Assisti ao filme Palm Springs — e te conto o que achei

Gabriel Martins
CaradosSports
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2 min readJul 13, 2020

“Andy Samberg (Brooklyn 99) vive o mesmo dia de um casamento em Palm Springs num loop infinito até que, por acidente, ele aprisiona uma das madrinhas nesse ciclo sem fim”

Eu sei o que você está pensando: “Essa história de loop não me é estranha”

Não, não é Doutor Estranho. Estou falando de “O Feitiço do Tempo”, o filme dos anos 90 em que Bill Murray fica preso no tempo e toda manhã acorda no mesmo dia. Essa é a premissa de Palm Springs, que estreou no Hulu (serviço de streaming) neste final de semana nos EUA e não faço ideia quando/como sairá no Brasil.

Andy Samberg interpreta Nyles, quem encontramos já conformado com o seu destino de viver para sempre o mesmo dia, um casamento em Palm Springs da melhor amiga de sua namorada. Tudo muda quando, por acidente, Sarah (Cristin Miliotti — a mãe, RIP, de How I Met Your Mother) o segue até a caverna que causa o loop, deixando-a presa com ele. Não dá para entrar em mais detalhes da história sem spoilers, então não o farei.

“O Feitiço do Tempo” não inventou o conceito de loop temporal, então não se trata de plágio, apenas uma clara inspiração. Palm Springs vai mais fundo nas questões filosóficas da importância das nossas ações quando não há repercussão, enquanto no filme de Bill Murray essas discussões foram mais restritas ao público.

Palm Springs expande o conceito com algumas diferenças que o faz ser criativo e totalmente fresco, mas sem qualquer prejuízo cômico. Andy Samberg e Cristin Miliotti mandaram muito bem como Nyles e Sarah, tantos nos momentos bons quanto nos ruins. JK Simmons é outro destaque positivo em um papel coadjuvante.

Quem não ama uma boa comédia romântica? Sei que esse gênero, que tomou conta dos anos 90/2000 e parece ter perdido a força, tem seus problemas com perpetuação de esteriótipos. Quando bem feito, no entanto, agrada todo mundo. “Menos eu” você diz? Não precisa tentar me enganar. Palm Springs é divertido e impossível de não gostar.

Nota: 8,7

Minha opinião em uma frase: Palm Springs expande o conceito de “presos em um loop temporal” e o transforma em algo novo, fresco e divertido — sem fugir das implicações filosóficas.

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