Feliz dia do escritor

Um brinde também a todos que trabalham nos bastidores literários

Robson Felix
Cala a Sua Boca e Pega Logo a Saideira!
3 min readJul 25, 2016

--

Comecei o dia de hoje liberando o meu laptop velhinho de duas centenas de milhares de versões antigas do me livro de estreia, Flor de Sal.

Percebi como o caminho do pensamento foi enviesado até a versão final

Até mesmo o escopo, personagens, tudo mudou pelo caminho, mas isso é o que menos me importa observar, agora.

Mas, entendi também que sou um tipo novo de acumulador: o digital.

Estou trabalhando o desapego físico e estava me esquecendo, completamente, dos bites e bytes.

A limpeza do laptop começou, na verdade, ontem.

Utilizei alguns critérios rígidos, com base nos que desenvolvi no mundo atômico, para eliminar, sem piedade, grandes volumes de lixo digital.

Sabe aquela piadinha (em áudio ou vídeo) que recebi dois anos atrás?

Lixo!

Na real, nem sei porque eu guardo essas coisas.

Talvez por ilusão do ego que insiste em me soprar que um dia irei precisar daquelas tralhas virtuais.

Pois bem.

A parte mais delicada ficou para hoje, não por alguma alusão ao dia do escrito (ao menos de forma consciente), mas por cansaço físico, mesmo.

Fiquei até altas horas ontem limpado todo tipo de bobagens, mas não queria cometer injustiças digitais ou dar mole para Murphy com o meu livro, por isso agendei mentalmente a limpeza das versões antigas de Flor de Sal (a primeira versão data de 2010) para hoje, logo cedo, ao acordar.

Foi interessante perceber que eu nunca abri nenhuma das versões anteriores de Flor de Sal.

E quer saber?

Eu nunca vou abrir.

Na real, eu guardava as revisões com pensamento de arqueologista, pensando num futuro distante, longínquo, onde os escafandristas do Chico Buarque, além de outras coisas, iriam descobrir tais relíquias.

Uma pena que eu tenha que deletar tudo, mas a economia em que vivemos é de escassez.

Foi com este pensamento que enviei (quase) tudo para a lixeira (virtual).

Liberei quase cinco giga no computador deletando fotos, vídeos e duzentas milhões de versões antigas do meu livro.

Depois liberei espaço em disco passando um programa do próprio Windows e logo após o desfragmentador.

Gosto de tratar bem meu laptop velhinho (Dell Inspiron -1525 — este mesmo aí da foto, adquirido em 2007), pois ele é um verdadeiro amigo, pé de mesa, guerreiro, que nunca me deixou na mão.

Reluto em trocá-lo, não só pela grana curta, mas também pela síndrome de Apple que acomete a Microsoft, que insiste em mudar tudo no Windows (e o Office) assim que aprendemos (e nos acostumamos) a usar as versões antigas.

O bichinho (tadinho) está mais para desktop, pois só funciona plugado a luz, por causa da bateira que precisa ser trocada (urgentemente).

Ao menos por falta de espaço, ele não padece mais (por enquanto).

Nota mental: investir umas duzentas pratas em uma bateria (quase) nova lá no edifício central.

Ah, quase ia me esquecendo…FELIZ DIA DO ESCRITOR pra gente e o meu muito obrigado a todos os meus leitores (será que tem dia do leitor, também?).

Em tempo: minha gratidão eterna a você, amigo laptop.

--

--