Primeiro DevWomen!

Giulia Losnak
Campinas Front-end
Published in
4 min readDec 22, 2017

No dia 16 de dezembro de 2017, sábado, realizamos no Galleria Plaza, o primeiro evento organizado pelo Campinas Front-end com participação exclusiva feminina.
Porém, se engana quem pensa que a intenção era excluir homens. Na verdade, os principais objetivos do evento eram gerar um ambiente mais intimista para as minas poderem trocar experiências relativas à sua condição como profissional feminina de computação, buscando ampliar a visibilidade das mulheres na área de desenvolvimento de software, e aumentar a participação delas nos eventos, meetups e dojos, que acontecem por aí — principalmente os feitos por meio do Campinas Front-end :)

Keilla Menezes no encerramento do DevWomen (Foto: Patrícia Silva)

A Keilla Menezes, que foi quem ficou à frente da organização do DevWomen, disse que este encontro foi feito “para as meninas se fortalecerem e começarem a botar a cara”. Como todos nós, a Keilla não quer ir a eventos e ver quatro mulheres, ela quer que todas elas ganhem confiança, para que quando estiverem em um evento que não seja só para mulheres, elas possam colocar seu posicionamento sem medo.
E sobre as talks, parte principal do evento — já que elas incrementam o conhecimento das participantes -, foram apresentadas três, com temas variados.

Patrícia Silva apresentando a talk “Arquitetura de CSS, não é modinha… é necessidade”

A primeira foi a da Patrícia Silva (nas fotos aqui em cima), desenvolvedora Front-end, mãe e motoqueira, que falou sobre “Arquitetura de CSS, não é modinha… é necessidade”, baseada na própria experiência dela no desenvolvimentos de códigos de CSS. Ela disse que as pessoas acreditam mais quando quem está apresentando a palestra já viveu “porque na teoria tudo é lindo e a prática te ensina que nem tudo é assim, e, com as talks, você aprende maneiras e caminhos de contornar as dificuldades que pode estar passando”.

Stefanni Brasil apresentando “Iniciando a carreira de DEV — desafios e aprendizados”

A Stefanni Brasil apresentou a segunda talk “Iniciando a carreira de DEV — desafios e aprendizados”. Ela é desenvolvedora júnior há alguns meses e decidiu passar para as meninas os desafios e angústias do processo de início da carreira, que é longo e no qual muitos desistem. Ah, a Stefanni já tinha apresentado essa talk na RubyConf, em novembro deste ano, com a Elizabeth Ramos, que infelizmente não pode vir ao DevWomen :(

Daniela Schwab apresentando a talk “Não reinvente a roda. As libs de comunicação com APIs do Android usadas no mercado”

A terceira talk “Não reinvente a roda. As libs de comunicação com APIs do Android usadas no mercado” ficou por conta da Daniela Schwab, desenvolvedora que, inclusive, já trabalhou em projetos que ensinavam programação para meninas de colégios de ensino fundamental. Ela falou um pouco sobre a importância das libs de comunicação no Android e sobre as mais utilizadas no mercado, principalmente as que ela já experimentou.
Nós achamos o DevWomen muito TOPE! (Como diria, o Gabriel). Mas, o que as meninas acharam do evento?
A Letícia Melendez espera que esse tenha sido só o primeiro de muitos DevWomen. Ela também disse que a presença feminina nos eventos de tecnologia é necessária e tem que aumentar. E teremos que abrir aspas na fala dela, que foi linda demais: “Não estamos[as mulheres] atrás dos homens, não somos menos que ninguém. Temos uma forma de ver um problema e propor soluções diferente da dos homens. Então, a nossa participação na parte de estudo e mesmo na área, atuando e trabalhando, é essencial porque nós viemos a acrescentar, sim”.

Olha a Letícia Melendez (com o caderno na mão) depois de ganhar uma mochila e um caderno da Daitan Group, a empresa patrocinadora do DevWomen

As mulheres que apresentaram as talks também ficaram super animadas. A Daniela se sentiu super emocionada de fazer parte do primeiro meetup do Campinas Front-end para mulheres. A Patrícia ficou super feliz em participar e disse que foi especial e fantástico, além de mostrar que existem meninas interessadas e que gostam de participar, se encontrar e falar sobre tecnologia, o DevWomen ainda provou que as mulheres se dão bem, ao contrário do que é ensinado. E a Stefanni disse que foi um ambiente muito bom e importante porque nem todo mundo tem confiança de falar em eventos grandes. Ela espera que continue, que cresça e que as meninas tenham mais iniciativa de falar e ir a encontros.
Nós também esperamos que esse tenha sido o primeiro de muitos DevWomen! E, também, que cada vez mais mulheres participem de eventos e dos meetups organizados por nós e outras organizações.

Algumas das meninas que foram ao evento :)

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Giulia Losnak
Campinas Front-end

Jornalista, feminista e mestranda em Divulgação Científica e Cultural pela Unicamp.