A importância do Design Emocional

Juliana Lima
CashMe Design
Published in
5 min readJan 31, 2022

Olá! Meu nome é Juliana Lima, e eu atuo como Product Designer aqui na CashMe. No final do ano passado a nossa equipe realizou um encontro, onde eu pude falar sobre Design Emocional.

Pessoas do time de Design e Produtos

Eu comecei a apresentação fazendo a seguinte pergunta:

“Qual foi a experiência mais marcante da sua vida?”.

A minha com certeza foi a viagem para a Disney. A empresa onde eu comprei as passagens, reservei hotel e adquiri os bilhetes foi só um pequeno ponto de contato. Acredito que dificilmente alguém contaria a história do dia em que apertou um botão, que preencheu um formulário ou que interagiu com uma tela. Provavelmente, as pessoas irão lembrar de uma experiência de vida que foi emocionante e inesquecível.

Mesmo sem nos darmos conta, estamos sempre em busca de experiências que despertem algo a mais dentro de nós. Por mais que quem está projetando a tela se preocupe com a funcionalidade, para o usuário o que importa é o que ele está sentindo no momento daquela interação.

Donald Norman

Donald Norman é um dos grandes estudiosos do assunto. Ele é o autor do livro “Design Emocional: Por que adoramos (ou odiamos) os objetos do dia a dia”. Em seu livro, ele explica como, por meio do design emocional, podemos entender melhor o que faz com que certos produtos sejam desconfortáveis de usar enquanto outros sejam tão amados pelas pessoas.

Levando em conta o que foi comentado até agora, é importante ter em mente que a experiência de um produto possui os seguinte pilares:

  • Utilitário: diz respeito ao que o produto faz, como ele funciona, quão bom ele é, se é confortável e se é resistente;
  • Emocional: tem relação com o aspecto emocional de um produto. Acontece quando o produto nos impacta positivamente ou negativamente quando o vemos;
  • Cultural: é quando o produto se conecta com o nosso estilo e a história com a qual nos identificamos;
  • Propósitos e crenças: tem a ver com a visão de mundo de cada um, e é com base nela que as ações são tomadas.
Ponto chave da experiência de um produto

Quando o produto se conecta com a gente nos quatros níveis, é aí que ele nos atinge em cheio. No momento em que compramos algo que desperta algo dentro de nós, ele se torna uma extensão da nossa identidade. E esse é o segredo para criar produtos significativos.

A jornada do usuário da CashMe não é aquela onde ele apenas pega dinheiro emprestado. Talvez a jornada dele seja a de comprar um carro melhor ou fazer uma viagem em família. Ou seja, o usuário que procura a CashMe quer realizar os seus sonhos e objetivos.

Jornada do usuário

O que a CashMe oferece pode fazer com que o usuário se imagine passando um tempo valioso com os filhos, por exemplo. O empréstimo vai ser apenas um detalhe dentro da grandiosa experiência que o nosso usuário pode vivenciar.

Ponto de contato

Agora eu deixo a seguinte reflexão:

“E se na página inicial de uma empresa ao invés de apenas serem mostradas as vantagens de um produto, forem mostrados também os bons momentos que o usuário poderá vivenciar ao obter aquele produto?”

Experiência Cashme

Dicas de como aplicar o design emocional no ponto de contato com o cliente

1 — Uso de imagens, vídeos ou mascotes: uma imagem vale mais que mil palavras e, um vídeo, um milhão. Os recursos visuais são extremamente importantes para induzir respostas emocionais nos usuários.

Criação de mascote

2 — Humor: se utilizado de maneira correta, o humor pode contribuir para uma ótima narrativa. O uso desse recurso faz com que a interação com uma interface se torne mais interessante. O humor pode ser aplicado através de imagens, termos linguísticos, memes ou bordões.

Utilização de humor em elementos na interface

3 — Surpresas: quando o usuário tem a possibilidade de ganhar algo no final de uma transação ou interação, a experiência que ele tem ao usar um produto digital é potencializada.

Elemento surpresa na interface

4 — Micro-interações: pequenos, porém satisfatórios, esses efeitos enaltecem o UX Design e podem estimular o hábito de repetição do usuário.

Micro-interações

As dicas que eu passei são úteis para designers e pessoas que trabalham com tecnologia, já que servem para facilitar a tomada de decisão do usuário, fazendo com que ele tenha uma boa experiência ao utilizar um produto ou serviço.

Também é importante entender os desejos subconscientes, aspirações emocionais, afetos positivos e explorações sensoriais do nosso usuário.

Quando o seu usuário está feliz com a sua marca, com o seu produto ou com o seu serviço, ele vai ser fidelizado e, consequentemente, ele vai te escolher como 1ª opção.

Uma coisa que devemos ter em mente é:

“Um usuário satisfeito é o bem mais valioso que uma empresa pode ter.”

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Até mais!

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