que é lido e compartilhado por mais de 1 pessoa p/ semana (provavelmente, eu e minha mãe)Foto: Arquivo Pessoal

Minha rotina semanal para gerar conteúdo que é lido e compartilhado por mais de 1 pessoa p/ semana (provavelmente, eu e minha mãe)

Robson Felix
Cala a Sua Boca e Pega Logo a Saideira!
13 min readJun 9, 2016

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Não!

Não estou de sacanagem.

Nem vou rebater nada do que esse cara escreveu aí em cima no link.

Só achei por bem citá-lo, pois eu pensava em escrever algo assim desde que eu me comprometi com uma rotina semanal de publicações do “Projeto da Minha Vida”, desde o início desse mês.

Quer se atualizar antes de continuarmos?

Tudo bem:

O fato é que agora eu (também) estou escrevendo para um monte de lugares.

No início do ano, conversando com uma grande amiga (a quem confidencio ideias e ouço críticas sobre o ponto de vista do que eu escrevo, pois ela me conhece muito bem):

— Você precisa escrever para uma dessas revistas eletrônicas da internet. Seria legal para você pegar agilidade mental e uma rotina na criação — disse ela.

Pronto.

Registrei.

Fiquei com aquele assunto na cabeça, sabe?

Ela tinha razão, eu não tinha uma rotina de criação.

Isso me gerava dúvidas sobre se eu conseguiria acessar as ideias quando eu precisasse delas — ou as chaves da iluminação estariam para sempre resguardadas ao deus maior da criação: a inspiração?

Eu precisava de treino, musculatura, rotina…

Eu nunca me dei bem com esse negócio de blog.

Até tive alguns, mas me esquecia até a senha (de tão pouco que eu usava).

Mas, eu precisava escrever.

Fato!

Foi neste meio-tempo que eu conheci o Medium.com.

Resumindo, pois já falei disso em outras postagens…

…estou na fase de me comprometer (comigo mesmo) com dia e horário programados durante a semana para atualizar o conteúdo de cada editoria que eu criei…

…e que abaixo ilustro com interfaces das publicações (com link):

No total, são seis publicações.

O que significa (ao menos) quatro textos inéditos por semana, pois duas publicações não estão atreladas a dias certos para postagem durante a semana (Cala a Boca e Pega Logo a Saideira e Replicantes).

Como (por enquanto) eu faço tudo sozinho, não posso me dar ao luxo de no dia de uma postagem semanal, não existir conteúdo algum para ser atualizado.

A partir da definição do cronograma semanal de atualização das publicações, eu entendi que precisaria criar uma linha de produção de ideias, em minha mente.

E apesar do título engraçadinho deste texto, na real, independente da audiência ou de qualquer outra coisa, eu precisei organizar uma rotina (mental) para estar em um ambiente (mental) que possibilite a criação de algo novo todos os dias.

Mas, calma.

Esse é um processo de organização mental.

A parte prática não dura mais do que alguns minutos por dia e pode ser feita em qualquer lugar (fila de banco, médico, elevador, metrô, etc.) ou plataforma (laptop, desktop, celular, tablet, etc.).

Então a ideia é passar para vocês uma rotina que eu estou ajustando conforme o uso, pois tudo isso têm menos de duas semanas.

E para fazer dessa minha rotina uma usina de ideias, era necessário um método.

O interessante é perceber que todo esse método acontece (quase que) automaticamente dentro da minha cabeça, uma vez que o Medium.com me possibilitou abstrair tudo o que é periférico ao ato da escrita.

É foco…tudo o que não é texto (neste momento) é supérfluo para mim.

Claro que eu aproveitei o último feriadinho e tirei um tempo para pensar no conceito e interface das publicações, nas tags para unir os textos em ideias-macro dentro das publicações, na escolha das fotos do meu arquivo pessoal, enfim… tirei um tempo para pensar na experiência da leitura como um todo.

No ambiente de leitura.

Mas, feito isto… todo o resto é agora, conteúdo.

A ideia não é criar qualquer coisa, tipo arroz com ovo, para preencher uma agenda semanal.

Claro que não!

A ideia é criar uma abordagem (se possível nova) que eu gostaria de ler sobre um assunto que me interesse e que ainda não tenha lido. Um por semana/publicação (então, novamente aqui, a audiência é indiferente) e por um longo período de tempo (talvez uma vida inteira) o seja.

Por isso não poderia “dar mole” de deixar tudo ao acaso, entende?

O mínimo que eu deveria fazer era desenvolver um método para ter um repertório de assuntos marinando em minha mente para desenvolvê-los, um a um, quando chegasse o momento certo.

Se o cara do texto que me inspirou (o do link ali em cima) que tem trinta mil leitores, diz que não quer “cagar regras” e que o seu sistema só funciona para ele… imagina o meu?

O meu pessoal e intransferível esquema mental tem como único objetivo me organizar internamente para não levar bola nas costas, de uma atualização agendada e não publicada.

E claro, de me documentar, gerar um histórico virtual de coisas escritas. Uma pasta, um portfólio… criar uma jurisprudência da minha escrita para leitura a qualquer momento. Geração de conteúdo escrito para (à princípio) meu próprio deleite.

Acompanhar a evolução da minha escrita como quem acompanha o aumento dos músculos (quase que) diariamente quando entra na academia, já era uma grande motivação.

Nada além disso.

Claro que existem mais coisas, mas o que eu quero dizer é que é um processo pessoal, interno, de foro íntimo.

O “outro” entra quase que como um voyeur, esgueirando-se entre a escatologia da assepsia diária em minha mente.

Como é algo novo, estou ajustando as variáveis durante o processo.

Assim, alterno a minha exposição (física) ao externo conforme o meu humor para ver como (quantidade e qualidade) as ideias se comportam.

A pescaria também é fruto da mãe imponderável das ideias, a contemplação.

Mas, todos os dias há de ter sido recolhida em minha rede (ao menos) uma ideiazinha (devidamente anotada lá no rascunho do Medium.com).

Então vamos ao meu método (pessoal e intransferível)…

Ah, o cronograma semanal é o mesmo, a menos que alguém esteja me pagando para ter dedicação exclusiva (coisa que no momento, nem em sonho tem rolado).

Porém, como são rotinas (práticas) curtas, não há o impeditivo de desenvolvimento de outras atividades, enquanto se segue esta programação semanal (a meu ver até ajudaria ao fluxo de ideias).

Quarta

A quarta-feira sempre me pareceu, ao longo da vida, o ponto de virada da semana.

A quarta simboliza o ponto alto da montanha.

A partir daí é só descida (para o fim de semana, oba!).

Então aqui eu começo a organizar a minha produção que deverá estar no ar de quinta a domingo.

Dou uma olhada nos textos pré agendados e verifico se eles ainda me parecem “frescos” o suficiente.

Verifico também se há erros de digitação, de coerência ou de construção do pensamento.

Reviso assuntos mais técnicos para ter certeza do que estou falando (se necessário, pesquiso um pouco mais).

Revejo as datas e horários (preciso me lembrar de colocar para publicar uma hora antes do acordado… se lá porquê… fuso? mas, só de uma hora?) agendados para a publicação das atualizações.

Caso eu prefira “derrubar” algum texto previamente agendado por outro recém-escrito (com um assunto mais “quente” da semana ou que mereça ser publicado antes do que estava agendado por uma questão, tão somente, de estar melhor desenvolvido — não descarto o texto derrubado, jogo para o final da fila), me concentro em dar ao novo texto a ser programado, a minha embocadura e malemolência (ou pessoalidade) em sua finalização.

Quinta

Atualização de Lacrimejando — 10h

Já acordo lendo o texto publicado no dia (agendado previamente). Reviso sem constrangimentos (faço ajustes, se for o caso) e aproveito para fazer o “cliente oculto” da publicação do dia (lendo aleatoriamente os textos a partir das tags de sua interface).

Releio e reviso (ajustando, se for o caso) os textos das tags (também), sem constrangimentos .

Aqui cabe um registro.

É engraçado que dependendo da plataforma que você utiliza para a criação/revisão do texto (laptop, celular, tablet, desktop) a formatação dos parágrafos altera a percepção e o respiro do texto que está sendo lido, você não acha?

Reviso o que já foi publicado (seguindo a intuição de formatação da plataforma que estou utilizando naquele momento), se possível alternando entre plataformas (mas tudo, sem sofrimento, nem culpa, desapegando da ideia no momento da criação…).

Sexta

Dou uma olhada no texto novo que será publicado em Gotas de Prazer na madruga de sexta para sábado (esta editoria sempre me causa certa ansiedade. Como é voltada para contos eróticos, teoricamente posso tudo, certo? Pois é! Mas, eu travo! Com o tempo, vou me empenhar para ir me soltando mais na escrita desta publicação).

Aproveito e replico nas minhas redes sociais, grupos e páginas do Facebook links de textos (só os melhores e (a meu ver) absolutamente impecáveis) das publicações.

Em tempo: procuro manter um padrão de não repetição de textos/links em mais do que uma página/grupos, pois a maioria dos seguidores das outras redes sociais se sobrepõem. A ideia é que um mesmo seguidor seja impactado por post/textos diferentes em cada perfil/página/grupo/rede, de acordo com o seu conteúdo editorial. Desta forma ampliamos (e complementamos) o interesse e por consequência, a cobertura.

Sábado

Atualização de Crônicas Urbanas — 11h

Esta editoria é a que eu menos tenho “frente”. Não chego a ter uma semana de texto programado. Ela também é muito sensível ao meu “ouvido social”. Preciso estar atento e acessível… escutando a vida. Quase sempre escrevo no dia da publicação, o que dá um frescor bacana para a publicação, mas também a torna mais passível de contratempos dos mais diversos tipos.

Sobrevoo em (outras) redes sociais

Esta também é uma rotina diária.

Independente do dia, eu dou uma olhada randômica em outras redes sociais (incluindo o Medium.com) para ver se algum tema, assunto ou abordagem que me interesse o suficiente para que ele seja anotado em meu caderno de rascunhos.

Este é o primeiro crivo de interesse e capacidade de um tema em sobreviver à minha falta de interesse (aparente) no assunto.

Procuro não utilizar (todo) o meu estoque de insights dos rascunhos. Porém, eventualmente é necessário baixar o estoque (de insights).

Porém o mais comum é uma ideia/assunto/abordagem já nascer forte e passar a frente dos programados, e ser publicado antes.

Isso é mais comum do que a ideia apodrecer no banco de reservas.

Mas, acontece.

Domingo

Publico um capítulo novo de Flor de Sal — Memórias de um hedonista, às 18h.

Esta publicação é minha menina dos olhos. Nesta editoria, irei abrir todo o conteúdo do meu livro de estreia, publicado no ano passado.

Irei postar também os demais volumes da série (ainda inéditos).

A ideia aqui é correr a estrada fazendo shows com o repertório novo antes de gravar um novo cd.

Vou inverter a lógica da publicação física, sem medo de perder o ineditismo (muitas vezes imprescindível para manter o interesse das editoras, no mundo atômico).

O engraçado é que com o tempo, minha visão sobre o livro I mudou, após sua publicação física.

Terei aproximadamente um mês e meio para ajustar as arestas do livro I, antes de publicar o segundo livro da série, ainda inédito em todas as plataformas, também por aqui no Medium.com.

Passo o dia de domingo concentrado na revisão do capítulo de Flor de Sal que está programado para ser publicado às 18h.

Como os capítulos são longos (em média 20 minutos de leitura) vou me ambientando à diagramação da plataforma que estou utilizando e tirando o bolor do capítulo da próxima semana, concomitantemente com a revisão do capítulo que será publicado no dia.

Segunda

Diuturnamente eu vou tomando nota da vida, conversas, temas e palavras são anotadas, no momento em que me chamaram a atenção (ou que eu intuí que daria para ser desenvolvido, posteriormente).

Nem sempre acerto, mas é saboroso engarrafar a vida para sorver com calma, depois.

Mesmo que azedem algumas garrafas.

Ah, é importante dizer que eu anoto tudo no rascunho do Medium.com, mesmo.

Eu decidi que iria centralizar toda a minha produção em um lugar só (ou na ausência de lugar, no caso [nuvem]).

Como desafio que eu me impus era por tempo indeterminado, eu não poderia me dar ao luxo de perder todas as minhas anotações, por causa de um computador pifado (o que está prestes a acontecer).

Por isso já anoto diretamente no Medium.com, direcionado o texto para a publicação a que o assunto me parece estar mais relacionado.

Não defino o agendamento de data e horário, neste momento.

Apenas direciono para a publicação de direito.

Então esse item da rotina irá se repetir todos os dias da minha vida.

Isso já acontecia antes do meu comprometimento oficial ao Projeto de Minha Vida, porém agora eu resolvi normatizar o processo.

Como as publicações Cala a Sua Boca e Pega Logo a Saideira e Replicantes não tem dias nem horários certos para sair, eventualmente, posso postar algo logo que me vem a primeira ideia ou no primeiro rascunho (como este texto).

Geralmente é um tema amplo, que demandaria ajustes para acrescentar conteúdo.

Publico logo e vou ajustando ao longo dos dias, conforme eu perceba revisões a serem feitas.

Meu esquema mental de rotina gerou um cronograma em que as segundas, terças e quartas são os meus finais de semana.

Sem nada para publicar até quinta, posso ir aonde o meu interesse me levar, ler algo, ver um filme, ir a lugares físicos, enfim… posso viver!

Posso também, até quarta ir desenvolvendo os temas que fui reservando em rascunhos salvos no Medium.com, para ver se eles aguentam um bom debate.

No começo, vou deixando os assuntos respirarem, descansando um pouco e depois os vou alongando lentamente, ainda sem muita preocupação estética ou estilística.

Uma semana depois eles já devem ter crescido o bastante para serem publicados (ou descartados).

Terça

Ainda não coloco “peso” sobre a agenda de produção de conteúdo da semana.

Obviamente que eu tenho uma “frente” de (mais ou menos) duas semanas de textos previamente agendados, porém acontecimentos noticiados na mídia ou fatos relevantes no mundo podem me fazer abortar um texto pré-agendado e publicar um assunto mais “quente”, como já disse.

Mas, como a minha rotina exclui definitivamente (desde set/15) a televisão como companhia, a notícia precisa estar rendendo muito nas redes sociais para chegar até a mim.

Então, já viu… vem de tudo.

De fofocas no mundo dos famosos, a casos extraconjugais dos jogadores e políticos.

De qualquer forma vou anotando nos rascunhos do Medium.com tudo o que me pareça relevante o suficiente para que eu dê uma contribuição pessoal ao assunto, a ser desenvolvido lentamente, posteriormente.

Avaliação das estatísticas (textos e publicações)

Sempre procuro dar uma olhada nas estatísticas dos textos e das publicações para ver se há alguma informação que possa ser relevante para a compreensão do texto de forma ampla (tipo tempo médio de leitura, views e leitores únicos).

Flor de Sal — Revisão 1h
Como eu estou publicando todo o livro I (lançado em junho/15), aqui no Medium, preciso revisar (todos os dias, um pouco) o capítulo que será postado no domingo. A ideia de ter um “texto vivo” foi o principal atrativo para que eu me decidisse pela publicação aberta na web. Perdi o pudor em relação ao que já foi publicado. Posso alterar o conteúdo dos capítulos (me alongar em capítulos, reduzir, posso até reescrever, se assim eu bem entender) ou me decidir por mantê-los. Então é bom eu estar sempre relendo os capítulos das próximas semanas todos os dias, para ver se há algo que precisa ser ajustado.

É isso!

Esta rotina, descrita acima, tem por objetivo exercitar minha musculatura mental para produzir textos com maior perspicácia e agilidade.

Textos dos mais diversos segmentos e assuntos.

Parece um processo complicado, mas não é.

O segredo é deixar a rotina se instalar e o processo entrar na veia.

Então, tudo isso vira um processo mental, independente, autônomo, (quase) como respirar.

Pra mim tudo isso ainda é muito recente (menos de um mês), mas quero crer que as sinapses já estão sendo preparadas e desenvolvidas para que consiga cumprir com as atualizações semanais, por um bom tempo, sem os contratempos iniciais.

Procurei criar editorias que me dessem amplitude para discorrer sobre qualquer assunto, além de criar intervalos semanais confortáveis para a publicação de novos textos.

No começo eu pensei em intervalos menores, mas preferi dar o tempo necessário para que as ideias se sedimentem em minha mente (e texto), antes de serem publicadas.

Não estão descartadas as possibilidades de criação de novas publicações, mas não há intenção no momento.

Esta fase é mais de ajustes das tags das editorias/publicações para comportar (eventuais) novas vertentes de pensamento.

No fim e o mais importante, a razão pela qual eu faço todos esse malabarismo mental semanalmente, é o simples prazer de me expressar da forma escrita.

Não faria sentido buscar uma abordagem polêmica (ou de muita exposição), somente para gerar buzz.

Estou no sentido contrário.

Busco o recolhimento e a paz de espírito propícia para o ato de criar (do que quer que seja).

No mais, quero dizer que não submeteria o meu próprio pensamento a qualquer tipo de censura para agradar a quem quer que seja.

Independente do processo mental e da rotina inerente à ele, aqui todo pensamente é fruto de um ventre-livre.

Sem ideologias, bandeiras, partidos, ou o que quer que seja.

Só é necessário o mínimo de bom-senso para que a ideia sobreviva (e se desenvolva), mais nada.

O fato é que, com este método, em breve já teremos um belo acervo para garimpar e poderemos falar em perspectiva.

Ah, esses são os avatares das publicações (junto com breve resumo da publicação e dia e horário de atualização de cada uma).

Valeu?!

Alea Jacta Est!

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