Augustus (John Williams)

Eder Alex
Café Com Traça
Published in
2 min readMar 22, 2018

Intrigas palacianas, triângulos amorosos, traições, incesto e guerra pelo trono: parece Game of Thrones, mas nós estamos falando de Augustus, livro de John Williams (autor da obra-prima, Stoner), que conta a história de Caio Otávio, o primeiro imperador de Roma.

Aqui não tem dragão de gelo e zumbi, mas tem Cleópatra e gladiadores, por exemplo.

Sempre torci o nariz pra romance histórico e acho só fui perder um pouco do preconceito quando comecei a ler Bernard Cornwell e suas divertidas Crônicas Saxônicas. O engraçado é que com série ou filme nunca tive nada disso e o box da série Roma, da época da HBO de raiz, tá lá se exibindo cheio de DVD embolorado na estante de casa até hoje.

O livro escrito nos anos 70 por John Williams chegou recentemente às livrarias brasileiras e foi publicado pela editora Rádio Londres, com tradução de Alexandre Barbosa de Souza. A obra trata justamente do período apresentado lá pelo meio da série, quando o general Júlio César é sacaneado pelos seus amigos (“Até tu, Brutus?”, lembra? O Shakespeare lembra) e então cai no colo de seu jovem sobrinho, Caio Otávio, o dever de ir pra Roma, se livrar dos traíras e de quebra sair por aí conquistando o mundo, dando início a um dos mais fascinantes impérios de que se tem notícia. Tudo isso por volta de 45 a.C., bem antes de Nero tacar fogo (ok, a veracidade disso ainda se discute) e de Calígula tocar o foda-se (isso não se discute, certo?).

Seguindo uma linha meio Cidadão Kane, Williams amarra a narrativa através de cartas, diários, anotações, etc de diversas pessoas que, em algum momento, tiveram contato direto ou indireto com Caio Otávio (que depois mudou o nome para Augusto, quando se tornou imperador, isso depois de ficar usando o nome do tio, César, por um bom tempo, e de também ser chamado de César Otávio pelo povo, provando que os romanos tão nem aí se a vida do coitado do leitor vai virar um inferno pra saber de quem diabos essa gente está falando).

(…) resenha completa, aqui.

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