Futebol na RMC: Estádio Décio Vitta, em Americana (SP)

Letícia Oliveira
Casal Torcedor
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3 min readJun 26, 2020
(Foto: Thiago Barreto/Rio Branco EC)

Começando a nossa série #groundhopper pela Região Metropolitana de Campinas, vamos conhecer um pouco mais sobre o Estádio Décio Vitta, de Americana. Por aqui, trarei um pouco do passado e do presente, além de algumas curiosidades sobre o campo do Tigre.

Espero que vocês gostem!

Um pouco de história

Também conhecido como Rio Brancão, o Estádio Décio Vitta foi inaugurado no dia 1º de maio de 1977. Localizado no bairro Jardim São Domingos, em Americana, o estádio tem capacidade para pouco mais de 16 mil torcedores.

Em 1954, o clube cedeu seu campo de futebol à Prefeitura de Americana — no local, foi construída uma escola. Em troca, a Administração ofereceu outras duas áreas, e o Rio Branco aceitou esta, de 50.000 m², onde o novo estádio foi instalado mais de 20 anos depois. A doação do terreno foi feita pela influente família Zanaga.

A construção do Estádio Décio Vitta começou só em 1971 após um acordo entre o clube e a Administração Municipal. Um fato curioso é que em 77, no jogo de inauguração, não foi o Rio Branco quem estreou no gramado, mas sim outro time da cidade, o Americana Esporte Clube, que venceu o Taubaté pelo placar de 2 a 0. Extinto dois anos depois, o Americana foi incorporado ao Rio Branco, em 1979, que passou a ser o único clube representante do município.

Registro da construção do estádio (Foto: Arquivo pessoal/Claudio Gioria — Reprodução/Rio Branco EC)

A partir de 2009, o que se registra são alguns desacordos entre o Rio Branco e a Prefeitura de Americana. Inicialmente, o clube cedeu a administração do estádio ao órgão público em regime de comodato, pelo período de 30 anos. Em outubro de 2016, porém, o prefeito Omar Najar rescindiu o contrato e o devolveu ao Rio Branco. No período de vigência do acordo, o estádio era tido como “municipal”, mas desde maio de 2017, quando a rescisão foi, de fato, formalizada, o campo voltou a ser uma propriedade particular do clube.

Importante destacar que no Cadastro Nacional dos Estádios de Futebol da CBF, formulado em 2016, o estádio ainda consta como sendo da Prefeitura.

Dias atuais

Antes da paralisação das competições esportivas em função da pandemia do novo coronavírus, o Rio Branco de Americana estava disputando apenas o Campeonato Paulista Sub-23. Já a equipe principal se preparava para o início da Segunda Divisão do Campeonato Paulista, a chamada ‘Bezinha’, que estava prevista para começar em abril, mas que também precisou ser adiada.

Atualmente, o Estádio Décio Vitta abriga os treinamentos do Guarani, que reiniciou suas atividades. O Bugre foi impedido pela Prefeitura de Campinas de retomar os treinos no Brinco de Ouro por conta da situação epidemiológica da cidade — até a data dessa publicação, eram quase 7 mil casos confirmados da doença e mais de 270 mortes por Covid-19.

O clube campineiro, então, acordou com o Rio Branco a cessão do estádio e também com a Prefeitura de Americana, que deu o aval para que a equipe pudesse treinar na cidade, respeitando as recomendações sanitárias e as regras de higienização.

Alguns destaques

  • Vários clubes iniciaram campanhas de arrecadação para doações aos que mais precisam nesse momento difícil de pandemia. O Rio Branco é um dos mais engajados da RMC: disponibilizou a sede do clube e também o Estádio Décio Vitta para receber alimentos não perecíveis, que foram destinados ao Fundo Social de Americana, além de divulgarem campanhas de doação de sangue. Golaço do Tigre!
  • O maior público já registrado no Décio Vitta foi em 93, em uma partida contra o São Paulo. O time de Americana, na época, venceu o Tricolor por 1 a 0, em jogo que contou com a presença de 19.173 pessoas.

FICHA TÉCNICA
Estádio Décio Vitta
Rua Carminé Feola, 1073 — Jardim São Domingos — Americana, SP
Capacidade para 16.300 pessoas
Casa do Rio Branco Esporte Clube, o Tigre da Paulista

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Letícia Oliveira
Casal Torcedor

Jornalista, 30 anos, palmeirense de coração, apaixonada por futebol e cria de arquibancada.