Partilha
Ou a divisão após o amor.
Fui tomar café hoje naquele botequim que fica na esquina próxima a Av. Contorno e lembrei de você, não que precise ir para um determinado lugar para isso, antes fosse. Pensei exatamente na ultima vez que estivemos aqui e o modo amargo que você me fitava enquanto esperava minha dissertação sobre algum problema conjugal.
Não sabíamos bem o que fazíamos, mas não queríamos largar um do outro, um apego classificável até como bobo, infantil, entretanto nosso. Você gritava, eu calava. Eu gritava, você entendia. Após alguns meses de romance Shakespeariano ambos gritavam e só os vizinhos ouviam, sem aceites ou entendimentos só a mais pura patifaria.
E dessa forma foram-se os pratos e canecas, talheres aos ares e até a TV terminou partida. Nossa cama dormiu só naquela noite e em tantas outras noites frias. Nosso amor reduzido a nada, nossa melancolia retratada em lágrimas e gritaria.
Acho que sua falta atenuou hoje, talvez tenha sido algum tipo de praga do garçom ou só resultado da saudade, estou me preparando para te ligar,
preciso saber que dia posso buscar meu jogo de panos de pratos.
O amor as vezes passa por cada coisa.
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