Crônica: Retorno

Vinícius Cassio Barqueiro
Canto em Silêncio
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2 min readJan 18, 2018

Após as ótimas férias que tive ao lado da família e dos amigos, prometi a mim mesmo voltar ao trabalho com mais resiliência e atitude mental positiva, aconteça o que for.

Não que eu queira me alienar das dificuldades ou criar um mundo cor de rosa pelas lentes da ilusão. Eu apenas pretendo viver cada momento de acordo com o otimismo, a criatividade, a serenidade e a alegria que fazem parte da minha personalidade e que, por inúmeros motivos que podem se resumir a falta de vigilância espiritual, eu vinha deixando minguar em mim.

Assim, como uma simbólica prova de fogo da promessa, minha volta ao batente foi marcada pela greve dos metroviários da capital paulista, em um dos dias mais quentes do ano até aqui.

Saí de casa às 8h e cheguei ao trabalho às 11h30, com destaque às duas horas de ônibus entre Tucuruvi e Luz. Foi cansativo, minha pressão ficou baixa, mas ainda assim consegui ler bastante (passando da “sincronicidade” de Jung ao "veneno remédio" do futebol), ouvir música boa e organizar minhas atividades, chegando mais bem-humorado do que em muitos dias normais do ano passado, tanto no trabalho quanto em casa.

O dia, aliás, foi animado e produtivo. E agora, diante da longa viagem de volta, escrevo o presente texto, orgulhoso de mim mesmo e animado em relação ao que há de vir em 2018, incluindo os perrengues, imprevistos e desafios que hão de me fortalecer ainda mais.

Se este texto se chama "Retorno", é porque sinto que estou conseguindo, aos pouquinhos, fazer um longo caminho de volta a quem eu simplesmente sou. E escrever faz parte disso.

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Vinícius Cassio Barqueiro
Canto em Silêncio

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