Um ano após o confessional “DWTD”, o que devemos esperar de Demi Lovato?
Em uma nova etapa de sua vida e carreira, Demi Lovato deixa o pop um pouco de lado e aposta no rock ’n’ roll
No último álbum “Dancing With The Devil…The Art Of Starting Over”, lançado há um ano, Demi Lovato entregou as suas composições mais sinceras e confessionais em 19 faixas que narram o que aconteceu em sua vida: a sua overdose em 2018, a sua recuperação desde então e a construção de um novo relacionamento pessoal e com as pessoas à sua volta, inclusive os fãs.
Após quatro anos do fatídico acontecimento no qual deixou todos espantados à mercê de boas novas, muita coisa mudou na vida de elu (agora Demi se identifica como uma pessoa não-binária, escolhendo o pronome neutro para ser chamada).
Nesses últimos anos longe dos holofotes, a cantora felizmente procurou ajuda e tem tratado com maior intensidade a sua relação com os vícios, focando na sua recuperação. Demi decidiu que ninguém melhor do que ela mesma para poder contar o que aconteceu de fato naquela noite e o que a levou a fazer isso.
Em formato de streaming em seu canal no YouTube, elu abriu mão dos filtros implementados durante sua carreira por meio de sua série documental no Youtube, “Demi Lovato: Dancing With the Devil’’, com quatro episódios e piloto intitulado “losing control”. Elu, sua família e amigos abriram o coração e falaram sobre o que levou a cantora à overdose quase fatal.
“Ultrapassei um limite que nunca tinha cruzado no vício…”
Despindo a narrativa de “Dancing With The Devil”
A ordem definida para o álbum com esse repertório é um gol aos 45 segundos do segundo tempo, tanto que tonifica a estrutura e linha narrativa do disco: temos a abertura do álbum com “Anyone”, sendo o seu último grito de socorro depois da sonora de “Sober”; o dia da overdose em “Dancing With The Devil”; e a recuperação emocionante e gradativa no hospital em “ICU (Madison’s Lullabye)”.
Unindo as referências de seu último disco (“Tell Me You Love Me”, lançado em 2018), a faixa conta desde o pop/rock indie até um pouco de folk para flertar com suas raízes dançantes, trazendo a ambientação bem “vibes” e delicada.
A sequência dessas músicas no projeto ajuda a compreender cronologicamente os fatos que aconteceram na vida de Demi e também a entender como elu vem lidando e se recuperando desde então.
Escutar a trilha é como ler um diário de Demi sobre tudo que aconteceu. As composições conseguem fisgar e dar sentido do início ao fim das situações extremas de uma maneira emocional, mas sem se tornar algo clichê ou brega.
Tá, mas e a raiz EMO da adolescência? Ela está de volta?
GENTE! Nem eu estou sabendo lidar com essa reviravolta que parece ser a mais nostálgica possível!
Numa longa entrevista ao The New York Times, Lovato falou sobre a pressão para ser um exemplo para o público adolescente na época em que ainda era uma estrela da Disney, conhecida por filmes como “Camp Rock” e “Programa de Proteção para Princesas”. Com toda essa expectativa, a artista se sentia pressionada a esconder algumas preferências na vida, inclusive a paixão por bandas de metal.
E cá entre nós, através das redes sociais podemos notar que Demi está vivendo um momento intenso e de ser com tamanha liberdade (finalmente sem rótulos) quem ela quiser ser na sua vida. Depois de aparecer com o cabelo raspado, tatuar uma aranha na lateral de sua cabeça e principalmente se posicionar sobre a sua sexualidade, em que se declarou panssexual, a nossa estrela mantém atualizando seu Instagram com a nova era “ROCKVATO”, como nomearam os fãs, e garante que os Lovatics irão surtar (como eu, que já surtei, Deus seja louvado pela vida de Demetria).
Além do adeus ao pop, os veículos de informação do mundo afora estão dando conta da novidade, viu? Pois é, a partir de agora Demetria Devonne Lovato deve abraçar o Rock And Roll. Em publicações nas mídias sociais, elu já deu um spoiler do que podemos esperar, como você pode ver no vídeo abaixo postado pelos fãs e reproduzido diretamente do IG da cantora:
E você? Curtiu a nova fase “rockeira y metaleira” de elu? Será que Demi Lovato vai trilhar os caminhos de Miley Cyrus e também irá jogar uma bola de concreto na nossa cara? Ou melhor, vai rolar uma carona no gênero musical do mais recente disco “Plastic Hearts”? Eu não tenho as respostas para essas questões, mas com certeza espero no mínimo um feat com direito à trend no TikTok.
Edição e revisão realizadas por Gabriela Prado.
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