Armadilhas do empoderamento feminino: O filme Cuties e a hipersexualização infantil.

Cecília Nayane
CARPAS
Published in
13 min readSep 24, 2020

O filme francês Mignonnes, traduzido para o inglês como Cuties, estreou no Festival Sundace de Cinema de 2020 em janeiro e entrou para o catálogo da plataforma de streaming Netflix em setembro. No entanto, apesar de ter sido aclamada pela crítica europeia, a narrativa apresentou dificuldades de aceitação pelo público geral e divisão de opiniões por conta da abordagem feita acerca da temática do filme.

O enredo conta a história da protagonista Amy, uma menina senegalesa de 11 anos que vive em uma família tradicionalmente muçulmana e, ao encontrar seu lugar em um grupo de dança na escola, precisa enfrentar divergências com seus parentes, apresentados como conservadores. Contudo, as polêmicas que giram em torno da obra estão presentes na forma como este grupo de dança foi construído. Segundo a primeira sinopse do catálogo do Netflix,

Amy tem apenas 11 anos e fica fascinada por um grupo de dança. Para se enturmar, ela começa a explorar a própria feminilidade e desafia as tradições da família”.

Como uma menina de 11 anos explora a própria feminilidade? É neste ponto onde a narrativa recebe mais críticas: o grupo de dança é composto por pré-adolescentes completamente hipersexualizadas, com roupas que não deveriam estar sendo usadas por crianças, como saias curtas e saltos altos. As coreografias contém forte influência dos estilos twerk e pop dance, ou seja, são focadas em passar uma mensagem de sensualização. Ademais, diversas vezes o telespectador se depara com enquadramentos vergonhosos e longos em partes do corpo como as partes íntimas e a barriga, poses inapropriadas e interações das atrizes com as câmeras como se fossem mulheres adultas em uma tentativa de sedução.

Cartazes de divulgação do filme Cuties no Netflix. Após críticas ao primeiro cartaz (direita) ele foi substituído pelo poster à esquerda. Fonte: Reprodução

Destarte, a reafirmação constante da sexualidade precoce do grupo é o foco de todo o enredo, além de demonstrações da falta de educação sexual destas crianças por meio de diálogos explícitos, como quando as atrizes comentam mitos sobre gravidez. Nesse contexto, o filme Cuties tem gerado repercussão midiática e há até petições online a favor da retirada do produto do catálogo do Netflix. Apesar disto, a própria plataforma defendeu o filme em uma declaração feita à Variety: ´´‘Cuties’ é uma crítica social à sexualização de crianças. É um filme premiado, com uma história poderosa sobre a pressão que jovens meninas sofrem das redes sociais e da sociedade em geral enquanto crescem — e encorajamos qualquer pessoa que se importa com este tema fundamental a assistir ao filme.´´

Ademais, a escritora e diretora do enredo, Maïmouna Doucouré, também traz a visão de que Cuties é exatamente uma crítica à sexualização infantil e ao fato da erotização ser posta como um meio de libertação. No filme, é clara a visão de que as meninas que dançam pop e usam uma maquiagem carregada são tratadas como empoderadas e livres, enquanto a garota senegaleza é colocada em um papel de inferioridade por não poder “expressar sua feminilidade”. No entanto, há uma questão muito delicada entre mostrar esta realidade, traçando uma crítica concreta e expor as atrizes, deixando-as vulneráveis.

Outra questão que se pode levantar acerca do desenvolvimento do enredo do filme é o orientalismo. Mesmo com a presença de uma mulher mulçumana na liderança do projeto e que se inspirou nas suas experiências pessoais para o desenvolvimento do enredo, a construção da personagem Amy ainda conta com a reprodução de estereótipos acerca da crença de sua família e este assunto é abordado de forma rasa e fraca em vista de sua importância. As tradições familiares da personagem são postas na categoria de prisão e limitação enquanto o grupo de dança das meninas francesas é considerado uma forma livre de expressão, autonomia e amadurecimento. Mesmo que o objetivo fosse realizar uma crítica, o desenvolvimento do filme não foca em diálogos conscientizadores sobre a realidade das famílias mulçumanas na Europa, mas sim sobre como a protagonista, sem personalidade própria e cheia de problemas pessoais, precisa ser salva de sua realidade pelas meninas do grupo de dança. Amy torna-se uma figura completamente caricata lançada para o consumo de um público majoritariamente ocidentalizado.

Em uma das cenas, a protagonista se encontra com sua vizinha na lavanderia do condomínio e há uma clara dicotomia entre duas personagens: A menina mulçumana, de hijab, completamente assustada e perdida diante de problemas familiares e estruturais; e a sua vizinha, despreocupada com a vida, fazendo chapinha com um ferro de passar roupas, vestindo uma legging apertada e dançando ao som de uma música latina como se não existissem complicações, tratada como um sinônimo de autoconfiança. Enquanto Amy precisa cuidar dos irmãos depois da escola, as crianças do seu prédio são livres para dançarem e se divertirem o dia todo, conversando abertamente sobre temáticas que a protagonista nunca pensou que poderia ser livre para falar.

Fonte: IMDb/Reprodução

Dessa forma, os cortes e focos de câmera desnecessários, as danças hipersexualizadas e longas e a vida das meninas do grupo parecem ser colocados como mais importantes que a crítica trazida pelo filme. Além disso, a “moral da história” só é apresentada ao telespectador nos últimos minutos do enredo. Assim, a erotização infantil exposta desnecessariamente acaba sendo uma reprodução daquilo que pretendiam criticar e a provocação social em si torna-se secundária, visto que não há o desenvolvimento necessário e suficiente das personagens diante da abordagem de pautas tão complexas. Utilizar de recursos visuais para causar um choque no público é algo muito delicado quando se trata da imagem de crianças.

Diante desse contexto, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, lançou um ofício solicitando a retirada da exibição do filme Cuties no país. No entanto, a especialista e secretária executiva do Cineduc: Cinema e Educação, Bete Bulara, declarou que a análise de Damares é sensacionalista, já que o filme expõe a realidade da sexualização de crianças e que o objetivo é trazer uma reflexão acerca da dinâmica nociva das redes sociais sobre a erotização infantil. Apesar da obra ter pesado a mão na exposição da imagem das atrizes e não possuir um bom desenvolvimento da crítica e das personagens, é fato que as intenções da ministra são apenas moralistas. Mesmo que haja falhas no objetivo de conscientizar, o que o enredo expõe é uma realidade. No entanto, as autoridades públicas estão mais preocupadas com a exibição de uma obra cinematográfica do que com o combate à problemática em si.

A erotização infantil disfarçada de autonomia feminista.

“O feminismo liberal oferece o álibi perfeito para o neoliberalismo. Ocultando políticas regressivas com aura de emancipação, ele permite que as forças que sustentam o capital global retratem a si mesmas como progressistas.”

— Feminismo para os 99%: um manifesto.

O feminismo liberal é uma vertente que encontra-se fortemente presente nos veículos midiáticos. As principais pautas desta linha de pensamento baseiam-se numa ideia meritocrática de ascensão social por meio da conscientização individual acerca das opressões, chamado de empoderamento. Supostamente, quando uma mulher “se empodera”, ou seja, toma o poder da sua própria vida, as portas se abrem para ela e, a partir de processos de autolibertação, a emancipação de todas as mulheres seria conquistada. Uma das formas mais divulgadas de empoderamento e força feminina é a liberdade individual e sexual.

No entanto, este feminismo mainstream não apresenta soluções pertinentes para o combate às opressões de gênero, muito menos preocupa-se com análises de raça e hierarquia social. É um feminismo que permite que uma parcela mínima de mulheres (ricas e brancas) ocupe posições para o interesse de sua própria classe. Em vez de destruir os mecanismos de poder, o capitalismo utiliza do feminismo liberal para diversificar quem está no topo destas estruturas, causando uma falsa sensação de representatividade e liberdade de escolha.

Logo, a fim de reforçar esta imagem falsificada de luta por igualdade, a mídia incorpora um discurso aparentemente progressista que celebra a diversidade dos corpos femininos, a beleza e o poder das mulheres, ao mesmo tempo que continua a explorar trabalhadoras e reforçar os aspectos racistas da indústria da beleza. Por isso, esta vertente torna-se vazia, elitista, onde as pautas de gênero são incorporadas pelo capitalismo como uma forma de “reformismo de autodefesa”, conceito trabalhado pelo sociólogo Florestan Fernandes, transformando movimentos políticos em mercadoria com o fito de neutralizar qualquer faísca de pensamento realmente revolucionário. Para alcançar sua independência, é dito que você só precisa apoiar marcas pró-feminismo, acreditar em si mesma e vestir aquilo que quiser, afinal, ´´meu corpo, minhas regras´´.

Camisetas “Girl Power” C&A. Fonte: https://www.cea.com.br/blusa-infantil--girl-power--manga-curta-decote-redondo-em-algodao---sustentavel-rosa-9168467-rosa/p

Destarte, esta ideia da liberdade individual como caminho para a autonomia feminina possui um impacto muito grande entre as meninas, contribuindo para o processo de adultização e erotização. O modelo de sucesso ilusório construído é de uma mulher branca, empresária, segura sobre seu corpo e sexualmente “livre”. Por exemplo, dentro do filme “Cuties”, a hipersexualização das meninas do grupo de dança como forma de independência é uma mensagem muito clara. Essa visão é construída nos comerciais, na moda, em slogans e músicas que relacionam diretamente o amor próprio a determinado estilo de vestimenta e comportamento com o objetivo claro de alcançar lucro, visto que o mercado consumidor adolescente tem crescido exponencialmente ao longo dos anos e consiste em um público considerado facilmente influenciável.

Logo, diante de tanta exposição, uma das principais consequências dessa adultização vendida como amor próprio está no impacto na autoestima desse público pré-adolescente. Por exemplo, a Amy, protagonista do filme citado anteriormente, não entra para o grupo de dança na escola por amar a arte, mas sim pelo sentimento de inferioridade em relação as suas colegas e a baixa autoestima desenvolvida por não poder agir de um jeito “descolado” e tratado na narrativa como sinônimo de confiança.

Além disso, pode-se citar como outro exemplo um acontecimento, em maio de 2020, em que o nome da atriz Mel Maia apareceu nos Trending Topics do Twitter por conta de um vídeo postado pela garota para anunciar seu aniversário de 16 anos. Na mídia em questão, um lomotif, a menina aparecia com roupas curtas e realizando danças hipersexualizadas. Nesse contexto, a opinião do público na internet dividiu-se em 3 principais posicionamentos: Primeiro, havia uma quantidade considerável de homens ofendendo e assediando a atriz, principalmente depois que o vídeo foi repostado em um site pornográfico por um usuário; em um segundo grupo, uma parcela do público tecia críticas à exposição de Mel Maia e apontava os perigos que meninas sofrem na internet ao mostrarem seus corpos; e, por fim, uma terceira parte opinou que não havia problemas na exposição da menina, já que o corpo é uma propriedade dela e este comportamento seria uma livre expressão de uma mulher empoderada.

Em resposta aos comentários, a adolescente deu a seguinte declaração:

“Apaguei meu lomotif, pq nao posso mais me amar q esse povo reclama, ent vou deixar aqui uma foto qualquer pra registrar meus 16 anos”

— Mel Maia via Twitter, 3 de maio de 2020.

Ainda mais, fica claro como veículos midiáticos incentivam e dão destaque a este tipo de conteúdo pelo fato de gerar audiência (seja críticos ou assediadores), naturalizando a adultização, deixando a criança ainda mais vulnerável e desumanizando-a perante o público. Estes são os resultados para a pesquisa “mel maia” na aba de notícias do Google:

Dessa forma, é evidente que a menina sofre com uma espetacularizão do corpo feminino ainda em sua condição de criança e há traços de uma relação entre a exposição e a autoimagem. Do mesmo modo, é fato que este “empoderamento” não serve apenas aos interesses lucrativos da indústria da beleza, da moda e da mídia, mas também anda de mãos dadas com a naturalização e perpetuação de uma cultura da pedofilia que movimenta capital dentro e fora das redes sociais.

A quem serve a espetacularização do corpo de meninas?

A vitimização infantil consiste em uma das violências mais praticadas dentro da família e configura-se como um dos pilares das contradições sociais presentes nesta instituição patriarcal e heternormativa. Em 2018, um levantamento obtido pelo jornal O Globo por meio de dados do Ministério da Saúde constatou a ocorrência de 32 mil casos de abuso sexual infantil no Brasil.

Estudos presentes relacionam diretamente a questão da hierarquização de gênero no âmbito familiar com a realidade de que a maioria dos abusos infantis acontece dentro de casa (cerca de 70% no Brasil de acordo com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos) e as vítimas são majoritariamente meninas. A construção da família como algo sagrado, abstrato e como um meio de mostrar ascensão e estabilidade sociais transformou-a em uma cúpula fechada, onde tudo deve ser protegido e abafado: inclusive os escândalos de abuso.

“Esse segredo familiar pode percorrer várias gerações sem ser denunciado. Há um mito em torno dele, não se fala, mas todos sabem ou parecem saber da sua existência, mesmo que ignorem o conteúdo; mas silenciam, num pacto inconsciente com o agressor ou em nome de uma pseudo-harmonia familiar.”

— Violência e abuso sexual na família, Maria de Fátima Araújo, 2002.

Além da questão de gênero, a vitimização de menores também relaciona-se com fatores de raça e classe (Saffioti,1999). Segundo um relatório mundial divulgado pela revista britânica The Economist, os países com melhores resultados no combate ao abuso infantil estão entre os mais ricos do mundo: Reino Unido, Suécia e Canadá lideram o topo da lista enquanto Egito, Moçambique e Paquistão encontram-se nas últimas colocações. Dessa forma, em um mundo marcado pela negligência acerca da vitmização de crianças, seja dentro do lar, seja acerca da inviabilização da problemática em escala global, é fato que este crime migraria para o ambiente digital em uma sociedade globalizada.

Demonstra-se esse contexto, por exemplo, por meio de um relatório da ONG Safernet Brasil onde foi constatado que a pornografia infantil representa a maior parte das denúncias de crimes virtuais no Brasil. Em 2018, a organização registrou mais de 60 mil denúncias no país e mais de 1 milhão em escala mundial. No entanto, o combate das próprias plataformas online contra esses conteúdos parece mínimo e é neste ponto onde encontra-se a força da problemática da erotização infantil no meio digital e midiático.

Por exemplo, já que o objetivo das redes sociais é manter o indivíduo online, excluir conteúdos onde crianças aparecem hipersexualizadas não seria viável economicamente para estas empresas, visto que o número de usuários de pornografia infantil cresce a cada ano. Pelo fato de ter um grande “público”, contas de meninas erotizadas viralizam, são mais recomendadas pelo algoritmo e, apesar destas plataformas declararem que a pornografia infantil fere as diretrizes da comunidade, estes perfis não são excluídos. As fotos virais da atriz Mel Maia discutidas anteriormente chegam a dez mil comentários e seu instagram possui mais de nove milhões de seguidores. Excluir ou diminuir o alcance de uma conta assim não é do interesse financeiro de nenhum anunciante. Assim, aliado com a normalização desse comportamento adultizado por parte da mídia e do próprio feminismo, perpetuá-lo torna-se mais fácil.

Por exemplo, em 2015 a revista Capricho publicou uma matéria sobre a hipersexualização infantil nas redes sociais e citou como exemplo a cantora brasileira Melody, de 13 anos, que apresenta traços de erotização desde o início de sua carreira, quando tinha 8 anos. O post do site problematizou o desaparecimento da infância e como as plataformas online obtém engajamento com as redes sociais destas crianças, além de apresentar um compilado de comentários nas fotos publicadas no Instagram oficial da cantora:

Esta foto de Mc Melody viralizou e alcançou mais de 240 mil curtidas. Atualmente, a menina possui mais de 8 milhões de seguidores apenas no Instagram. Fonte: Revista Capricho. <https://capricho.abril.com.br/comportamento/mc-melody-e-a-geracao-de-meninas-adultificadas-e-sexualizadas/>

Diante de uma carreira repleta de polêmicas por conta do comportamento da menina, em 2015 o Ministério Público abriu um inquérito para investigação acerca de suspeita de ´´violação ao direito ao respeito e à dignidade de crianças/adolescentes´´ em decorrência de denúncias encaminhadas pela Ouvidoria do Ministério Público e por cidadãos. Além disso, outros cantores mirins como MC Pikachu e MCs Princesa e Plebeia também entraram no processo. No entanto, a maioria das investigações não tiveram resultado, evidenciando a ineficácia estatal. No início de 2019, outro inquérito foi aberto para investigação de MC Melody, mas segue sem resolução.

Ao invés de investir em medidas que punem os mercados que se beneficiam dessa problemática e promover a abordagem da temática nas escolas, os orgãos públicos optam pela abertura periódica de investigações isoladas que raramente apresentam resultado e focam na culpabilização da vítima e de seus familiares. Estas atitudes são uma cortina de fumaça que esconde as raízes estruturantes da erotização infantil no seio familiar e a quem ela serve. Assim, não se trata de um mal social abstrato, visto que há interesses ideológico e econômico para que a hipersexualização perpetue como uma forma de normalização da adultização de crianças e espetacularização de seus corpos. Portanto, não há alternativa eficaz dentro de um contexto capitalista: A solução está no desmonte das estruturas.

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, Maria de Fátima. Violência e abuso sexual na família. Psicol. estud. vol.7 no.2 Maringá Jul./Dec. 2002. Disponível em:<https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722002000200002>. Acesso em: 20 de jul. de 2020.

GARSKE, Caroline. Brasil teve 60 mil denúncias de pornografia infantil em 2018. O Informativo, 20 de mar. de 2019. Disponível em: <https://www.informativo.com.br/geral/brasil-teve-60-mil-denuncias-de-pornografia-infantil-em-2018,295404.jhtml>.

HAMLIN, Cynthia. PETERS, Gabriel. Consumindo Como Uma Garota: Subjetivação E Empoderamento Na Publicidade Voltada Para Mulheres. Lua Nova, no.103, São Paulo jan./abr. 2018. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-64452018000100167&lng=pt&tlng=pt>.

MINISTÉRIO divulga dados de violência sexual contra crianças e adolescentes. Gov.br, 18 de mai. de 2020. Disponível em: <https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2020-2/maio/ministerio-divulga-dados-de-violencia-sexual-contra-criancas-e-adolescentes>.

SABAGGA, Julia. “Cuties é contra a sexualização de crianças”, diz Netflix sobre filme polêmico. Omelete, 11 de jul. de 2020. Disponível em: <https://www.omelete.com.br/netflix/cuties-netflix-se-pronuncia>.

VILELA, Pedro Rafael. Mais de 70% da violência sexual contra crianças ocorre dentro de casa. Agência Brasil, Brasília, 18 de mai. de 2020. Disponível em: <https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2019-05/mais-de-70-da-violencia-sexual-contra-criancas-ocorre-dentro-de>.

--

--

Cecília Nayane
CARPAS
Writer for

"Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros." | Estudante latino-americana.