capaz de se assemelhar ao que fez Paulinho Boracini.

Mais do que entrar para a História do NBB 10, o buzzer beater de Paulinho pode ser considerado um dos lances mais improváveis, empolgantes e difíceis de serem realizados de toda a história do basquete.

Não por acaso, a jogada impressionou toda comunidade do basquete mundial — superando as barreiras linguísticas e sendo compartilhada nos Estados Unidos e em outras partes do mundo. Por isso, 55% das pessoas votaram na magia de Paulinho como o lance do ano.

Melhor Árbitra (o)

Achou que íamos esquecer os apitadores da Liga Nacional? Achou errado!

Para essa categoria, sondamos uma série de atores do NBB (desde atletas a dirigentes, jornalistas e treinadores) e, depois de refletir, indicamos os quatro concorrentes — note-se a ausência de grandes figurões, que, como todos sabem, não tiveram bom ano.

Dos indicados, ninguém recebeu mais votos do que Andreia Regina da Silva, bauruense que construiu sua carreira na capital paulista, que levou o Belgradão Dourado com 43% dos votos.

Andreia é presença constante nas escalas do NBB e deve estar em quadra já no primeiro round desses playoffs — vamos torcer demais pra ela, afinal, o Belgradão Dourado é uma grande responsabilidade! O Belgradão de Prata vai para Maurício Serour e o de bronze Cauan Santos.

Melhor Caldeirão

O Belgradão Dourado de Melhor Caldeirão visa premiar o melhor ambiente do NBB.

E aqui a torcida francana repetiu o show que dá no Pedrocão pra levar também a premiação na enquete: incríveis 47%, contra 22% do Flamengo e 20% do Caxias — que, respectivamente, ficaram com o Belgradão Prateado e de Bronze.

Nesta categoria, o prêmio estará em ótimas mãos: o Pedrocão é mais do que um ginásio, é um templo do basquete e é impossível olhar para ele como um lugar qualquer onde se joga bola. O ginásio teve ótimos momentos dentro desta temporada — especialmente nos primeiros jogos de Leandrinho.

Embora seja um dos times mais vitoriosos e tradicionais do basquete nacional, Franca nunca venceu um NBB, o campeonato brasileiro organizado pela LNB há dez temporadas. Com um dos elencos mais badalados da competição e com patrocínio/parceria do Sesi, o esquadrão francano terminou a fase de classificação em terceiro lugar na temporada regular da Liga e precisará do Pedrocão lotado para avançar em busca do título inédito do NBB. Terá!

Melhor Sexto-Homem

Essa foi uma das categorias mais divertidas do 1º Belgradão Dourado por reunir passado, presente e futuro do basquete nacional.

Vejam os candidatos: Marcelinho Machado, uma lenda viva do basquete nacional, em sua própria farewell tour, Deryk Ramos, um dos melhores talentos da geração 94, uma realidade do basquete nacional, campeão e MVP das finais da Liga Sul-Americana, Enzo Cafferata, um argentino que ajudou demais na atual temporada-façanha de Caxias e Yago, o menino de 19 anos por quem o Brasil todo está apaixonado.

E como só poderia ser, foi uma disputa apertadíssima, com vitória para o menino do Paulistano! Com 33% dos votos, Yago leva seu segundo Belgradão Dourado! E Marcelinho, que levou o de veterano, ficará com o Belgradão de Prata de melhor reserva. Deryk fecha o pódio com o bronze.

Melhor Debutante

A categoria de melhor estreante no NBB visa celebrar aquele que melhor atuou em sua primeira temporada no certame nacional.

Não é fácil se adaptar ao Brasil — como cultura — e ao NBB — no sentido técnico, tático e conjuntural.

Todo campeonato tem suas especificidades, e o NBB não é diferente. Neste sentido, é admirável a rápida adaptação de Kyle Fuller, um dos principais motivos da grande temporada do time alvirrubro dos Jardins Paulistas.

Peruano-americano, Kyle Fuller é rápido, certeiro, excelente no jogo de transição, com ótimo chute de média e longa distância, sabe finalizar próximo ao aro, e foi um dos grandes acertos do Paulistano.

Não é fácil, afinal, derrotar Anderson Varejão em uma votação popular — e jogando no Flamengo! Mas não é para menos: Fuller mal chegou ao país e já se tornou referência em um time que dominou os adversários ao longo do campeonato.

Fechando a categoria, com o Belgradão de Bronze, ficou outro estrangeiro do Paulistano, o ala-pivô David Nesbitt, que terminou com 20%, mostrando que entender a boa temporada do time de Gustavinho passa também por compreender como é fundamental acertar na contratação dos estrangeiros.

Troféu Carisma

Uma categoria especial para o Belgradão Dourado, sugerida por Rodrigo Alves, o Troféu Carisma vem para premiar atitudes que tornam o basquete mais agradável, emocionante e divertido!

Neste ano, ninguém conseguiu superar Jadiel, do Mondo Basquete, que aproveitou uma das atrações do Jogo das Estrelas do NBB para pedir a noiva em casamento, em um Boss Move memorável (veja vídeo abaixo).

O Belgradão de Prata fica para o grande Ricardo Bulgarelli, que se emocionou na estreia de Anderson Varejão no NBB, e o Belgradão de Bronze vai para a melhor torcida minimalista do NBB: os Ultras da Arena, que são sensacionais.

Melhor Produção de Conteúdo

Criamos essa categoria para celebrar e enaltecer o trabalho de gente que sua e, de modo independente, tenta produzir conteúdo dedicado a NBB.

Não é tão simples quanto parece. Como trabalhei na área, sei como é difícil manter um projeto — e ainda mais, dedicar-se a uma área que nem sempre tem retorno de audiência. Por isso, é importante dizer: quem cobre o NBB sem estar vinculado a grandes canais de TV e portais, só o faz por amor à causa, e isso é admirável.

Felizmente, há muito mais do que quatro projetos em andamento dedicado a tratar do basquete nacional. Infelizmente, o twitter só disponibiliza quatro opções para enquete e me fez quebrar a cabeça pra fechar em apenas quatro nomes. Na verdade, pra mim, são quatro vitoriosos, cada qual ao seu modo.

O Triple Double, de Luís Araújo (clique aqui para visitar), cobre diversas dimensões da NBA e do NBB, e o faz com rigor e cuidado. O Canal Buzzer Beater (clique aqui para visitar) faz um trabalho bem bacana com vídeos no Youtube. O Basquete 360, de Colin Foster, (clique aqui para visitar), tem se esmerado em coberturas da seleção — inclusive com viagens in loco — e com ótimo material sobre NBB, sempre atuando presencialmente.

O grande vitorioso, porém, é um menino nascido em 2000 e que vem produzindo excelente conteúdo sobre basquete nacional.

Dono do Belgradão Dourado, Vinicius atua no Área Restritiva e no perfil Camisa 23, que é certamente o veículo independente mais influente da comunidade do twitter de basquete nacional.

Além disso, divulga o seu conteúdo em sua própria página no Medium, além, claro de seus comentários em sua página no twitter.

O projeto Triple Double ficou com o Belgradão de Prata e o Basquete 360 leva o de Bronze.

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