Governo de SP autoriza, e Paulistão volta no dia 22

Letícia Oliveira
Casal Torcedor
Published in
2 min readJul 8, 2020
Morumbi vazio: estádio do São Paulo pode sediar jogos na reta final (Foto: Reprodução/Folha de S. Paulo)

É, amigos… Agora é oficial! Em coletiva de imprensa dada no início da tarde desta quarta-feira (08), o governador João Doria anunciou que o Paulistão volta daqui duas semanas. Os jogos, como já era esperado, vão acontecer com portões fechados e protocolo sanitário bastante rígido para evitar o contágio do coronavírus entre atletas, comissão técnica e dirigentes.

O regramento para a retomada do futebol paulista estabelece que as partidas só poderão acontecer em cidades que estiverem na Fase Amarela do Plano SP — atualmente apenas a capital e região metropolitana atendem ao requisito. No entanto, pode ser que municípios do interior e litoral do estado possam sediar os jogos desde que avancem na reclassificação por zona regional, algo que está sendo avaliado semanalmente.

Os jogos, portanto, acontecem sem a presença de público já a partir da próxima quarta-feira, dia 22 de julho. A final do Paulistão está prevista para acontecer no dia 8 de agosto, um dia antes do início do Brasileirão.

Alguns pontos são questionáveis: por que fazer a final em dois jogos, sendo que não terá torcida e, nesse caso, nenhuma vantagem ao mandante ou visitante? Não seria melhor marcar jogo único na quarta, dia 5 de agosto, e ter o mínimo de tempo para preparar os atletas pro Campeonato Brasileiro?

Outra coisa: qual a lógica de se liberar jogos apenas em cidades que estejam na Fase Amarela, se algum time sempre vai precisar se deslocar pra outro local? Exemplo: a região de Campinas está na Fase Vermelha e, portanto, Guarani e Ponte Preta não podem mandar seus jogos aqui. Quando jogarem com um time da capital, vão ter que ir pra lá. Se aqui fosse liberado, o pessoal de São Paulo também viria a Campinas. Não dá na mesma?

Não seria melhor, então, eleger a capital como sede única, com dois ou três estádios escolhidos para realização de todos os jogos dessa reta final da competição? Por que não concentrar os jogadores pra evitar exposição ao vírus durante esse período, e deixar nas mãos da Federação Paulista a responsabilidade por fiscalizar, em um único estádio, se todas as exigências sanitárias estão sendo cumpridas? Será que essa fiscalização vai funcionar de forma eficaz em um estádio menor, do interior?

De todo modo, foi essa a avaliação da FPF em parceria com o Comitê Estadual para que o futebol volte com segurança. Se vai funcionar, não sabemos — mas esperamos que sim, é claro, mas uma coisa é certa: não será, nem de longe, o futebol do jeito que a gente gosta de assistir.

--

--

Letícia Oliveira
Casal Torcedor

Jornalista, 30 anos, palmeirense de coração, apaixonada por futebol e cria de arquibancada.