A permanência da música clássica na atualidade

Rafaela Hermes
Carretel Arte & Jornalismo
2 min readJul 7, 2018

A história da música clássica

Feito e editado por Rafaela Hermes

A música clássica é um estilo musical antigo?

A visão que temos sobre a música clássica está ligada ao seu contexto histórico, pois é comum, atualmente, pensarmos nela como um gênero musical antigo. A busca dos compositores desde o início século XVIII em recuperar os ideais artísticos da Antiguidade Clássica pode ser uma possível razão para isto, pois músicos consagrados, como Mozart e Beethoven, criaram suas obras em um período que buscava resgatar um estilo de arte do passado.

As pessoas ainda se interessam por música clássica?

Esta relação histórica com ideias artísticas da Grécia Antiga pode fazer parecer que a música clássica seja algo distante do contemporâneo e que já não desperta mais o interesse das pessoas. Em 2015, ao perceber que a maior parte do seu público era de uma faixa etária muito mais elevada, a pianista australiana, Anna Goldsworthy, escreveu para a revista The Monthly que sua audiência estava morrendo — literalmente — e pode ser que não tenha uma nova geração para substituí-la.

Em um pequena pesquisa feita por nós, no Facebook, das 74 pessoas que responderam, 23 disseram que nunca escutam música clássica; 19 disseram que escutam frequentemente; 16, raramente; e 16, às vezes.

Porém, a música clássica ainda é muito presente nos dias atuais: em filmes, séries e desenhos animados. “Algumas músicas em específico têm despertado o interesse dos brasileiros nos últimos anos, especialmente por causa da mídia. Músicas como Sonata ao Luar, de Beethoven, e Clair de Lune, de Debussy, são muito pedidas por estudantes de música e conhecidas por fazerem parte do jogo Resident Evil e do filme Crepúsculo, por exemplo”, afirma Rafael Bittencourt, professor de piano e dona da escola Musicollege, em Canoas.

Ele ainda diz que as pessoas não percebem o quanto a música clássica faz parte dos seus repertórios musicais. “A música Brilha brilha estrelinha foi composta por Mozart, e a canção de ninar foi composta por Brahms”, exemplifica o professor. Para ele, a ausência do contato da maioria da população brasileira com algum instrumento clássico, como o piano ou o violino, pode ser uma das razões para que o conhecimento musical erudito seja geralmente mediado apenas pela televisão e cinema.

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