A epifania

ou a descoberta do poder do FODA-SE!

Robson Felix
Cala a Sua Boca e Pega Logo a Saideira!
4 min readJul 24, 2016

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Ando meio esquisito.

Dúvidas, conflitos internos violentos.

A parada é a seguinte: eu estou vivendo uma fase extremamente produtiva em diversas áreas criativas e me sinto bem com isso, entende?

Por outro lado, olhando para fora de mim, para a realidade que me rodeia, o mundo parece desabar, sem que isso abale meu mundo interior (onírico).

A realidade é um recipiente que eu não pareço caber (trabalhar, contas a pagar, supermercado, comer, dormir, acordar, foder, tomar banho, escovar os dentes…)

Mas, quer saber o que eu penso?

Foda-se a realidade!

Tento ficar indiferente ao externo, mas temo estar enlouquecendo, preciso ficar atendo às rotinas básicas que me fazem humano.

Explico.

Desde que descobri o Medium em março (e me impus um calendário semanal, em maio) eu estou escrevendo de forma bastante compulsiva.

E isso é bom, não é?

Claro que sim.

Quero dizer, isso é ótimo!

Não só pelo volume produzido, mas (principalmente) por exercitar o músculo da escrita em meu cérebro.

Eu era um autor com (apenas) um livro publicado, que não escrevia diariamente.

E isso não era nada bom.

Agora eu escrevo poesia (ou coisa que a valha) às quintas; sacanagem (às vezes apenas sensualidade, relaxa) às sextas; aos sábados escrevo crônicas prosaicas e aos domingos disponibilizo todo o conteúdo do meu livro de estreia (um capítulo por semana) e dos próximos da séria, ainda inéditos, sem pudores estéticos ou de copyright.

Ah, uma vez por mês (ao menos) eu escrevo sobre minhas impressões a respeito do livro que li naquele período, um projeto novo.

E ainda, quando me der na telha, eu escrevo e posto na hora em uma publicação editorial, sem cronogramas, apenas um impulso criativo, fresco, tenro, ligado aos filtros que me permitem absorver a realidade. Textos soltos de opinião, mais do que qualquer outra coisa. Nesta publicação eu estou presente, sem a rede de proteção de nenhum personagem, emitindo em pinceladas a minha percepção da vida naquele momento.

Estou bem feliz por conseguir descobrir um esquema próprio de ir reciclando pedaços da realidade, que eventualmente podem gerar textos, mas vida de regra me ajuda a sobreviver.

Ah, e o melhor disso tudo, aboli o caderninho de papel.

Já lanço logo um rascunho no Medium com o fragmento de pensamento que me arrebata no momento e depois eu vejo o que faço com aquilo.

Às vezes dá samba.

Às vezes, não.

E com as publicações veio a necessidade de ilustrar as colunas e histórias.

Como são muitas publicações precisei definir estratégias.

Para a publicação de opinião foi fácil. Era preciso dar a cara a tapa.

Com a publicação de crônicas eu resolvi também usar fotos pessoais, mas onde eu (de preferência) não apareça.

Estas duas publicações se abastecem do meu arquivo pessoal.

Na publicação de poesia eu resolvi não colocar fotos. Achei melhor assim, somente letras.

Ilustrar a nova publicação sobre livros também foi (será) tarefa fácil. Vou usar as próprias capas doa livros (digitais).

Faltava pensar nas ilustrações para as publicação de sacanagem e a do meu livro de estreia.

E eu estou bastante resistente de utilizar imagens soltas da internet, de autoria desconhecida (ou, não).

Eu queria manter o ar pessoal que está no DNA de minhas publicações, buscava imprimir minha personalidade em (quase) todas as publicações que eu criei (tem mais uma para a reprodução de textos de outros autores, mas que está um bom período sem atualização).

Bem, resolvi mais uma vez dar total acesso à publicação do meu livro de estreia ao meu arquivo pessoal, porém fazendo releituras digitais (coisa que nunca me atraiu muito, mas que hoje em dia tem me dado bastante tesão).

E essa pegada de ressignificar as imagens eu também utilizei para a publicação de sacanagem, com imagens recolhidas aleatoriamente e relidas por mim.

Acho que ficou bem bacana, mas eu sou suspeito.

Depois dá uma olhada lá.

Ah, e quanto à realidade?

Bom, faz tempo que eu liguei o FODA-SE!

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