Paz com Deus

marcobrasil
Camorumbi
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2 min readFeb 16, 2018

Uma vez perguntei a alguns amigos da igreja de que sentiam falta em sua experiência religiosa. Esperava ouvir um tipo específico de respostas, mas ouvi uma unanimidade de respostas de outra natureza: todos diziam que gostariam de estar fazendo mais coisas “para Deus”. Por baixo da pele desse tipo de insatisfação, concluí que nossa experiência religiosa não estava sendo muito hábil para produzir paz e plenitude, mas apenas um complexo de culpa mais ou menos constante.

“Justificados pois, mediante a fé” — dizia o bom e velho Paulo, “temos paz com Deus” (Romanos 5:1). Onde está o sentimento de que isso é verdade? Por que é que, seja por estarmos constrangidos pelo nosso pecado ou não, estamos sempre com essa sensação de que precisamos merecer melhor? Por que, ainda que não imersos no pecado renitente, nossa consciência parece sempre maculada por uma sensação de falta? É possível ter essa paz com Deus e ao mesmo tempo preservar a “fome e sede de justiça” que Jesus enaltece nas bem aventuranças?

Analisando o caso do “homem segundo o coração de Deus” quando tinha sua consciência maculada (no caso por ter sido desmascarado como adúltero e assassino), encontro alguns elementos que podem nos ajudar a reencontrar a paz plena com Deus. É só ler o salmo que ele escreveu na ocasião (Salmo 51):

1. Ele confessou o seu pecado: “Contra ti pequei, e fiz o que é mau diante de teus olhos” (v. 4);

2. Ele tinha nostalgia dos tempos de consciência limpa/paz com Deus: “Restitui-me a alegria da tua salvação…” (v. 12);

3. Ele sabe que não são boas obras que podem comprar esse sentimento: “Pois tu não te comprazes em sacrifícios; se eu te oferecesse holocaustos, tu não te deleitarias” (v. 16);

4. Ele sabe que precisa de ajuda externa a seus próprios esforços: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito estável” (v. 10); e

5. Ele sabe que Deus, agindo, terá uma cura 100% eficiente: “Purifica-me com hissopo e ficarei limpo; lava-me e ficarei mais alvo do que a neve” (v. 7).

Seja qual for a origem de sua intranquilidade, a resposta para ela é mais (e não menos) Deus. Mais tempo com Ele. Mais oração. Mais tempo na presença dEle. Que todos os cansados escutem e atendam o Seu convite. E tenham paz.

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marcobrasil
Camorumbi

Cristão, adventista, marido da Tatiana, pai de quatro, advogado, mestrando, são paulino e feliz.