Dicas que ajudam na hora de se candidatar a uma vaga para designer

Este texto contém parte do conteúdo que eu queria ter lido a 7 anos atrás.

Beatriz Marassi
Caronte Design
3 min readMay 25, 2019

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Sempre que há recrutamento para vagas na área de design gráfico observo erros comuns e muito simples de serem evitados, resolvi então escrever este texto para ajudar quem está buscando um emprego em uma carreira criativa.

1. Não apresente o seu currículo sem portfólio.

É importante saber a formação do candidato e as experiências profissionais, mas mais importante ainda é entender como ele trabalha e sem o portfólio não é possível avaliar.

Se você está buscando uma vaga de estágio e não tem grandes projetos, não tem problema. Adicione os trabalhos acadêmicos que mais te orgulham ou projetos autorais experimentais. A análise do portfólio é importante para entender como o candidato organiza as ideias, trabalha a hierarquia de informação e apresenta os seus projetos.

dica!
Se você está começando e ainda não tem projetos para apresentar, uma dica é adotar um briefing de alguma entidade que precisa: hospitais, orfanatos ou ONGs. Aqui tem alguns projetos esperando adoção.

2. A extensão do currículo.

Nem sempre é um designer com boa vontade que irá fazer a triagem dos currículos recebidos. Portanto, opte por um caminho seguro.

Extensões como jpeg, png, tiff não são uma boa solução. Recebi materiais realmente interessantes nestes formatos, mas infelizmente a maioria deles era pesadíssima e com uma péssima compactação do texto.

Mande um pdf, levinho, onde seja possível selecionar o texto, marcar comentários e o mais importante: atenção ao peso do arquivo.

3. Apresente seu trabalho de forma organizada e prática.

Muitos candidatos enviam vários jpegs soltos anexos ao e-mail junto do currículo sem explicação sobre o que é cada coisa. Esta não é a melhor maneira.

Se você está se candidatando a uma vaga de design ou correlatas, consolide de forma organizada os seus melhores projetos em uma plataforma digital ou em um pdf leve. Seja sucinto, selecione os melhores e levante pontos importantes sobre eles.

4. A vaga é de criação mas não abuse da informalidade.

Alguns candidatos tendem a abusar da informalidade na sua descrição ou no trato por e-mail. A vaga é para a área criativa, mas lembre-se: o recrutador não é seu amigo de infância. Evite usar no e-mail palavrões e gírias:

– Podemos conversar sexta às 16h?
– Cara, esse horário é foda pra mim porque tô no meu trampo atual.

Seja simpático e tente conversar com o recrutador no mesmo tom e esforço com o qual ele escreve. Outra dica é observar os textos descritivos no anúncio da vaga e como a marca se comunica em seus canais. Se na comunicação houver abertura para uma linguagem mais despojada e divertida, tudo bem usar, mas espere que isso parta do contratante.

5. Faça a lição de casa: estude a marca.

Antes de ir até a entrevista, faça uma pesquisa. É importante entender o segmento onde essa marca atua e os públicos com os quais ela comunica. Busque dentre as coisas que você já realizou o que tem comunhão com a empresa e exponha isso ao contratante.

Espero que essas dicas ajudem.

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