Curiosidade

Fernando do Carmo
carmodivita
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3 min readJun 4, 2017

Talvez deveríamos criar nossas perguntas para solucionar problemas da humanidade, ou encontrar nosso caminho, ao invés de simplesmente encontrar respostas para já existentes, de como salvar o mundo ou o que fazer da vida.

Já no quinto dia fico sem assunto para meus textos diários, andei o dia inteiro por São Paulo, aproveitando que minha mãe está me visitando nesse final de semana, Mas não quero que isso me impeça de continuar meu plano de junho. Por isso decidi escolher um tema e dissertar sobre ele, no caso a curiosidade.

Estou assistindo a serie Genius da National Geografic, sobre o físico Albert Einsten, e até o momento é uma ótima série para quem interessa pela história do personagem. Além disso, a serie me trouxe uma percepção diferente de um homem que é considerado como sendo um dos gênios da humanidade. Não em relação com o modo dele tratar as pessoas à sua volta, ou de desconfiar de sua sabedoria, mas o que notei foi que minha ideia de genialidade não é um homem, ou mulher, que nasce com dons da sabedoria, ou capacidade desde criança para responder grandes questões de física, matemática, entre outros assuntos.

Essa concepção de genialidade talvez é divulgada pela mídia, mas segundo a serie, e acredito realmente na ideia, Eistein não era muito bom com matemática, caligrafia e outros assuntos, da qual era fortemente ajudado por seus amigos e esposa e graças a ele conseguiu chegar onde chegou. Mas o que deve realmente ser destacado, e acredito que é aí que lhe dá a aptidão para se tornar gênio, sua imaginação. Ainda segundo a serie Genius, Einstein era um inquieto e rebelde com o modo de ensino da época, além dos professores que tentavam faze-lo decorar formulas e não questionavam as afirmações dos antigos Genius da história. O que lhe dava esse papel de rebelde era sua curiosidade, sua persistência para obter respostas que outros professores apenas respondiam “porque é assim, e sempre foi”.

É provável que exista outras definições de gênios, mas essa ideia de que um gênio é uma pessoa curiosa, que não aceita facilmente qualquer resposta e que é capaz de ir atrás delas mesmo. Além disso, a capacidade de elaborar perguntas para algo que ninguém esperava, ou respostas para algo que ninguém nunca imaginou perguntar, criando uma nova perspectiva de um assunto. Essa capacidade de se perguntar e tentar responder foi totalmente decisivo para transformá-lo em gênio, e se não me engano, na época, a sua mais famosa teoria da realidade tinha sido provada, sendo feita a poucos anos.

Então não seria a nossa curiosidade além da média, nossa capacidade de fazer perguntas sobre assuntos que nos interessam, tentar responde-las mesmo que ninguém esteja perguntando, ou trazer novas perspectivas para assuntos que outros tratam como resolvido, seja o caminho para nos encontrar como gênio, ou na vida.

Quem sabe se ao invés de tentarmos encontrar respostas para qual nosso objetivo na vida, qual o objetivo da humanidade, o que queremos ser quando crescer, ou qualquer questão que estão presentes no dia a dia e confunde mais e mais a mente do jovem adulto atual, não deveríamos criar nossas próprias perguntas para nossa vida.

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Fernando do Carmo
carmodivita

Estudante de Jornalismo. Pesquisa e discute novos modelos de negócio para sustentar a profissão na era digital.