Atenção concentrada
Eu tava dando um tapa nas minhas publicações, conceituando a pegada gráfica de cada uma, daí já viajei para editar algumas imagens de forma a tirar delas o seu significado mais óbvio, depois fiz a mesma viagem com minhas fotos, reduzindo tudo ao formato mínimo, ao minimalismo que (quase) não se deixa identificar aos olhos mais apressados, aí veio a tendência a pixelar a realidade, precisei dormir, depois precisei comer algo, mas a minha fixação já estava lá, nas imagens, eu precisava me alimentar de imagens, isso durou duas semanas, sim, duas semanas sem televisão, sem colocar os pés na rua, sem ao menos parar para dormir direito, neurotizei o processo, desneurotizei o processo, achei tudo uma merda, achei tudo genial, pensei em ganhar a vida resignificando imagens, depois “despensei” (não leia “dispensei”, por favor) ou melhor, despenquei quando a realidade se fez maior em minha frente, mas dessa experiência quase (será?) lisérgica minhas publicações renasceram com mais personalidade e com vontade de desenvolver um estilo próprio. Quanto a mim? Estou cada vez mais convencido de que a vida acontece onde concentramos a atenção.