O guia final dos quarterbacks em 2017: parte 01

17 semanas recheadas de grades, film e notas que resultaram num texto gigante. Assim, o último guia falando sobre os quarterbacks em 2017 é dividido em três partes e publicado com opiniões de diversos comentaristas, jornalistas e torcedores.

Henrique Bulio
ZONA FA
26 min readJan 22, 2018

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Se você está lendo isso, você está num universo no qual Blake Bortles, Case Keenum e Nick Foles foram, junto de Tom Brady, quarterbacks titulares nas finais de conferência da temporada de 2017. Absolutamente nenhuma pessoa poderia ter previsto isso, mas a tônica do ano na NFL foram acontecimentos os quais ninguém podia esperar. Esse foi apenas mais um.

Para 30 equipes, a offseason já começou. Num ano no qual a liga perdeu precocemente muitas de suas estrelas por lesão, não foi diferente na posição mais importante do jogo — Aaron Rodgers e Carson Wentz, como exemplos, são dois dos melhores quarterbacks da liga e que não puderam terminar a temporada. Para os dois ainda restantes, o Super Bowl está a apenas duas semanas.

O ponto desse ranking é julgar somente a temporada regular, pois é quando todas as equipes estavam em situação de igualdade. Além disso, somente um quarterback por equipe e cada caso específico julgado por este que vos fala — Deshaun Watson é o futuro do Houston Texans; faria muito mais sentido analisá-lo do que Tom Savage, por exemplo. No caso do Cardinals, tanto Palmer quanto Stanton não deverão estar em Arizona em 2018. Dessa forma, prevaleceu o titular. Por fim, em Green Bay, Rodgers foi o analisado ao invés de Brett Hundley, mesmo com menos jogos.

Os rankings e as grades envolvem análises de TODOS os passes que cada quarterback lançou, desde o primeiro snap em setembro até o último na véspera de ano novo. É claro que se pode discordar e o Twitter para vocês discutirem esse ranking é o @henrique_bulio; desde que o façam de forma educada, é claro.

Cada quarterback foi analisado por cinco variáveis: precisão, trabalho de pés, arm talent, sob pressão e tomadas de decisão. As métricas são quase semelhantes as do NFL1000, com o adendo do footwork como nota + diferenças nas formas de avaliação dos itens “sob pressão” e “tomadas de decisão”. Cada item recebe uma nota de 0 a 2 que representam as médias durante a temporada, e a soma dos cinco itens representa a grade final do ano.

Por fim, cada quarterback recebeu um comentário de um torcedor do seu time: fica aqui o agradecimento a todos os que se dispuseram a participar do texto. Quando existentes, as @’s dispostas ao fim da apresentação representam o perfil de cada um no Twitter: sigam-lhes!

Parte 01: 32–21

Parte 02: 20–11 (24/01)

Parte 03: 10–1 (26/01)

32. DeShone Kizer, Cleveland Browns

Números em 2017: 255/476, 2894 jardas, 11 touchdowns, 22 interceptações, 60.5 passer rating, 3.69 ANY/A

Grade: 5,1

Opinião do torcedor:o Kizer começou o ano muito bem. Na pré-temporada, foi claramente o melhor quarterback do time, o que fez com que ganhasse a titularidade. Começou o ano bem contra o Steelers, mas a lesão de Corey Coleman e a inaptidão de Hue [Jackson] em fazer o jogo corrido funcionar fizeram com que ele tivesse de lançar muito mais do que devia e, então, demonstrou as falhas que esperava-se como um prospect: dificuldade na leitura, decision making e precisão. Já no fim da temoprada, com à chegada de [Josh] Gordon e a volta do Coleman, Kizer melhorou novamente, mas nada que enchessem os olhos: as interceptações continuaram.” (Patrick Ferreira, torcedor do Browns — @DawgPoundBr)

Aquilo que se desenhava muito bem durante o mês de agosto teve um final trágico em dezembro. Kizer obviamente não era a primeira opção do antigo front office e tampouco de Hue Jackson, mas depois de uma queda acentuada no segundo dia de escolhas do Draft, o Browns se dispôs a dar uma chance para o jogador. Depois de obter o cargo de titular na pré-temporada com boas atuações (e, convenhamos, também por default) e estrear de forma competente contra o Pittsburgh Steelers, esperava-se que DeShone pudesse ao menos criar uma dúvida na cabeça de sua coaching staff com relação ao futuro na posição.

Isso certamente não aconteceu. Depois de um bom primeiro jogo, o que se viu foi um Kizer totalmente despreparado, cada vez mais propenso à erros bobos e sem demonstrar qualquer evolução aparente. Não ajuda em nada o fato de que Hue Jackson não conseguia montar um gameplan compatível com as capacidades do calouro, ou o fato de que as peças que estavam a volta do quarterback eram horríveis. Por fim, o que se viu em dezembro foi um Kizer completamente sem confiança, sem desenvolvimento e recebendo um questionamento público de seu treinador se ele poderia ser um bom quarterback. Poucas coisas poderiam ter dado tão errado num ano de estreia como DeShone teve de experimentar em Ohio no ano passado.

Pergunta ao torcedor: Se o Browns draftar um quarterback com a primeira escolha no próximo Draft, quais os motivos que levariam o torcedor a confiar que o mesmo terá sucesso em Cleveland?

Patrick: Com a possibilidade da chegada de um novo coordenador ofensivo e um novo running back, o quarterback que chegar via Draft […] terá muito mais recursos que Kizer teve: Gordon com uma pré-temporada, a possível transição de Duke Johnson para wide receiver e David Njoku mostrando o quão útil ele pode ser para esse time.

31. Trevor Siemian, Denver Broncos

Números em 2017: 206/349, 2285 jardas, 12 touchdowns, 14 interceptações, 73.3 passer rating, 4.38 ANY/A

Grade: 6,1

Opinião do torcedor: “Siemian mostrou o que eu sempre achei que ele fosse: um quarterback extremamente limitado com seu teto sendo um backup na NFL. Seu processamento mental é muito lento e se a base não estiver em perfeito equilíbrio, a mira cai drasticamente. Mostrou não conseguir jogar contra blitzes. Muros diziam que seu estilo “quieto” lembrava Peyton Manning, mas eu discordo. Em muitos momentos, ele parecia mesmo estar perdido. Ficará no elenco de 2018 pois possui um contrato muito barato, mas já provou não ser a solução para a posição, como eu sempre suspeitei” (Pedro Pinto, antigo comentarista de NFL no Esporte Interativo, coordenador ofensivo do Vasco Patriotas, quarterback coach do Sub-19 do Brasil Onças e torcedor do Denver Broncos — @CoachPedroPinto)

Se antes alguém pensava o contrário, agora não há mais dúvidas: Trevor Siemian não é um titular competente e o Broncos têm de ir atrás de um novo quarterback no Draft após a (provável) falha do projeto Paxton Lynch. Ainda que o ex-aluno de Northwestern tenha começado 2017 dando esperanças de que uma forte evolução em relação ao ano anterior havia ocorrido, o que se viu foi um jogador com extrema dificuldade de ler defesas e realizar suas progressões de forma consistente, o que limitou o ataque como um todo.

Siemian continuará no Broncos em 2018, a menos que alguma equipe procure-o buscando uma troca. Sendo uma escolha de sétima rodada e ainda em seu contrato de calouro, não há motivos para John Elway não mantê-lo no elenco, mesmo na condição de reserva. De toda forma, o talento existente no lado defensivo da equipe do Colorado não pode continuar sendo desperdiçado: é hora de Denver buscar um franchise quarterback.

Pergunta ao torcedor: na sua opinião, como Denver deve atacar a Free Agency e o Draft na posição de quarterback de modo a voltar a briga pela AFC West?

Pedro: John Elway se encontra em um dilema. A defesa segue jogando em altíssimo nível, mas possui atletas que estão envelhecendo, como Aqib Talib e o próprio Chris Harris Jr. Com isso, o Super Bowl window pode estar se fechando. Para trazer um quarterback como Cousins, será necessário se livrar de alguns medalhões: alguns exemplos seriam o próprio Talib ou até mesmo [Demaryius] Thomas, pois o cap não tem espaço para 20mi+ para um quarterback.

Na minha visão, o ideal é trazer um quarterback como Teddy Bridgewater, que dificilmente renovará com o Vikings e não vai comandar mais de 20mi. Se não for pela free agency, selecionar um quarterback na primeira rodada. O sonho seria Sam Darnold, mas os boatos do momento indicam uma preferência por Baker Mayfield.

30. Joe Flacco, Baltimore Ravens

Números em 2017: 352/549, 3141 jardas, 18 touchdowns, 13 interceptações, 80.4 passer rating, 4.71 ANY/A

Grade: 6,2

Opinião do torcedor: “A temporada de 2017 de Joe Flacco foi um retrato perfeito de toda a atuação ofensiva da equipe de Baltimore e pode ser dividida bem claramente em duas metades: antes da bye week, o quarterback teve atuações erráticas, se mostrando nervoso dentro do pocket, errando passes fáceis e demonstrando não ter plena confiança em seus recebedores . Sua melhor atuação nos primeiros 9 jogos foi na tranquila vitória contra Oakland, na qual Flacco acertou 73% de seus passes, com uma media de 8,5 jardas por tentativa — a melhor de toda a temporada. Após a bye week, todo o sistema ofensivo do Ravens pareceu se revitalizar, tendo uma série de boas partidas, especialmente entre as semanas 13 e 16, antes da derrota conta Cincinnati que encerrou a temporada, na qual Flacco jogou especialmente mal. Mesmo com um desempenho mais regular no fim da temporada, em nenhuma partida Flacco conseguiu quebrar a barreira das 300 jardas aéreas, dependendo muito de seu jogo corrido e das boas atuações de sua forte defesa, o que facilitou seu trabalho para levar a equipe às vitórias que conquistou no ano.” (Thiago Corrêa, engenheiro e torcedor do Baltimore Ravens)

Cinco anos depois de chocar o mundo e conquistar o Super Bowl, alguma razão oculta continua prendendo Joe Flacco à titularidade em Baltimore. Não há explicação justa para a manutenção do status de franchise quarterback por parte do antigo signal caller mais bem pago da liga: ele é impreciso, tem um trabalho de pés e mecânicas altamente inconsistentes, é péssimo contra a blitz e toma decisões muito ruins.

O ANY/A de 4.71 diz muito sobre o ano como um todo: Flacco, que tem como principal arma o passe longo, não conseguia uma produção explosiva, estando na frente apenas de DeShone Kizer e Trevor Siemian no ranking da temporada. Baltimore precisa parar de empurrar o problema pra debaixo do tapete e investir num novo jogador para a posição. Caso contrário, a ótima defesa do Ravens continuará vendo do sofá o Steelers em janeiro na pós-temporada.

Pergunta ao torcedor: as temporadas de Joe Flacco depois da conquista do Super Bowl não tem sido nada animadoras; você acha que o front office deveria começar a procurar por um novo quarterback ou acha que Flacco é ainda o franchise quarterback em Baltimore?

Thiago: A resposta a essa pergunta não é tão simples. Ao se analisar de maneira puramente técnica, fica bastante claro que não, Joe Flacco não deve mais ser o franchise quarterback do Baltimore Ravens. Desde a pós-temporada de 2012, na qual Flacco encarnou seu xará Montana e se transformou em Joe Cool, levando Baltimore à vitória no Super Bowl XLVII, nunca mais o quarterback conseguiu ser consistentemente bom, trazendo confiança aos torcedores e à comissão técnica da equipe. Entretanto, o contrato assinado por Flacco após essa mesma pós-temporada faz com que seja muito difícil que a franquia se livre de seu passador- os valores exorbitantes do contrato, que foi estendido recentemente, fazem com que o custo de cortar Flacco seja proibitivo, pois o dead money gerado impediria o investimento em outras posições do time. Mesmo assim, é interessante que Baltimore procure jovens quarterbacks nos rounds intermediários do Draft para encontrar o eventual substituto de Flacco, que a torcida espera que chegue logo.

29. Jacoby Brissett, Indianapolis Colts

Números em 2017: 276/469, 3098 jardas, 13 touchdowns, 7 interceptações, 81.7 passer rating, 5.36 ANY/A

Grade: 6,9

Opinião do torcedor: “A temporada de Jacoby Brissett de maneira geral foi boa. O até então terceiro quarterback em New England veio para Indy após troca com Philip Dorsett para substituir o machucado Luck, visto que Scott Tolzien não passava segurança alguma. Tolzien durou meio jogo e Brissett assumiu pro resto do ano. Chegou num time bagunçado pelo comando técnico e pela linha ofensiva, mas com sua mobilidade conseguiu ainda produzir e levar a algumas vitórias, como as duas contra Houston. Terminou a temporada com 17 TDs totais e 7 INTs e possivelmente é um dos melhores backups da liga” (Erick Bruno, engenheiro e torcedor do Colts)

Uma pessoa com expectativas realistas teria consciência de que a chance de Brissett ser o salvador da pátria em Indianapolis era minúscula. Ainda que a queda de nível em relação à Andrew Luck fosse obviamente monumental, o segundo anista mostrou possuir bons atributos em seu jogo e que, se o Colts resolver mantê-lo no elenco como uma segurança ao titular, Josh McDaniels, o provável novo treinador do time, não terá de perder muitas noites de sono planejando formas de manter a eficiência ofensiva do time.

É claro que nem tudo são flores. Brissett tem dificuldade de jogar sob pressão da defesa e suas tomadas de decisões precisam ser melhores, assim como suas progressões precisam se desenvolver com mais rapidez. Seu trabalho de pés e suas mecânicas, contudo, são bons fatores no jogo do quarterback e, se o desenvolvimento para a temporada seguinte permanecer, Jacoby pode se tornar uma valiosa moeda de troca para Chris Ballard.

Pergunta ao torcedor: como você lidaria com a situação de quarterbacks em Indianapolis dada a incerteza com relação à saúde de Andrew Luck?

Erick: A situação de Luck é clínica. Não há dúvidas quanto a salários, clube, treinador, qualidade… mas saúde. O quarterback sofreu lesões por intermédio da má qualidade da linha ofensiva, além de outras vezes quando ele demorou para se livrar da bola, e praticamente não arremessou uma bola em 2017. McDaniels assumirá o Colts em 2018 e terá de lidar primeiramente com a saúde do passador que pode liderar Indianapolis a ser uma das melhores franquias da liga, como já fez há poucos anos. Brissett se mostrou um bom backup, mas nada perto de Luck e de seu poder de decisão.

28. Jay Cutler, Miami Dolphins

Números em 2017: 266/429, 2666 jardas, 19 touchdowns, 14 interceptações, 80.8 passer rating, 5.04 ANY/A

Grade: 7,0

Opinião do torcedor: “Com a perda de Ryan Tannehill e a vinda de Jay Cutler, todos já tinham uma noção de que a temporada já estava fadada ao fracasso. Adam Gase (e eu) ainda acreditávamos que seria possível vencer com Cutler, mas isso não foi possível por uma série de fatores que pouco tem relação com o quarterback: furação Irma e perda do bye, sumiço de Lawrence Timmons, perda de Raekwon McMillan, treinador da linha ofensiva cheirando cocaína em um vídeo enviado para uma prostituta de Las Vegas, etc. Cutler nunca foi um grande quarterback e não viria para fazer mágica. Pelo menos tentou, deu a cara a tapa e levou seus 10 milhões de Trumps. Se não teve uma grande temporada, pelo menos deixou uma bela lembrança: a esmagadora vitória contra os Patriots, em Miami, no Monday Night Football. Foi divertido.” (Rafael Leal, torcedor do Miami Dolphins — @BrDolphins e @outrofutebol)

A temporada do Miami Dolphins sofreu um grande baque quando foi confirmada a lesão no joelho de Ryan Tannehill antes mesmo do mês de setembro e que forçaria o jogador a perder a temporada de 2018. Depois de tanto ouvirmos sobre como Adam Gase ajudou Jay Cutler a obter o melhor ano da carreira em 2015, a conexão entre os dois na Florida fazia muito sentido no papel.

O experimento teve resultados horríveis, por assim dizer. O braço de Cutler continuava entre os melhores da liga, mas sua precisão era totalmente inconsistente e seu alto número de turnovers foi horripilante. Gase investiu num ataque com rotas mais curtas e horizontais, trabalhando principalmente com Jarvis Landry no slot, enquanto que em Chicago o que melhor funcionou foi um sistema com um jogo aéreo mais profundo — dado que uma das melhores qualidades do passador é a bola longa. Por fim, Cutler foi péssimo em situações de blitz. Ele certamente não será titular em 2018 na liga.

Pergunta ao torcedor: Com Jay Cutler deixando Miami e o contrato de Ryan Tannehill podendo ser cortado sem grandes complicações no teto salarial, você buscaria um novo quarterback para a equipe no Draft ou confiaria em Tannehill voltando de grave lesão no joelho?

Rafael: Adam Gase escolheu o Miami Dolphins por uma razão muito clara: Ryan Tannehill. Ele é seu quarterback e pronto. Claro que isso não impede que os Dolphins busquem um novo passador no Draft, visto que Matt Moore já tem 34 anos e não faz parte do futuro do time, mas não esperem um quarterback vindo tão alto no Draft. Acredito ser muito difícil os Dolphins deixarem passar talentos como Quenton Nelson ou Roquan Smith, que contribuiriam de forma imediata, para buscar um quarterback para ser reserva de Tannehill. Se Seahawks (Russell Wilson) e Redskins (Kirk Cousins) acharam na terceira e quarta rodada, respectivamente, porque os Dolphins não podem achar também?

27. Tyrod Taylor, Buffalo Bills

Números em 2017: 263/420, 2799 jardas, 14 touchdowns, 4 interceptações, 89.2 passer rating, 5.67 ANY/A

Grade: 7,1

Opinião do torcedor: “ O primeiro quarterback a jogar um jogo de playoffs para o Buffalo Bills desde Rob Johnson em 2000 traz a tona diversas controvérsias com relação à seu jogo e sua capacidade técnica. Após as mudanças na comissão técnica, encabeçadas pelas chegadas de Sean McDermott e Brandon Beane, o time de Buffalo se mostrou com muita coragem para fazer todas as mudanças possíveis, cortando diversas estrelas do elenco. O voto de confiança foi dado para o atual quarterback, mesmo com a escolha de Nathan Peterman na quinta do último Draft. A grande arma ofensiva para Taylor foi sua rapidez em fugir do pocket e conseguir as jardas necessárias correndo; o principal nome do ataque, LeSean McCoy, mostrou-se muito mais eficiente em rotas para receber passes nas laterais do campo, sendo o principal líder em recepção, do que propriamente correndo. De toda forma, a dificuldade de Taylor para ter um bom conjunto de passes também é notória, tendo um aproveitamento de conexões na red zone em 51,7% (o pior índice da NFL). Claro que a culpa não é só dele, pois a ausência de recebedores confiáveis após a saída de Sammy Watkins e as chamadas do ex-coordenador ofensivo Rick Dennison não ajudaram no desempenho do quarterback nessa temporada, o que culminou no pior número de jardas e no pior rating em 3 anos no time.” (Gabriel Andrade, escrituário, historiador e torcedor do Buffalo Bills — @tahartremere

Se nem mesmo com Rick Dennison no posto de coordenador ofensivo o Bills demonstrou confiança total em Tyrod Taylor, está mais do que claro que o quarterback não é o futuro da franquia nos olhos da coaching staff e do front office. Sean McDermott bancou Tyrod com o time em posição para conquistar uma vaga na pós-temporada pela primeira vez em 17 anos e isso é tudo que você precisa saber.

Em campo, Taylor teve a pior temporada desde que chegou em Buffalo. Suas decisões continuam ruins, sua visão do campo continua defeituosa, ele não é o melhor quarterback lançando em antecipação e, por fim, seus passes curtos não foram uma área na qual ele se destacou — o Pro Football Focus aponta que ele foi apenas o 29º melhor passador da liga nesse quesito ao longo do ano. O que transforma Tyrod num jogador interessante para qualquer coordenador ofensivo é sua ameaça também por terra, estendendo jogadas ao mesmo tempo que consegue ganhar boas jardas num scramble. A falta de alvos confiáveis e de uma linha ofensiva competente também limitaram Taylor em 2017 — Buffalo tinha discutivelmente o pior grupo de recebedores da NFL e a linha ofensiva dava pouquíssimo tempo no pocket para o jogador desenvolver suas progressões — , e é inegável que um novo começo em outra franquia faria muito bem ao jogador.

Pergunta ao torcedor: Se Taylor realmente deixar o Buffalo Bills, qual seria seu approach com relação à free agency e o Draft?

Gabriel: Com a quase saída de Taylor após ser colocado no banco na semana 11 e com a péssima estreia do calouro Nathan Peterman logo depois, é inevitável não elencar a posição de quarterback como uma das maiores necessidades para o Buffalo Bills. Partindo dessa ideia, Buffalo tem dois caminhos: 1) Ir atrás de um veterano na free agency ou 2) Apostar em um calouro no próximo Draft. Para a primeira hipótese, temos nomes interessantes, sendo Cousins o meu preferido por atender um critério simples de não ter um histórico de lesões recentes. Além disso, com a chegada de um free agent, o time poderia se preocupar em sanar outras fraquezas dentro do elenco no Draft, como na posição de defensive tackle e wide receiver. A segunda possibilidade está em subir na posição do Draft prevendo um prospecto para ser o franchise quarterback — se pudesse escolher, iria de Lamar Jackson, vencedor do prêmio Heisman em 2016. Dentre ambas, a que mais me agrada é apostar em um calouro no Draft.

26. Derek Carr, Oakland Raiders

Números em 2017: 323/515, 3496 jardas, 22 touchdowns, 13 interceptações, 86.4 passer rating, 6.07 ANY/A

Grade: 7,1

Opinião do torcedor: “Derek Carr regrediu de forma inquestionável. O plano do ex-coordenador ofensivo, endossado por Del Rio e pelo próprio Carr era colocá-lo em um playbook onde ele se sentisse mais confortável e fizesse jogadas mais simples, segurando pouco a bola. O resultado foi um desastre. Tudo no ataque era muito simples e previsível, e as defesas sabiam disso. Quanto menos o esquema funcionava, mais desequilibrado mentalmente ele ficava, e você podia ver a frustração na linguagem corporal. Pela falta de resultado, a insegurança veio com força, e ele começou a fazer passes do backfoot, prejudicando a mira. O potencial do Carr é claro, mas ele precisa aprender que conforto em excesso não ajuda ninguém a crescer. Ele precisa ser mais desafiado taticamente. Nem todo mundo que te facilita o trabalho traz bons resultados.” (Yago Freyesleben, torcedor do Raiders — @ygf_scouting e @RaidersBrP)

O ano de Derek Carr em 2016 foi bom — as estatísticas te dirão que foi ótimo, mas o film abaixará um pouco sua impressão. O ano de 2017 de Derek Carr mostrou uma notável regressão, e o film não é nem um pouco bonito ou enganoso.

Depois dos excelentes números do jogador na temporada passada, Jack Del Rio tomou a decisão de promover Todd Downing para o posto de coordenador ofensivo e dispensar Bill Musgrave. Com um sistema ofensivo totalmente improdutivo e que pouco se adaptou ao personnel disponível, a queda na performance não foi lá tão surpreendente. Segundo o Pro Football Focus, o passer rating de Derek Carr quando pressionado foi de 40.8, uma das piores marcas entre toda a NFL.

Se 2017 trouxe algo que pode render muitos frutos à carreira do jogador, esse algo foi a demissão de Jack Del Rio e a contratação de Jay Gruden para o posto de treinador da franquia. Gruden, notório especialista em quarterbacks, é o tipo de comandante que não dará sossego ou tranquilidade à seu passador, exigindo refinamento nas mecânicas — sejamos educados e digamos que o footwork de Carr não foi dos melhores — e melhor leitura de jogadas. Além disso, Oakland deve voltar a um estilo de ataque mais vertical, que ajudou na boa temporada do jogador no ano retrasado.

Pergunta ao torcedor: Por qual motivo o torcedor do Raiders deve acreditar que os bons números de Derek Carr em 2016 se repetirão em 2018

Yago: a resposta para essa pergunta é a chegada de Jon Gruden. Com ele, acabou essa história de zona de conforto. Com o Musgrave em 2016, havia uma certa tensão, porque o Carr supostamente não gostava do playbook — mas foi o ano do sucesso. Com o Gruden, ele será desafiado tanto taticamente quanto mentalmente. O “Chucky” já avisou que o Carr não vai ter apenas a liberdade de mudar as jogadas na scrimmage, mas também a obrigação de escolher a melhor jogada possível. E vai ser muita gritaria, berro e xingamento na orelha, algo que não havia antes. Todo mundo conhece o Carr e sabe a pessoa fenomenal que é fora de campo, mas é hora de trazer uma mentalidade mais “badass” pro jogo, como o Drew Brees faz com os Saints. Como disse um presidente de um clube de futebol aqui no Brasil, já não lembro qual, “time de anjinho não ganha nada”. É a mais pura verdade.

25. Eli Manning, New York Giants

Números em 2017: 352/571, 3468 jardas, 19 touchdowns, 13 interceptações, 80.4 passer rating, 5.11 ANY/A

Grade: 7,1

Opinião do torcedor: “ A temporada do Eli foi ruim como a de todo equipe, mas a culpa não foi apenas dele. A equipe foi mal em todos os setores. Mas, mesmo com ele inteiro, não acredito que consiga levar a equipe ao topo da NFC novamente, por motivos físicos e de mentalidade. Vejo Eagles e Cowboys com elencos muito melhores enquanto Eli parece cada vez mais caminhando pra sua aposentadoria.” (Marcello Neves, editor da VAVEL e torcedor do New York Giants — @mneves_)

Está claro que o Giants não pode mais atrasar a busca por um substituto para Eli Manning. Ainda que a precisão ainda esteja em bom nível, seu braço já não é mais o mesmo e não foram tão poucos os momentos em que algumas jogadas do quarterback nos deixaram com o sentimento de “o que diabos você está fazendo?”

Manning, é bem verdade, foi o terceiro quarterback que mais lançou passes em toda a liga. Some a isso o fato de três de seus principais recebedores (incluindo as estrelas Odell Beckham Jr. e Brandon Marshall) terem encerrado a temporada mais cedo e, por fim, adicione um personnel fraquíssimo no ataque, com uma linha ofensiva porosa e um jogo corrido improdutivo. Receita para o fracasso de um signal caller.

Pergunta ao torcedor: Você acha que Eli Manning ainda pode levar o Giants ao topo da NFC em seus últimos anos ou pensa que New York deveria buscar agora seu quarterback do futuro?

Marcello: Questão do Eli é fazer uma análise correta do Draft e analisar o momento. A aposentadoria dele é questão de tempo e é importante pensar no futuro — querendo ou não. Dizem que esta geração do College está formando a melhor geração de quarterbacks dos últimos anos, então é preciso aproveitar a pick alta para começar esse planejamento de mudança. O ponto é: se tiver um prospecto de qualidade, como o Colts quando tiveram a primeira escolha do draft, é hora de pegar. Porque se não não adianta abrir mão do Eli para continuar sofrendo com alguém com menos experiência.

24. Mitchell Trubisky, Chicago Bears

Números em 2017: 196/330, 2193 jardas, 7 touchdowns, 7 interceptações, 77.5 passer rating, 5.05 ANY/A

Grade: 7,2

Opinião do torcedor: “Como a temporada 2017 mostrou, comissão técnica importa uma enormidade. Jared Goff com Jeff Fisher & Amigos foi uma desgraça completa, talvez o pior titular da temporada passada. Com Sean McVay, foi eficiente — para dizer o mínimo. Fato é que o Chicago Bears de 2017 lembra o Los Angeles Rams de 2016. Um time taticamente defasado, com um quarterback calouro, predicado no jogo terrestre e em decisões conservadoras. Desde os tempos de Carolina Panthers o plano de jogo de John Fox era exatamente esse. Se você pode correr, corra — só não arrisque interceptações com seu quarterback imaturo.

O desenvolvimento de Mitchell Trubisky, sem sombra de dúvidas, foi prejudicado em parte por isso. Para começo de conversa, até o quarto final da temporada o plano de jogo era densamente baseado em half reads após bootlegs e conexos. Raras eram as progressões feitas por Trubisky — e a culpa era longe de ser dele. A analogia que faço é que a comissão técnica até o colocou em campo — mas era como alguém numa bicicleta com rodinhas. Quando o momento situacional pediu, Trubisky conduziu boas campanhas. Contra os Ravens, por exemplo. Mas, ao mesmo tempo, interceptações tolas vieram — no Monday Night Football contra os Vikings é o grande exemplo disso.” (Antony Curti, comentarista de NFL na ESPN, editor-chefe do Pro Football e torcedor do Chicago Bears — @CurtiAntony; @ProFootballBr)

Pessoalmente falando, gostei do que vi de Trubisky na temporada de calouro. Se no primeiro jogo Chicago sentiu-se confortável fazendo-o lançar apenas para o lado direito do campo e foi extremamente conservador no gameplan, a segunda escolha geral parecia cada vez mais acostumada com a velocidade da NFL nos últimos jogos da era John Fox, demonstrando muito bem seu atleticismo e jogando bem sob pressão.

Não houve nada de brilhante de forma consistente; contudo, o desenvolvimento do ex-Tar Heel foi notável enquanto o tempo passava. Ele mostrou boa precisão, sobretudo nos passes longos: o Pro Football Focus aponta que Trubisky teve o quarto maior rating da liga quando lançando passes de 20 ou mais jardas, com 108.1. Arm talent, inclusive, foi a categoria na qual Mitchell tirou a maior média desse sistema de grades, com 1,5.

Pergunta ao torcedor: O que esperar de Trubisky em 2018 em relação à seu desenvolvimento

Antony: Fato é que Trubisky ainda é um diamante parcialmente lapidado. No fundo, nem ferramentas havia para isso. Os Bears tiveram um dos piores corpos de recebedores da liga e por algum motivo estúpido, o calouro Adam Shaheen foi um dos tight ends menos utilizados na contagem de snaps. O piso alto que vimos em North Carolina (em spread offense, que fique claro) está ali. A West Coast de Matt Nagy, com os conceitos importados do college, pode ser a lapidação que faltava para 2018.

23. Carson Palmer, Arizona Cardinals

Números em 2017: 164/267, 1978 jardas, 9 touchdowns, 7 interceptações, 84.4 passer rating, 5.86 ANY/A

Grade: 7,2

Opinião do torcedor: “Para quem esperava que 2016 tivesse sido apenas um ano fora da curva e que o bom nível de Palmer pudesse voltar à tona, 2017 foi uma completa tristeza. O quarterback parecia ter regredido cada vez mais em relação à temporada em que quase foi o MVP da liga e depois de quebrar o braço contra o Los Angeles Rams, se aposentou da NFL.” (Tales Gouvêa, estudante e torcedor do Arizona Cardinals)

Um daqueles que teve a temporada interrompida por lesão, Carson Palmer já estava em declínio acentuado desde sua temporada de altíssimo nível em 2015, quando ficou perto de conquistar o prêmio de MVP. O braço já estava extremamente lento, os passes não saiam com a velocidade ou a antecipação necessárias e o footwork já parecia menos efetivo.

É uma pena que a carreira de Palmer tenha acabado dessa forma. Antiga primeira escolha geral saindo de USC, ele nunca teve um time competente o suficiente para conquistar um anel em Cincinnati e, depois de uma breve passagem por Oakland, seu talento esteve totalmente à mostra em Arizona, quando o sistema agressivo de Bruce Arians se fazia compatível com as principais qualidades de Carson como quarterback. É um jogador que fará falta na liga.

Pergunta ao torcedor: Você prefere que Arizona escolha um novo quarterback no Draft ou acredita que o roster atual pede por um novo jogador na free agency?

Tales: A free agency possui nomes interessantíssimos para quarterbacks, e, sabendo que a próxima temporada será muito provavelmente a última de Larry Fitzgerald, gostaria de ver o Cardinals dando uma última oportunidade do lendário recebedor conquistar o tão sonhado anel. Ao mesmo tempo, dependendo das opções disponíveis e do preço dos jogadores, gostaria que um novo quarterback fosse draftado para ser trabalho à longo prazo.

22. Marcus Mariota, Tennessee Titans

Números em 2017: 281/453, 3232 jardas, 13 touchdowns, 15 interceptações, 79.3 passer rating, 5.51 ANY/A

Grade: 7,3

Opinião do torcedor: “A temporada de 2017 não foi muito empolgante para os torcedores quanto ao desempenho do Marcus. Depois de ter feito uma boa temporada em 2016, todos esperavam que o quarterback elevasse o nível de seu jogo nessa temporada, mas o plano de jogo ultrapassado de Mike Mularkey não contribuiu para que as qualidades de Mariota fossem potencializadas. O longo período de recuperação da lesão sofrida no final de 2016 e a falta de trabalhos durante a offseason também podem ter prejudicado o seu desenvolvimento. Apesar dos altos e baixos durante a temporada, Marcus mostrou personalidade e liderança para conduzir o time aos playoffs, ele fez jogadas em momentos importantes e mostrou que vai sempre lutar pelas vitórias.” (Welmer Sales, estudante e torcedor do Tennessee Titans — @wlmr8)

Se você esperava uma grande temporada de Mariota depois de um 2016 muito satisfatório, o antigo jogador de Oregon foi possivelmente sua maior decepção da temporada. Depois de passar a offseason se recuperando de uma grave lesão no joelho sofrida no fim do ano passado, Marcus esteve totalmente inconsistente ao longo do ano, com sua precisão, seu footwork e seu jogo sob pressão totalmente abaixo da média. Até mesmo sua produção na red zone, a qual muito se comentou em seus primeiros anos na liga, regrediu em 2017.

Se existe alguma coisa suficiente para dar esperança ao torcedor de Tennessee, é o fato de que Mike Mularkey foi demitido do cargo de treinador do Titans. Com Mike Vrabel contratado para o cargo no último fim de semana, espera-se que a equipe de Nashville contrate um coordenador ofensivo que utilize mais conceitos da spread offense e que procure atacar melhor o campo de forma vertical, duas das principais armas de Mariota como jogador.

Pergunta ao torcedor: A expectativa é de uma boa evolução para Mariota em 2018 com novos treinadores. Você concorda com isso?

Welmer: Para 2018, mesmo com a mudança no comando técnico da equipe, as expectativas são boas. Não se sabe ainda quem será o OC do time, mas só de não ter Mularkey e Robiskie com aquele plano de jogo da década de 70 comandando o ataque do time já dá para esperar uma melhora no rendimento do Mariota e do setor ofensivo como um todo. A torcida espera que o novo OC implemente um ataque que use mais o spread e que seja capaz de explorar e potencializar não só o talento do Mariota, como também dos demais jovens jogadores do ataque. Mariota tem qualidades e tem a confiança de seus companheiros e da maioria torcida, ele é o futuro da franquia.

21. Andy Dalton, Cincinnati Bengals

Números em 2017: 297/496, 3320 jardas, 25 touchdowns, 12 interceptações, 86.6 passer rating, 5.65 ANY/A

Grade: 7,4

Opinião do torcedor: “Começar a temporada com quatro interceptações, nenhum touchdown e ainda perder de zero em casa para o Baltimore Ravens não estava nos planos de Andy Dalton. O sempre tão contestado quarterback de Cincinnati deu motivos para aqueles que são céticos em relação ao seu status de franchise player. Entretanto, com a saída do coordenador ofensivo Ken Zampese e a promoção de Bill Lazor, Dalton e o ataque de Cincinnati foram da água para o vinho (um vinho barato). Em certo momento da temporada, o “Red Rifle” foi o quarterback que teve mais snaps sem sofrer interceptação. Ao terminar a regular season com 3.320 jardas, 25 TDs, 12 INTs e uma atuação de gala contra os Ravens, Dalton nos mostra que é capaz de comandar um ataque sem proteção, com poucos alvos de nome, mas com vários jovens talentos. Ele continua sendo uma dos melhores quarterbacks em situação de blitz. Talvez o seu problema não seja pensar rápido e realizar ações em tempo curto, mas sim sentir a pressão. Em sete anos de NFL, o ruivo registra 33 fumbles, os quais só 13 foram recuperados.” (Lucas Ferreira, estudante de jornalismo, redator do The Playoffs e torcedor do Bengals)

Tenho que começar essa seção admitindo uma falha e dizer que estou positivamente surpreso com as exibições de Andy Dalton em 2017. Pessoalmente falando, nunca fui grande fã do jogador e depois de perder dois importantíssimos membros da linha ofensiva e seguindo com a mudança do coordenador ofensivo após duas semanas, tudo apontava para um ano horrível do quarterback — e eu, inclusive, apostei forte nisso. E errei. Não foi um ano elite, mas Dalton mostrou um nível extremamente competente em alguns jogos.

O meu problema com Dalton diz respeito a seu teto, e não seu chão. Não olho para Andy e penso num quarterback capaz de elevar o nível de um time ruim. É claro que, ao mesmo tempo, não é isso que faz um jogador se tiver um bom ou mau passador. Mas quando olho para o Andy Dalton de 2017, ele não é o jogador mais impressionante do mundo. Cincinnati não deve (e seria errado, inclusive) entrar em modo de pânico e dispensar os bons feitos do jogador desde que fora draftado. Contudo, é justo imaginar se um pouco de risco (ou, pelo menos, um pouco de competição) não faria bem ao Bengals.

Pergunta ao torcedor: você acredita que o Cincinnati Bengals pode conquistar um Super Bowl com Andy Dalton no comando ou prefere que a equipe busque um novo franchise quarterback

Lucas: Dalton não é motivo pelo o qual os Bengals ainda não chegaram a um Super Bowl desde o seu Draft. Com exceção do jogo de Playoff em 2014 contra o San Diego Chargers, o quarterback pouca responsabilidade teve nos vários revés da franquia de Cincinnati. Ele continua sendo o jogador que pode comandar um time em busca de um anel, mas não carregando todo o peso sobre seus ombros. Se Mike Brown, presidente e General Manager dos Bengals, e seu front office se mexerem da maneira correta, isto é, reforçando a linha ofensiva, a equipe pode chegar com tranquilidade aos playoffs. Caso o time continue esperando o nascimento de talento em alguns jogadores de sua linha (leia-se: Cedric Ogbuehi e Russell Bodine), dificilmente Dalton será capaz de provar seu valor e levar a equipe ao Super Bowl.

To be continued…

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Henrique Bulio
ZONA FA

Numa eterna cruzada contra o feijão por cima do arroz.