Dívidas pessoais prejudicam o rendimento profissional dos trabalhadores, aponta pesquisa

Brasil conta atualmente com 63 milhões de pessoas no SERASA

Por: Matheus Jacomin de Moura

Segundo especialistas, o chamado estresse financeiro — a preocupação excessiva e constante das pessoas sobre suas finanças pessoais — prejudica a saúde do funcionário e consequentemente, o seu desempenho profissional. O fenômeno está diretamente relacionado ao cenário econômico que o Brasil atravessa.

No momento, a taxa de desemprego no país segue em elevados 11,8% e são tímidos os indícios de uma retomada econômica, com o PIB crescendo abaixo de 1% e o risco de uma nova recessão já no ano que vem. A precarização do trabalho e o atual aspecto socioeconômico geram um preocupante efeito em cascata.

“Por exemplo, falta de dinheiro, a pessoa não sabe como vai sustentar a família. Isso gera uma insegurança muito grande em relação ao futuro e em relação ao próprio presente que a pessoa está vivendo. O estresse financeiro pode desencadear uma série de problemas, tanto físico como emocionais. Para as empresas, os principais impactos são a queda da produtividade, aumento de faltas e aumento de doenças laborais”, afirma a pesquisadora Eliana Harder, que desenvolveu recentemente seu mais novo trabalho acadêmico: “Saúde financeira dos colaboradores: Gestão da Qualidade de Vida no Trabalho”.

Para o Podcast Carreiras & Profissões, Eliana contou um pouco mais sobre os resultados de seus levantamentos e quais ações podem e devem ser adotadas pelo governo e iniciativa privada para a redução do estresse financeiro no país. Confira: