Como foi o 1º Training Camp da Seleção Brasileira de Flag Football 2018

Grasiela Gonzaga
campo minado
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4 min readNov 17, 2017
A Comissão Técnica e indicadas de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Foto: Ana Ruiz

No último fim de semana, 11 e 12 de novembro, rolou no Clube de Campo do Palmeiras, em São Paulo, o 1º Training Camp da Seleção Feminina de Flag Football visando o Mundial do Panamá de 2018.

A preparação para a quarta participação da nossa seleção em mundiais começou de forma diferente esse ano. Serão realizados 3 grandes TCs: em SP, RJ e MS. Ao invés da Comissão Técnica escolher diretamente as convocadas, pediram aos coaches de todas as equipes brasileiras a indicarem suas melhores atletas.

De acordo com participação e desempenho nos campeonatos nacionais e regionais, os times puderam indicar uma ou mais atletas.

Segundo o Cadastro Nacional de Equipes, hoje, no Brasil, temos 70 equipes de Flag Football Feminino no Brasil. Sim. SETENTA!

A convite das meninas do Campo Minado, estou aqui pra contar como foi a primeira edição do TC de São Paulo, que contou com atletas de todos os cantos do Estado de SP e da Região Sul.

Em teoria, um TC de Seleção Brasileira teria tudo para ser um ambiente de certa forma hostil e de competição acirrada, mas definitivamente não foi o que vivemos no fim de semana. O clima entre as atletas e toda a Comissão Técnica era leve e divertido. Éramos mais de 40 atletas, entre 16 e 38 anos de idade e de biotipos diferentes, mas com duas coisas em comum: gratidão por estarmos ali vivendo aquela experiência e muita vontade de aprender.

Após a apresentação da Comissão Técnica e introdução, partimos pro aquecimento. Depois o grupo foi dividido aleatoriamente em 4 grupos menores, que na parte da manhã rodaram entre 4 estações de treino diferentes, duas de ataque e duas de defesa. Todo mundo teve oportunidade de aprender e mostrar o que sabia em todos os setores. Após pausa para o almoço, voltamos a campo, fomos separadas em 2 grupos e rodamos entre ataque e defesa. Os treinos de sábado foram todos focados na parte técnica de movimentação, retirada de flag, catch e rotas.

Drills de ataque e defesa. Foto: Ana Ruiz

No domingo, começamos o dia com treinos teóricos de playbook de ataque e defesa, nos quais aprendemos sobre algumas formações básicas, árvore de rotas e filosofia de jogo da Seleção. Logo depois já estávamos em campo novamente, pra praticar o que aprendemos nos treinos teóricos. Após o almoço, pudemos escolher se treinaríamos no ataque ou na defesa e fizemos muitas repetições de jogadas e formações, para finalmente, no fim da tarde colocarmos tudo em prática nos coletivos. Eram 2 campos, com todas rodando entre as posições e dando o sangue em cada drive.

Todo fim de sessão de treino tinha alguma brincadeira/gincana, o que garantiu boas risadas e ainda mais integração entre atletas e CT. (Não vou contar pra não estragar! rs)

Treino tático. Foto: Ana Ruiz

Eu, que estive presente em praticamente todos o TCs da Seleção desde 2012, posso afirmar que foi uma das experiências mais legais que vivi na Seleção. A interação, troca de experiências, respeito, cumplicidade e felicidade que pairava no ar era inspiradora e contagiante, e eu não vejo a hora de ter a oportunidade de viver tudo isso novamente.

Nosso Flag Feminino está cada vez mais competitivo, mas também cada vez mais maduro e todas nós, tanto as mais experientes quanto as novatas, só temos a ganhar com isso. Foi um prazer conhecer tanta gente nova, de tantos sotaques diferentes, mas todas apaixonadas por Flag!

Que venham os próximos TCs e que sejam tão produtivos quanto foi o do último fim de semana!

Boa sorte a todas as indicadas! :)

As indicadas vestindo as camisas de suas equipes. Foto: Ana Ruiz

Meu nome é Grasiela, mas no meio do Flag todo mundo me chama de “G”. Tenho… ah deixa a idade pra lá! Já são mais de 7 anos de Flag Football. Ex-atleta, ex-dirigente, ex-water girl. Hoje árbitra e cada vez mais entusiasta do Flag. Ah, pra pagar as contas, sou designer e atualmente estudo UX.

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Grasiela Gonzaga
campo minado

No Flag sou a "G". Já são mais de 7 anos de Flag Football nas costas. Atleta, dirigente, water girl, árbitra e entusiasta pra sempre.