Caralho a 4: INTRO

Vinícius Silveira
Caralho à 4
Published in
4 min readJul 17, 2020

Bom dia, boa tarde e boa noite queridos e queridas leitores e leitoras. Meu nome é Samara, tenho 14 anos (Teria se estivesse viva), morri aos 13 em Cascavel-PR. Opa, texto errado. Aqui quem fala é o seu caro amigo, companheiro, fiel escudeiro e eventualmente amante, Vinícius Silveira, com a INTRO do Caralho a 4, um projeto de um projeto do que as pessoas chamavam por volta de 2005 de BLOG.

Então, você caro leitor deve estar se perguntando como veio parar aqui nesse canto horrível da web e eu prontamente respondo: TAMBÉM NÃO SEI, já que eu não paguei milhões de reais em publicidade através do nosso amigo Zuckerberg (a quem eu gosto de chamar carinhosamente de Osama Bin Laden dos algoritmos e a Cambridge Analítica que tá mais pra Al Qaeda Analitica), mas já que você está aqui, porque não ouvir o que eu tenho a pregar? Você não deve ter nada de melhor para fazer mesmo. Qualquer coisa exclua imediatamente e corte relações com a pessoa que te recomendou isso aqui, você não merece.

Esse é um projeto de blog, que inicialmente era um projeto de podcast, no qual eu, um puta de um Zé ninguém, decidi trazer informações meio checadas, críticas quase estruturadas e argumentos pouco interessantes para falar de música, algo que eu simplesmente nunca soube fazer, até por isso tô me arriscando aqui. Eu que sou historiador e homem entendo bem de fazer as coisas pela metade. Não, não, sério agora, a proposta, que eu expandi um pouco desde a ideia inicial de podcast porque nem isso eu soube fazer, é a gente trocar uma ideia sobre música, cinema, séries, cultura e toda sorte de coisas desinteressantes de forma descontraída (porque assim eu consigo mascarar melhor a minha imbecilidade). Eu falo a gente não porque eu sou muito necessitado de atenção e carinho, digo, eu sou, mas mais porque eu pretendo estar aberto a qualquer tipo de sugestão de tema para além dos que eu vou trazer. Fiquem à vontade, eu sei tão pouco quanto vocês.

A ideia do blog surgiu a partir de uma inquietação minha com os debates na internet a respeito da cultura hip-hop inicialmente, mas também com os debates sobre entretenimento de forma geral, que estão todos poluídos por uma superficialidade colocada nessas questões do cancelamento de pessoas, da banalização do debate histórico e social e por uma espécie de inquisição para buscar quem é o culpado por toda essa merda que vivemos hoje, ou para simplesmente tirar o seu da reta. Nesse sentido, vou acabar falando mais de música aqui, porque é o que eu mais entendo (muito pouco), fazendo algumas resenhas de álbuns, perfis de artistas e comentários sobre música de forma geral. Porém, também quero falar sobre os meus filmes e séries preferidos, porque sei lá, sempre senti como se nunca me identificasse com o que falam sobre os mesmos, então talvez mais gente se sinta assim também e possa encontrar um carinho gostoso nos meus textos. Vou repetir isso pra mim mesmo para ver se assim ficam menos egoístas os motivos de estar escrevendo tudo isso.

Para os guardinhas de plantão, eu preciso falar quais são meus rappers e discos preferidos para passar no teste de lugar de fala? Bom, eu começaria por Costa Gold. Brincadeira, brincadeira, não me matem e não me cancelem, por favor. Apesar de que vou ser obrigado a admitir que sou um entusiasta de rappers brancos e falarei sobre eles aqui, mas bem poucos, ok?

A questão é que o pouco que eu entendo mesmo é sobre cultura, já que sou formado em história, esse diploma tem que servir pra alguma porra, né. Nesse sentido, eu penso que não podemos falar sobre cultura sem falar sobre todas essas questões referentes ao entretenimento, a música, o cinema, as séries e enfim, todas as coisas que capturam nossa realidade e a própria história e colocam numa telinha que vai rodar o mundo. A história e todos os nossos desafios e problemas da realidade e do presente SEMPRE perpassam essas produções e não podemos falar em cultura sem falar em história. Assim, eu tenho aqui pra mim a ideia de que a gente só pode entender o presente através do passado (e vice-versa), por isso a História é tão importante pra tudo que a gente pensa no campo da cultura ou das formas de expressão da nossa realidade no presente. O presente é uma PUTA fonte de significado pra tudo que a gente faz no campo da história e o objetivo é também refletir sobre isso nas produções culturais que eu vou deturpar aqui.

Escrever sobre coisas que eu não entendo, que eu não sou formado e que eu tenho só um pouco de legitimidade para escrever ou falar? Acho que já posso me considerar um jornalista. Mas ok, o nome do blog é “Caralho a 4” porque eu espero que vocês não levem absolutamente NADA do que eu falo aqui a sério. Talvez só algumas coisas, quando eu estiver tentando ser engraçado e não conseguir, porque o meu objetivo aqui é atuar naquele espaço onde você lê algo apenas 15% engraçado e só dá aquele arzinho pelo nariz, sabe? O resto é tudo delírio. Enfim, não quero que vocês descubram agora o quanto eu sou ruim, por isso não vou me estender muito, fiquem mais um pouco, talvez piore e não vai ter bolo!

E nunca se esqueçam: forever hollering “Hootie Hoo!” when we see cops.

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