Torcida única em SP: 4 anos do mais duro golpe

Letícia Oliveira
Casal Torcedor
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2 min readApr 7, 2020
Principal organizada do Corinthians no setor visitante do Pacaembu (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)

03 de abril de 2016. Com gol de Dudu e Prass defendendo pênalti, o Palmeiras venceu o Corinthians por 1 a 0 no (então) Municipal do Pacaembu naquela tarde de domingo, em partida válida pela 14ª rodada do Paulistão.

Mas infelizmente não foi só a vitória palmeirense que quebrou um jejum de 21 anos sem derrotar o rival no Pacaembu que ganhou destaque naquele dia. Horas antes da partida, uma das brigas envolvendo as duas torcidas terminou com a morte de um morador de rua, atingido por uma bala perdida.

Era a “situação perfeita” para os órgãos públicos de segurança decretarem algo que já queriam há muito tempo: as torcidas únicas.

Esse dérbi entre Palmeiras e Corinthians foi a última vez que duas torcidas estiveram lado a lado em um clássico. De lá pra cá, se passaram quatro anos desse duro golpe sofrido nas arquibancadas.

Compartilho aqui a live do pessoal do Na Bancada. São pouco mais de 40 minutos de conversa entre duas pessoas extremamente entendedoras do que isso representa pro torcedor. Vale investir seu tempo para aprender um pouco com Irlan Simões e Rodrigo Barneschi:

Finalizo aqui parafraseando um texto do jornalista Mauro Cezar Pereira, da ESPN, exatamente sobre esse assunto:

Torcida única é a sociedade se rendendo a uma minoria. Tiraram as bandeiras, o papel picado, a fumaça, os piscas (não confunda com o sinalizador naval que matou um menino em Oruro, na Bolívia). Depois tiraram o visitante. Com o coronavírus, saíram todos os torcedores da arquibancada.

Os coveiros do futebol devem estar adorando isso…

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Letícia Oliveira
Casal Torcedor

Jornalista, 30 anos, palmeirense de coração, apaixonada por futebol e cria de arquibancada.